segunda-feira, 30 de julho de 2012

Entrevista a João Lopes Marques

Os estónios levam o livro, tanto o seu teor como o objecto em si, muito mais a sério. As capas são duras, por exemplo. Os rituais muito mais simbólicos. (…) São bastante reservados e criam com o livro uma empatia bem diferente da nossa.


Azul, preto e branco são as cores da bandeira do país que escolheu João Lopes Marques (n. 1971) como seu novo hóspede, há 6 anos. Depois de um par de anos a viver na capital amesterdanesa, o escritor e jornalista decidiu rumar a um novo porto. O destino trouxe-o a uma das cidades medievais mais bem conservadas da Europa: Tallin, a bela capital da Estónia.
O jornalista e escritor escreve artigos de opinião no Eesti Ekspress, o principal jornal estónico, textos esses já compilados no seu livro Minu väga ilus eksiil Eestis, de 2011.
Mesmo residindo fora de Portugal, o autor mantem a sua colaboração nas revistas de viagem portuguesas Rotas & Destinos e Volta ao Mundo. A Europa, a Ásia, Américas, África e Oceânia são, para este andarilho, continentes bem conhecidos.
A prova do seu testemunho in loco sobre pessoas e culturas bem antípodas é o seu mais recente livro Choque Cultural, publicado pela Marcador, que compila as suas mais incrédulas e cómicas crónicas sobre alguns dos países por onde deixou o seu vestígio e/ou vive-versa.
João Lopes Marques é também correspondente da Lusa no trio de países bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia).
Da sua bibliografia fazem parte os romances O Homem que Queria Ser Lindbergh (Oficina do Livro, 2007), Terra Java (Oficina do Livro, 2008) e Iberiana (Sextante Editora, 2011), e o seu quarto romance está quase terminado, prevendo-se a sua publicação ainda no decorrer deste ano.
Nesta entrevista o autor conta-nos que não escreve em estónio as suas crónicas e obras, mas em português e em inglês. Curiosamente, na fotografia que cedeu para esta publicação, vemo-lo a ler um livro de Fernando Pessoa em língua estónica! Depois desta antítese de hábitos e costumes, dê-mos as boas-vindas a João Lopes Marques, o lusófono mais famoso de Tallin.

Texto: Miguel Pestana
Foto:  Cedida gentilmente pelo autor
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O lançamento do livro Choque Cultural, decorreu no dia 18 deste mês. Muitos curiosos marcaram presença na apresentação?
Para as 18h30 de um 18 de Julho, e juntemos-lhe os 36 graus exteriores, foi surpreendente. Creio que o auditório da FNAC Chiado esteve nos 80 por cento. Uma pequena felicidade. Foi bonito: os espíritos ainda se deixam embalar pela curiosidade.

O leitor que esteja indeciso sobre qual o destino de férias a escolher para este Verão, se ler o Choque Cultural ficará mais indeciso ou nem por isso?
Certamente. E até aposto que passa a considerar a Estónia no leque de possibilidades.

Neste mês de Julho o João Lopes viu nascer dois novos rebentos literários: Estonia, Paradise without palm trees e Choque Cultural. Um mês frutífero…e ainda não terminou (risos)
Pois não. Julho começou por ser o mês dos césares e, pelo menos neste atribulado 2012, tem-me sido bastante augusto. Acho difícil ainda sair um terceiro livro até ao seu final, mas prometo voltar à carga ainda este ano. O meu quarto romance está quase no fim e existe a possibilidade de o publicar, ou na Estónia ou em Portugal, ou em ambos, ainda antes da chegada do próximo Inverno.

Há seis anos que vive na Estónia e foi precisamente neste país que escreveu o seu primeiro livro O Homem que Queria Ser Lindbergh. Esta mudança de país teve alguma mea culpa para o nascimento dessa obra?
Sem dúvida. É um fenómeno tipicamente tautológico: mudei-me para Tallinn porque a cidade me inspirava e a inspiração que Tallinn me emprestou tornou-me bem mais produtivo, o que me fez permanecer em Tallinn, que me continua a inspirar. (Man)temos uma relação muito simpática entre nós. Já é, de certa maneira, a minha cidade, talvez pelo facto de todos os meus filhos terem lá nascido (dez em papel e uma bebé linda em carne e osso).

É autor do livro de microcontos Circo Vicioso, cuja edição bilingue português-castelhano encontra-se já publicada. Como nasceu a sua paixão por esta esteira literária?
Vem da minha adolescência, ainda antes dos vinte. De outra maneira: do meu gosto pelo surrealismo, pelas minudências, da paixão que nutro por Jorge Luis Borges (adoro o verbo nutrir) e de um tropeção bastante improvável num livrito intitulado "Crimes Exemplares", de Max Aub. Sem me aperceber logo, as micronarrativas haviam-se convertido num destino manifesto. 
E, claro, o suplemento DN Jovem fez o resto ao publicar-me. Enfim, achei que tinha jeito para a coisa e ainda continuo a acreditar em tal ideia. Obriga-me a escrevê-los, é uma ginástica muito própria que me entretém o cérebro.

Dentro do naipe de literatura de viagem, qual o seu escritor preferido e que livro mais o fascinou?
Sem quaisquer dúvidas, Bruce Chatwin e Bill Bryson. Mas também o próprio Borges, de todos o mais universal e que se dava ao luxo de dar várias voltas ao mundo por dia sem sair da sua biblioteca. A "História Universal da Infâmia" foi um choque (positivo) brutal para mim. Durante cinco anos ofereci-o em todos os aniversários. Também porque era um livro de bolso muito barato e a minha mesada de estudante mal dava para um abatanado.

Quais as principais diferenças que encontra entre o leitor português e o leitor estónio? Os hábitos de leitura são idênticos?
Book Trailer
Nada que ver. Os estónios levam o livro, tanto o seu teor como o objecto em si, muito mais a sério. As capas são duras, por exemplo. Os rituais muito mais simbólicos. Interessante se atendermos ao facto de serem um povo bastante pagão. Lêem tudo com bastante mais atenção, também porque a comunicação oral não é o forte dos povos fino-úgricos. São bastante reservados e criam com o livro uma empatia bem diferente da nossa. Do nosso lado acredito que tenhamos um lado fantasioso mais favorável à metáfora, à polémica e à abstracção. É óbvio que gosto disso.

Três perguntas numa só: Escreve mais e melhor em português ou em estónio? Como disciplina os seus hábitos de escrita? Um dia escreve em português e noutro em estónio?
Não escrevo em estónio. Por lá escrevo em inglês.. Aliás, o português e o inglês são as únicas línguas em que escrevo os meus originais. Muito raramente em castelhano. Contudo, há aqui algo curioso e surpreendente para mim: ter que começar a redigir crónicas em inglês acabou por influenciar a minha escrita em português: as composições tornaram-se mais claras e concisas para o leitor. Acho que precisava disso. Às vezes, assumo, há um lado rococó em mim que me lixa.. Vivo nessa tensão entre o meu lado brega e a minha pseudo-erudição de viajante. É terrível. Quanto à disciplina, é sair de casa. Tomo o pequeno-almoço com a família, respondo aos emails do dia, pago as contas por netbanking e lá vou eu para um dos meus cinco cafés de Tallinn (ou Lisboa, ou Amsterdão, ou Girona, ou...). Seis horas de criação diária em frente ao um burburinho qualquer. Tem resultado.

O João Lopes é um viajante inveterado, tendo já percorrido todos os Continentes. Recorrendo a três verbos, pode definir o que é viajar?
Em cinco palavras, uma por continente: uma curiosidade que não controlo. 

Qual o endereço desconhecido que urge em si ver desvendado?
Varia todos os dias. Hoje, por exemplo, sinto-me estúpido por não conhecer o Senegal. Apanhei o autocarro número 758 para o Chiado e vim a falar com a Mamã Barr, uma senegalesa que vive em Lisboa há 12 anos. Deixou dentro de mim uma semente qualquer...

Qual o país que já visitou mais vezes, em trabalho?
Vários países europeus. Pela proximidade de Portugal e da Estónia, naturalmente. Contudo, as mais pesquisas mais profundas e sistemáticas até hoje aconteceram na Austrália. Fui lá três vezes e fiquei um mês de cada vez. Em 2005 fui como repórter da revista "Volta ao Mundo" e voltei em 2008 para escrever o meu segundo romance, "Terra Java", que é sobre a descoberta secreta da Austrália pelos portugueses. 

Escreve artigos de opinião em revistas e jornais tanto estónios como portugueses. Para si, no acto de escrever, qual o factor fundamental ou indispensável para o concretizar?
Julgo que tenho uma visão muito própria do mundo. Gosto de muita coisa mas tenho uma enorme dificuldade em identificar-me com as mentalidades alheias. Nos EUA têm uma palavra bonita para pessoas como eu — chamam-lhes "mavericks". É isso: quando escrevo gosto de ser maverick. Dá para rasgar, provocar, questionar...

Foi guionista do programa Cuidado com a Língua, da RTP. Como espectador assíduo que fui do programa, lembro-me que além de ser um espaço lúdico e informativo, tinha também alguma dose de humor. Admite ser o João o culpado por esta última parte, suponho?
Eu, pelo menos, quero acreditar que sim... Enquanto guionista, a minha função foi trazer alguma fantasia ao programa. Levámos quase um ano a afinar o projecto e creio que a dose de ironia e humor não enjoa o telespectador. Antes pelo contrário: tornou-se uma imagem de marca do programa. Sinto-me feliz por isso. Pus muito de mim ali.. 

O João Lopes é também blogger. Qual o seu ponto de vista em relacção ao mundo da blogosfera – na esfera dos blogues literários?
Confesso que vou acompanhando com alguma displicência a blogosfera em português, embora tenha já notado a importância (e o impacto) de certos blogues na formação da opinião e do gosto literários. De resto, já por lá li (caramba, lá li é uma aliteração estranhíssima) de tudo sobre os meus livros. Do piorzinho ao genial, e isso faz-me acreditar que da plutocracia estamos mesmo a caminhar finalmente para a democracia. Parcial que seja, ela impor-se-á um dia, acreditem.

