quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Livroentrevista revela pormenores da vida de padre Vítor Feytor Pinto


A Vida é sempre um Valor
Não posso dizer “não” a ninguém
de Vítor Feytor Pinto

Entrevista conduzida por: Octávio Carmo
Colecção: Grandes Diálogos
Direção e coordenação: José Tolentino Mendonça
Páginas: 176
Data publicação: 15/09/2014

O padre Vítor Feytor Pinto é, sem dúvida, uma figura pública de primeiro plano e um verdadeiro pastor, membro de uma Igreja que é «perita em humanidade». Desde muito cedo, esteve envolvido em grandes causas, como no-lo recorda neste livroentrevista de Octávio Carmo, chefe de redação da Agencia Ecclesia. Desde logo, ainda durante o Concílio Vaticano II, encontra-se em Roma, no Centro Internacional Pio XII, sede do Movimento “Por um Mundo Melhor”. Tendo acompanhado os debates dos Padres conciliares, rapidamente se torna num dos seus divulgadores em Portugal, ao mesmo tempo que se entrega, de alma e coração, à Pastoral Juvenil.
Depois, nos inícios da década de 1980, faz um mestrado em Bioética e começa a sua longa imersão na Pastoral da Saúde, tendo sido coordenador da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde durante 28 anos! Neste âmbito, a sua ação pauta-se por uma enorme sensibilidade a favor da dignidade humana – e na defesa dos direitos fundamentais de cada homem –, mas também pela luta que travou em prol da humanização da saúde. Para além de incorporar alguns organismos públicos internos, como a coordenação do Projeto Vida – o programa de combate à toxicodependência – ou fazendo parte do Conselho Nacional de Ética, a sua presença tornou-se ainda frequente nos fóruns internacionais, nomeadamente na OMS, na Federação Internacional das Associações de Médicos Católicos e no Conselho Pontifício da Pastoral da Saúde. Em vésperas de celebrar o sexagésimo aniversário da sua ordenação sacerdotal, o padre Vítor continua a testemunhar-nos a mesma paixão dos começos: «Eu sei que a Igreja tem de estar metida dentro do mundo, portanto eu tenho de servir a Igreja, servindo o mundo. E, aí, o meu grande vade-mecum é a Gaudium et spes: dignidade humana, comunidade humana, atividade humana e família, vida económico-social, cultura, política, paz. É muito simples: os grandes valores estão sempre cá dentro, não posso sacrificá-los, nunca.»
A segunda parte do livro-entrevista, à semelhança dos outros da mesma coleção, é constituído por textos do autor – concretamente, alguns dos seus discursos – que ilustram bem o seu pensamento e a sua ação no exterior e internamente.

Sem comentários: