quarta-feira, 16 de abril de 2014

Um poema de Daniel Jonas


Do ventre da baleia ergui meu grito:
Senhor! (dizer teu nome só é bom),
Em fé, em fé o digo, mesmo com
Um coração pesado e contrito
Que és de tudo verdade e não mito,
O coração do amor, de todo o dom,
Conquanto seja raro o bem e o bom
E toda a luz aqui me falhe, és grito
Que chama toda a chama de esperança
E acorda a luz que resta à réstia eterna,
Conquanto viva o mártir na espelunca
Da vida (quem espera amiúde alcança)…:
Possa o nazireu preso na cisterna
Sofrer de ser só tarde mas não nunca.

Daniel Jonas, in , Assírio & Alvim, 2014.


1 comentário:

Renato Almeida disse...

Adorei o poema, bastante profundo e reflexivo.
Até mais. http://realidadecaotica.blogspot.com.br/