Para o leitor que acaba de ler esta entrevista e ficou com curiosidade em comprar algum dos seus livros, qual o que recomenda em primeiro?
Comprem o "Choque Cultural" porque está fresquinho. É um livro típico de Verão e tem muito das minhas experiências como pessoa e repórter de viagem. Contudo, se quiserem descer um nível em profundidade, ou vários, muitos, então avancem directamente para o meu romance "Iberiana", que é sobre a invenção de uma religião. Curiosamente, também tem muita viagem por lá: é uma revisitação da nossa civilização


Nota: A entrevista foi realizada via e-mail.

sábado, 28 de julho de 2012

Até ao Fim | Um Relato Verídico da Secretária de Hitler, de Traudl Junge

Editora: Dinalivro
Ano de Publicação: 2003
Nº de Páginas: 241

Muitos livros sobre Hitler têm sido escritos, por pessoas que privaram directamente ou indirectamente com ele. Muita tinta já se fez correr. Muito papel. Dessas pessoas, provavelmente nenhuma viveu com o ditador nos seus últimos dias de vida. Traudl Junge foi uma delas. A jovem era sua secretária e durante 3 anos privou com Hitler…até ao (seu) fim.
Tudo começou em 1942, quando Traudl Junge - então com 22 anos - foi sem qualquer vontade em ser a escolhida a uma entrevista de emprego. Como ela queria ser dançarina, não estava nada nervosa na dita entrevista. Não obstante ela foi selecionada pelo seu à vontade e com outras candidatas foi convocada para uma segunda audição, mas muito mais rigorosa. Desta vez seria o próprio Hitler a escolher a sua favorita, pois o posto em causa era para uma sua nova secretária.
Hitler escolheu-a simplesmente porque ela era originária de Munique, a sua cidade alemã predilecta. Assim, por mero acaso a jovem passou a fazer parte da comitiva de funcionários do ditador. Não era o trabalho que ela queria, mas como a remuneração era muito boa, e visto ela e a família estarem a passar necessidades económicas, Junge não pensou duas vezes em avançar com o seu destino.
Desde logo, ela relata o seu ponto de vista sobre o homem que, segundo ela, era um chefe e ser humano «atencioso», «humano, «compreensivo», «sensível» e «inofensivo». Como sua secretária, Junge teve que segui-lo em todos os lugares e sabia muitos detalhes de sua vida privada, e muitos deles estão escritos nestas suas memórias. Ela descreve Hitler como um anfitrião gentil que tomava as refeições em conjunto com os seus funcionários - incluindo o chá, logo após o jantar; que a biblioteca pessoal de Hitler era acessível a todos, onde constavam algumas obras de literatura mundial; que ele era vegetariano, não fumava nem suportava o fumo de cigarro; que sofria do estômago e muitas vezes o seu comer refinava-se a puré de batata e ovo estrelado; que gostava de passear na floresta com o seu (único) fiel amigo, o cão Bondi.
Como ela conta-nos, logo após a guerra, essas pessoas com quem ela tomou chá todos os dias foram os responsáveis ​​pelos piores crimes que jamais ela poderia imaginar.
Este livro de memórias dá-nos uma outra visão da personalidade de Hitler, a que não vem nos outros livros. Sem dúvida.
«Hitler quase nunca falava da guerra, e muito pouco de política (...) Humilde e amável enquanto pessoa, megalómano e implacável enquanto Fϋhrer.» (p. 94)
Meses antes do fim da guerra Traudl perguntou a Hitler por que é que ele nunca se tinha casado. Eis a resposta que ele deu, que serve para sublinhar a sua alta dose de megalomania:
«Eu não daria um bom pai de família, e acho irresponsável constituir família quando não me posso dedicar o suficiente à minha mulher. E mais, não quero filhos. A meu ver, na maioria dos casos os descendentes dos génios têm uma vida difícil.» (p. 118)
Uma das passagens centrais deste livro é quando Traudl Junge revive os últimos dias da vida de Adolf Hitler e da sua comitiva de colaboradores, passados na casamata subterrânea, composta por vários compartimentos e pisos - designada em alemão por bunker -, em Berlim de 1945.
Descreve que no dia do suicídio de Hitler, todas as pessoas em torno dele, pareciam como «marionetes sem corda», sem propósito nem direção, como «corpos vazios», «sem alma».
Foi nesses dias de angústia que o casamento de Hitler e Eva Braun aconteceu. De um momento para o outro. Ela retrata Eva Braun como uma mulher vivaz e vaidosa. Junge descreve, inclusive, a última noite de dança de Eva Braun. A secretária escreveu também o testamento político e pessoal ditado pelo próprio Hitler. A 30 de Abril de 1945, às 15:30 marcava o relógio, o tiro fatal foi disparado, estava Traudl Junge numa sala ao lado de onde o som se fez ouvir. 

O estilo de escrita é simples e directo, o que para um livro de memórias é muito pertinente, não maçando o leitor. As muitas notas de rodapé com explicações sobre todas as personalidades mencionadas, são uma ajuda para conhecer a biografia sucinta das mesmas. Estas notas merecem uma nota positiva, passe a redundância.
Em 2002 as suas memórias escritas em 1947 desses 3 anos (1942-1945) foram reunidas em livro. Junge morreu com 81 anos. O seu testemunho, esse é ad eternum.
A co-autora deste livro, Melissa Mϋller, no posfácio do livro, relata alguns excertos de entrevistas que a ex-secretária lhe concedeu um ano antes da sua morte, onde fala sobre as longas depressões que a tortur(ar)am, desde os anos 60,  sobre um cancro que lhe foi detectado.
Um impressionante testemunho.
A salientar que estas memórias que compõem Até ao Fim, foram um dos livros em que se baseou Bernd Eichinger, o autor do filme alemão A Queda - Hitler e o Fim do Terceiro Reich, de 2004.
Finalizando este texto, cito um pensamento do filósofo Sócrates, deixando as interpretações do mesmo para cada leitor:
«Ninguém é mau voluntariamente.»

