quinta-feira, 24 de outubro de 2013

É tarde, meu amor (poema de Maria Aurora Carvalho Homem)


É tarde, meu amor

É muito tarde.

O tempo implacável me consome

E destrói o vigor do corpo moço:

Apagou o fulgor do meu olhar

Roubou a altivez do seio cheio

Secou o rio manso do meu ventre

Cobriu de pergaminho a minha mão

É tarde, muito tarde

Mas… por dentro

Ainda bate, por ti, o coração.

Maria Aurora Carvalho Homem, in Discurso Amoroso

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