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Novidade: CHOQUE CULTURAL, de JOÃO LOPES MARQUES

Data 1ª Edição: 03/07/2012
Nº de Edição:
ISBN: 978-989-84-7045-4
Nº de Páginas: 272

Choque Cultural

Sinopse: «As extraordinárias viagens de um lusitano à descoberta dos 5 continentes – o livro de viagens mais divertido do ano.»

Uma extraordinária viagem pelo mundo, na senda dos costumes, aberrações, e manias dos vários povos do globo.
Choque Cultural é um livro útil, interessante e divertido que nos leva a conhecer a expressão mais intensa da cultura dos outros povos.

Um livro de viagens pelos 5 continentes, protagonizado por um viajante intrépido, cheio de bom humor.
Crónicas verdadeiras, pejadas de autenticidade, juventude e alguma ingenuidade.
Histórias cheias de curiosidades sobre países mais e menos perto tanto em termos geográficos como em termos culturais.








 

CHOQUE CULTURAL: a viagem de João Lopes Marques pelos 5 Continentes

 

Novos livros de Agatha Christie, Paul Auter e Mary Balogh...em Agosto

UM VERÃO INESQUECÍVEL, de Mary Balogh - 27 agosto nas livrarias
Kit Butler é um dos mais afamados solteirões de Londres, casar é a última coisa que lhe passa pela cabeça. Mas a sua família tem outros planos. Para contrariar o casamento que o pai lhe arranjou, Kit precisa de encontrar uma noiva… e depressa. Entra em cena Miss Lauren Edgeworth.
Lauren foi abandonada em pleno altar pelo seu noivo, Neville Wyatt. Destroçada, decide que não voltará a passar pelo mesmo: nunca casará.
O encontro entre estas duas forças da natureza é tão intenso como uma tempestade de verão… e ambos engendram um plano secreto. Lauren concorda alinhar na farsa em troca de um verão recheado de paixão e aventura.

DIÁRIO DE INVERNO, de Paul Auter – 27 agosto nas livrarias
Pensas que nunca te vai acontecer, que não te pode acontecer, que és a única pessoa no mundo a quem essas coisas nunca irão acontecer, e depois, uma a uma, todas elas começam a acontecer-te, como acontecem a toda a gente.
Paul Auster, incansável criador de ficções e de personagens inesquecíveis, vira agora o olhar para si próprio e para o sentido da sua vida.

O CAVALO AMARELO, de Agatha Christie- 31 agosto nas livrarias
Quando um padre idoso é assassinado, o homicida revista o corpo da vítima tão furiosamente que rasga o forro da batina. O que procurava o assassino? E o que teria, horas antes, uma mulher moribunda confessado ao padre? Mark Easterbrook e a sua aliada Ginger Corrigan estão determinados a solucionar estes mistérios. Mas respostas parecem estar na posse de três mulheres que são afamadas praticantes de magia negra…
O Cavalo Amarelo (The Pale Horse) foi originalmente publicado em 1961 na Grã-Bretanha, tendo sido editado nos Estados Unidos no ano seguinte. Foi adaptado para a televisão em 1996 e 2010.

Convite: AMOR e LIBERDADE de GERMANA PATA-ROXA


2 Novidades da QUETZAL nas livrarias a 3 de Agosto

Género: Romance
Tradutor: Lucília Filipe
N.º de páginas: 400
Data de lançamento: 3 de agosto

Lembro-me de Ti 
de Yrsa Sigurdardóttir

«Yrsa sabe entretecer com mestria as ambiguidades da condição humana.»
Diário de Notícias

Três jovens propõem-se recuperar uma velha casa de uma aldeia abandonada, algures nos Fiordes Ocidentais islandeses. Mas não imaginam o cataclismo que este inofensivo trabalho vai desencadear. Na outra margem do fiorde, um psiquiatra investiga o suicídio misterioso de uma mulher mais velha que poderá estar ligado ao desaparecimento do seu próprio filho.
Estas duas intrigas vão convergir para uma história de um enorme suspense que os críticos têm considerado tratar-se da melhor que até agora saiu da pena de Yrsa Sigurdardóttir – Lembro-me de Ti foi galardoado com o Prémio de Ficção Policial Nórdica de 2011, e os direitos de adaptação ao cinema comprados pelo produtor islandês radicado em Hollywood Sigurjón Sighvatsson (Wild at Heart e The Killer Elite, entre dezenas de outros).


Um thriller policial arrebatador, uma leitura saborosamente arrepiante.

Yrsa Sigurdardóttir é a maior escritora de literatura policial da Islândia. Considerada a resposta islandesa a Stieg Larsson, Yrsa tem sido um fenómeno de sucesso no seu país de origem e no estrangeiro: dezenas de milhares de livros vendidos, traduções em trinta e cinco países, adaptações ao cinema em preparação. A seguir a Cinza e Poeira, a Quetzal continua a publicar as obras de Sigurdardóttir com Lembro-me de Ti.


Género: Romance
Tradutor: Ana Cristina Leonardo
N.º de páginas: 512
Data de lançamento: 3 de agosto

A Porta do Sol
de Elias Khoury
 
«Um apelo universal para que vejamos a história dos nossos adversários como um espelho da nossa própria história.»
The Guardian
 
Há histórias que salvam vidas. Usando o método de Xerazade, o narrador de A Porta do Sol tece um longo e contínuo fio de histórias com que pretende resgatar a vida de um homem. Esse homem, em coma profundo na cama do hospital, é o seu pai espiritual e um herói da resistência palestiniana.
No furor de o reanimar através da memória, é todo um povo e a sua epopeia que o narrador faz reviver diante dos olhos do leitor: os acontecimentos da guerra civil no Líbano, os episódios mais marcantes da sua vida e os dolorosos itinerários de um punhado de homens e mulheres apanhados pela história, após a sua expulsão da Galileia em 1948.
Inspirado na estrutura narrativa de As Mil e Uma Noites, A Porta do Sol é um romance amplo, pungente, e considerado de forma unânime o grande relato do êxodo palestiniano.
 
www.quetzal.blogs.sapo.pt
 
Elias Khoury nasceu em Beirute, em 1948. É romancista, dramaturgo, crítico e um dos mais influentes intelectuais do mundo árabe. Dirige atualmente o suplemento cultural do jornal diário Na-Nahar e é professor universitário, repartindo o seu tempo entre Nova Iorque, onde dá aulas na Universidade de Columbia, e a sua cidade de origem, onde dá aulas na Universidade Americana. Os seus dez romances estão traduzidos em diversas línguas.
A Porta do Sol, estreia literária de Khoury em Portugal, recebeu a mais alta distinção literária palestiniana – e o seu autor foi galardoado com o Prémio Unesco 2012 para a Cultura Árabe.

J. Rentes de Carvalho galardoado com o Grande Prémio de Literatura Biográfica

Tempo Contado
de José Rentes de Carvalho
Última edição: 2010novembro de
ISBN: 9789725649183

A Direção da Associação Portuguesa de Escritores divulgou ontem a atribuição do Grande Prémio de Literatura Biográfica ao livro Tempo Contado, de J. Rentes de Carvalho, publicado pela Quetzal em 2010.

O júri, presidido por José Correia Tavares, e do qual faziam parte José Manuel de Vasconcelos, Luísa Mellid-Franco e Miguel Real, escolheu a obra de Rentes de Carvalho por unanimidade, entre 50 obras de autores portugueses, publicadas por 25 editoras.

O diário Tempo Contado, escrito nos anos de 1994 e 1995, matiza o relato factual com a mestria estilística do autor de Ernestina, La Coca e A Amante Holandesa.

J. Rentes de Carvalho junta-se a anteriores galardoados com este prémio como Maria Teresa Saavedra, Eduardo Prado Coelho ou Cristóvão de Aguiar.





Sinopse
Um fascinante diário escrito nos anos de 1995 e 1996. Acolhido com grande entusiasmo na Holanda entre leitores e críticos, Tempo Contado matiza o relato factual com a mestria estilística da melhor ficção do autor de Ernestina ou de A Amante Holandesa. Um livro incontornável que apaixonará também os leitores portugueses.


quinta-feira, 26 de julho de 2012

Passatempo: A LINGUAGEM DO CORPO, de PHILIPPE TURCHET

Com a colaboração da Livros Horizonte, o Silêncios que Falam tem para sortear um dos últimos livros publicados pela editora:



Título: A Linguagem do Corpo
Autor: Philippe
Turchet
Ano de publicação: 2012, 1.ª
Colecção: Comportamento

Número de Páginas: 344
ISBN: 978-972-24-1748-8
Tema: Psicologia, Comunicação, Antropologia
PVP: 15.65 Euros




Para responderes acertadamente à 1ª questão do formulário abaixo, terás que ler a minha crítica sobre este livro, clicando aqui.




Para te habilitares a ganhar este livro tens de: 
 
- Partilhar este link no teu Mural do Facebook;

- Responder acertadamente ao formulário seguinte:




O passatempo decorrerá até ao dia 3 de Agosto

Boa sorte aos participantes! 


Regras do Passatempo: 
1) O passatempo decorrerá entre os dias mencionados, sendo exclusivo a participantes residentes em Portugal (Continental e Ilhas); 
2) Será validado exclusivamente as participações com as respostas acertadas e será aceite apenas uma participação por pessoa ou email; 
3) O vencedor será sorteado aleatoriamente através do Random.org e o seu nome publicado aqui neste post, além de ser comunicado ao mesmo via e-mail. 

Passatempo: AMOR E AMIZADE - Citações e Pensamentos, de PAULO NEVES DA SILVA.

O blogue teve o apoio da Edições Sílabo para a realização deste passatempo. Temos para oferecer 1 exemplar do livro Amor e Amizade - Citações e Pensamentos, do autor Paulo Neves da Silva.

(Detalhes sobre o livro)

Uma pequena biografia e bibliografia sobre e do autor podem ser consultadas aqui.


Para te habilitares a ganhar este livro tens de: 
 
- Ser seguidor do blogue (através da tua conta Gmail);
- Fazer 1 "Gosto" na página do Silêncios que Falam no Facebook [aqui];
- Responder acertadamente ao Formulário seguinte: 


O passatempo decorrerá até ao dia 31 de Julho

Boa sorte aos participantes! 


Regras do Passatempo: 
1) O passatempo decorrerá entre os dias mencionados, sendo exclusivo a participantes residentes em Portugal (Continental e Ilhas); 
2) Será validado exclusivamente as participações com as respostas acertadas e será aceite apenas uma participação por pessoa ou email; 
3) O vencedor será sorteado aleatoriamente através do Random.org e o seu nome publicado aqui neste post, além de ser comunicado ao mesmo via e-mail. 

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Passatempo: AMOR E AMIZADE, de JANE AUSTEN

A editora Coisas de Ler tem para oferecer 3 exemplares do livro Amor e Amizade, de Jane Austen - autora de livros como Sensibilidade e Bom Senso, Orgulho e Preconceito, Ema ou Persuasão.

(Detalhes sobre o livro)

Para te habilitares a ganhar este livro tens de: 
 
- Ser seguidor do blogue (através da tua conta Gmail);
- Fazer 1 "Gosto" na página do Silêncios que Falam no Facebook [aqui];
- Responder acertadamente ao Formulário seguinte: 


O passatempo decorrerá até ao dia 31 de Julho. 

Boa sorte aos participantes! 

Regras do Passatempo: 
1) O passatempo decorrerá entre os dias mencionados, sendo exclusivo a participantes residentes em Portugal (Continental e Ilhas); 
2) Será validado exclusivamente as participações com as respostas acertadas e será aceite apenas uma participação por pessoa ou email; 
3) O vencedor será sorteado aleatoriamente através do Random.org e o seu nome publicado aqui neste post, além de ser comunicado ao mesmo via e-mail. 


domingo, 22 de julho de 2012

A Linguagem do Corpo, de Philippe Turchet

Editora: Livros Horizonte
Ano de Publicação: 2012
Nº de Páginas: 344

O título deste blogue poderia ser um dos títulos adequados para este livro. O silêncio das palavras e o falar dos nossos gestos, são tão denunciadores daquilo que as palavras calam.
Dizemos mais do que pensamos, mesmo sem pronunciar qualquer palavra. Não há qualquer dúvida em relação a isso.
Há mais de vinte anos que Philippe Turchet é perito em descodificar o funcionamento das emoções humanas, através da leitura da linguagem do corpo. É autor de vários livros bestsellers – todos relacionados a comunicação não-verbal.
A Linguagem do Corpo é um livro que nos ajuda a ler os gestos dos outros e a controlar a nossa própria imagem corporal, seja através de movimentos faciais (olhos, pálpebras, lábios, etc.) seja através de movimentos e posicionamento dos braços, pernas, mãos. No livro, os exemplos são às dezenas, através de fotografias, sempre acompanhadas da respetiva tradução daquilo que as palavras omitiram mas o corpo revelou em determinadas ocasiões do dia-a-dia (situações de stress, de medo, de felicidade, de raiva).
Todos gostávamos de ter um detector de mentiras incorporado em nós, pois daria muito jeito em muitas ocasiões. Com a leitura deste livro ninguém passará a distinguir a verdade da mentira, em uma frase de uma pessoa, mas irá com certeza conhecer algumas “ferramentas” que poderão pôr em prática. Depois de ler este livro não olhará para os outros da mesma maneira.
O autor do livro cita na página 98, uma frase que explica sintaticamente o poder da linguagem corporal. A frase é de Jacques Lacan (1901-1981), um célebre psicanalista francês: «Falo com o meu corpo, e isto sem que o saiba. Digo, portanto, sempre mais do que julgo.»
Quando fazemos ou fazem-nos uma pergunta, tendemos inconscientemente a olhar para o lado direito ou esquerdo. Existe uma interpretação para quando os nossos olhos movem-se para um dos lados, perante uma resposta verdadeira ou falsa. Claro, nem sempre é assim, preto no branco, e só com muito estudo e prática, alguém poderá ser um expert na matéria.
Em Portugal temos um dos mais conceituados especialistas mundiais em expressão facial da emoção, o Professor A. Freitas-Magalhães, que dirige o Laboratório de Expressão Facial da Emoção (FEELab). Ele sim, é um perito.
Ler as emoções dos outros é um tema tão importante, que nos Estados Unidos da América, especialistas desta área estão presentes em tribunais, em julgamentos, onde in loco eles observam o comportamento corporal dos delinquentes, e a análise deles são, por vezes cruciais, para o julgamento final dos casos.
Quando é feita uma pergunta sobre o passado de uma pessoa que sofra da doença de Alzheimer, os olhos do doente orientam-se sempre para a direita. Este caso, destes doentes, são explicados detalhadamente ao leitor, não restando margem para dúvida de que os nossos olhos são apenas um dos nossos espelhos de pensamento.
Como resultado desta leitura, poderemos passar a compreender e interpretar todos os gestos não-verbais que acompanham as nossas palavras e as das outras pessoas, seja numa conversa com amigos, ao ver uma foto qualquer de uma pessoa, ou apreciar a forma como os políticos interagem corporalmente, os seus gestos, olhares, aquando das suas eternas promessas.
A Linguagem do Corpo – Aprenda a ler as emoções dos outros é um livro interessante, muito acessível e lê-lo é viajar pelo mundo das emoções, pelo território surpreendente do corpo humano.
«As palavras – nas quais depositamos tanta confiança – não representam mais de 7% da comunicação, mas a linguagem do corpo, essa, transforma, no mesmo numero de casos, 100% da natureza da comunicação!» (p.32)

sexta-feira, 20 de julho de 2012

José Mourinho - Livros da PrimeBooks


    Construído a partir de dezenas de entrevistas efectuadas a José Mourinho, carregado de discurso directo do próprio, este livro é o retrato mais fiel e completo feito até hoje sobre o melhor treinador do mundo.
    Revela pela primeira vez as duas facetas de Mourinho: a do duro, provocador e arrogante – que lhe conhecemos como treinador e líder – e a do afável, tímido, simpático e amigo – que só os que lhes são próximos tinham até agora oportunidade de partilhar.
    Um livro que reúne, afinal, tudo sobre Mourinho: dos temas mais habituais, relacionados com o futebol (naturalmente a grossa parte do livro), aos mais “escondidos”, como a religião, a família, os medos, os sonhos, o dinheiro, entre outros.
     

    Um livro único, que reúne testemunhos de José Mourinho e de mais de 40 grandes figuras do futebol mundial que com ele se cruzaram ao longo dos anos. 

    Adversários (Alex Ferguson, Camacho), dirigentes e agentes FIFA (Peter Kenyon, Pinto da Costa, Jorge Mendes, Massimo Moratti, Florentino Peréz), jogadores (Ronaldo, Zanetti, Materazzi, Sneijder, Lampard, Terry, Drogba, Cech, Baía, Jorge Costa, Deco), elementos do staff (Rui Faria, Silvino Louro, José Morais) e históricos do futebol (Maradona, Zico), entre muitos outros, contam histórias que nos ajudam a compreender o que faz de Mourinho um treinador tão especial.
    O livro inclui fotos exclusivas de Jorge Monteiro (Gestifute) e do arquivo pessoal de José Mourinho.
    Prefácio de Jorge Mendes.
    Best Seller: várias semanas no Top 10 de não ficção da GFK - entidade cujos números representam uma cobertura de 75% do mercado.


    O único livro oficial de José Mourinho relata, passo a passo, todo o percurso que conduziu o jovem treinador português até à vitória da Champions League, em 2004, com o FC Porto.
    Entre Barcelona e Londres passaram quatro épocas recheadas de vitórias e títulos. Todas as estórias deste percurso impressionante contadas por Mourinho, que escreve ainda pelo seu próprio punho os episódios das grandes vitórias europeias - Taça UEFA e Liga dos Campeões.
    1 - O regresso – o fim do ciclo no Barcelona: adjunto nunca mais.
    2 - Objectivo atingido – a passagem pelo Benfica: finalmente treinador principal.
    3 - A transição – meia época na União de Leiria.
    4 - Preparar o futuro – final da época 2001/2002 no FC Porto a lançar as sementes das vitórias.
    5 - O pleno – na época de 2002/03 o FC Porto ganhou tudo o que havia para ganhar: Campeonato Nacional, Taça de Portugal e Taça UEFA.
    6 - No topo da Europa – em 2003/04 o impensável aconteceu: uma equipa portuguesa tornou-se campeã europeia na era da Champions League.
    Prefácio de Miguel Sousa Tavares.
    Best Seller: este triplo "Livro de Ouro" (mais de 60.000 exemplares vendidos) foi várias semanas nº 1 de vendas nos principais tops nacionais (Fnac e Bertrand).
    Traduzido para várias línguas, entre as quais inglês, italiano, turco, japonês e grego.
    www.primebooks.pt

Novidades Quetzal: CHICAGO e GOSTO DISTO AQUI

Género: Romance
Tradutor: Miguel de Castro Henriques
N.º de páginas: 416
Data de lançamento: 20 de julho
PVP: 18,80 €

Chicago
Alaa Al Aswany

Alaa Al Aswany diz que os lugares são personagens principais, pois qualquer um, por mais prosaico ou insignificante, transporta em si história humana.
Depois de Os Pequenos Mundos do Edifício Yacoubian, centrado no Cairo, Aswany escolhe, neste segundo romance, a cidade de Chicago, para nela entretecer os fios dos destinos de expatriados egípcios de várias idades.
As suas experiências enformam exemplos da busca do sonho americano: Raafat, emigrado para os EUA nos anos 1960, cujo orgulho pelo país de acolhimento é tão épico quanto o seu desprezo pelo atraso do Egito; Saleh, o professor de Histologia que questiona o seu casamento com a mulher americana branca; Nagui, que combina o radicalismo político com a ambição literária; Cheima, nascida no Egito rural, a universitária brilhante e sexualmente inábil; ou Danana, presidente da união de estudantes egípcios, que paga à polícia política daquele país para lhe arranjar uma mulher de famílias ricas.
Num plano mais bidimensional aparecem os americanos, cujas personagens, mais estereotipadas, servem sobretudo vetores de crítica social.
Na grande atenção dada, neste romance, às questões da sexualidade, Alla Al Aswany constrói uma zona de liberdade e experimentação, em que as relações de poder entre homens e mulheres podem ser alteradas.

Género: Romance
Tradutor: Miguel Castro Henriques
N.º de páginas: 240
Data de lançamento: 3 de agosto
PVP: 15,50 €

Gosto Disto Aqui
Kingsley Amis

«Ferozmente divertido.»
Sunday Express
Garnet Bowen, antigo jornalista e autor de um único livro, vive agora de alguns trabalhos avulsos e sustenta com dificuldade os seus três filhos. A mulher e a sogra convencem-no a aceitar um trabalho que implica passar uma temporada num país do Sul da Europa, investigando a verdadeira identidade de um escritor misterioso.
Bowen odeia sair de Londres e sempre desprezou a ideia de viajar pelo continente, mas não vai conseguir evitar a ida. E aí vai ele para um país em que o álcool é barato; o sol, opressivo; a comida estranha; e as raparigas, ilegíveis, nos sinais que dão de recetividade e repúdio – esse país é Portugal.
Neste fabuloso entretenimento que é Gosto Disto Aqui – o mais autobiográfico dos romances de Kingsley Amis -, o nosso perplexo herói vai passar por consecutivos apuros e desastres cómicos, que culminam numa situação amorosa com uma jovem mulher e um hostil representante da fauna de insetos locais.

www.quetzal.blogs.sapo.pt

Novidade ASA: O DIÁRIO DA MINHA MELHOR AMIGA

LeYa o 1º Capítulo aqui

O DIÁRIO DA MINHA MELHOR AMIGA
de Jill Abramson
PVP 13,90 eur
192 págs.                                    


A verdade é que arranjar um cão novo nos faz sentir a falta daquele que tínhamos antes…


Sobre o Livro
Jill Abramson, diretora editorial do jornal The New York Times, viu a sua vida mudar drasticamente com a morte do seu cão, Buddy, seguida de um dramático acidente e uma depressão.

Mas o marido, os filhos e os amigos sabiam algo que ela teimava em negar: o seu amor pelos animais seria a forma mais rápida e feliz de ultrapassar aquela fase negra da sua vida. E não podiam estar mais certos.
Neste terno e comovente relato, Jill partilha os momentos mais intensos e reveladores dessa relação que lhe permitiu voltar a ter fé no futuro e alegria de viver. Um história Real!


Sobre a Autora
Jill Abramson é diretora editorial do The New York Times e escritora galardoada. Indefectível adoradora de animais, é desde sempre fascinada pela complexa relação que une pessoas e animais. Vive com o marido e com a cadelinha Scout em Nova Iorque e no Connecticut.


quinta-feira, 19 de julho de 2012

Crónicas do Avô Chico, de Pedro Jardim

Editora: Chiado Editora
Ano de Publicação: 2011
Nº de Páginas: 149

A presente obra de Pedro Jardim marca a sua estreia no campo da literatura, com um livro em formato de crónica de cariz autobiográfico. Nela, o autor narra pequenas histórias vivenciadas durante a sua infância, durante as férias de Verão, na casa dos seus avós maternos, em Vila Viçosa, no Alentejo.
O narrador na maioria dos episódios que conta ao leitor é o Pedro, menino de 6 anos, mas há alturas em que a voz que se ouve é a do Pedro, de hoje, o Chefe de Polícia, o pai, o escritor.
A personagem fundamental destas suas crónicas nostálgicas, além de haver outras, é o seu avô Francisco da Silva Jardim, a quem dedica, aliais, esta sua primeira obra literária.
O avô Chico foi uma figura que o marcou profundamente, numa fase da vida em que ele – e todos nós – estamos curiosos em saber como o mundo é, realmente. As primeiras respostas sobre a vida, sobre os costumes de se viver no campo, o saborear das comidas caseiras da avó, as primeiras brincadeiras de meninice – jogar ao berlinde; jogar ao pião; altear as joeiras/ papagaios de papel, a apanha de frutos silvestres, mas principalmente, as lições que aprendeu com esse senhor alto, que andava sempre de chapéu de feltro, o seu avô.
Algumas histórias são caricatas, como a d’O gato Benfica, ou até a d’A pasteleira do Galela. Cada uma das quinze histórias são contadas em poucas páginas e sucintamente, e todas prestam tributo ao Alentejo e às suas gentes e tradições.
O avô escrevia poemas e o autor aproveitou alguns desses textos para inserir na abertura de cada capítulo/ cena. Um ponto forte a salientar nesta obra são as diversas ilustrações que antecedem a leitura de cada capítulo, que nos dão uma previsão do conteúdo a ser contado logo em seguida.
O afecto, a gratidão, a nostalgia, são apenas três sentimentos que nota-se no autor, após terminarmos de ler Crónicas do Avô Chico.
É um livro transversal, que tanto pode ser lido por pessoas dos oito aos oitenta e oito, até porque a escrita utilizada por Pedro Jardim na concepção deste livro é muito simples e acessível.
«Se acaso te aborrece,
Meu olhar continuado.
Não incrimines os meus olhos,
Culpa teu rosto engraçado.»
Francisco Jardim