terça-feira, 31 de março de 2015

«A Partícula de Vénus», de Douglas Preston

Ano de Publicação: 2011
N.º de Páginas: 400

Tyrannosaur Canyon foi publicado originalmente em 2005 e chegou a Portugal em 2011, numa tradução de Jorge Colaço, sob o título A Partícula de Vénus. A obra é o primeiro volume de uma série que alcançou bastante sucesso e tem como um dos personagens principais Tom Broadbent — que também foi um dos protagonistas de um outro livro (O Codex Maia) do autor americano Douglas Preston (n. 1956).
O prólogo do romance leva-nos a 1972, aquando da última missão Apollo tripulada à Lua, e de como uma amostra de uma rocha lunar é dada como desaparecida. Só no epílogo é que o leitor ficará a saber o intuito de o autor ter aberto este seu thriller mencionando este episódio misterioso.
Qual o epicentro da história? Um dos mais estupendos fósseis de um dinossauro T-rex de todos os tempos, com mais de sessenta e cinco milhões de anos, é encontrado na capital do estado norte-americano do Novo México. O conhecido prospector de tesouros paleontológicos Stem Weather foi quem fez a esplêndida descoberta, nesse local recôndito, no deserto de Santa Fé. O que ele desconhecia era que um ex-presidiário veloz, a mando de um curador no departamento de Paleontologia do Museu de História Natural de Nova Iorque, está a persegui-lo, desde há muito. Perante o assassinato no local do velho caçador de tesouros Tom ainda chega a tempo de ouvir o último suplício de Stem e é-lhe entregue um caderno de apontamentos codificado e encontra no bolso do casaco do moribundo uma rocha, cujas partículas, após analisadas em laboratório por uma técnica do Museu, Melodie Crookshank, podem por em causa a extinção da raça humana. Mais do que isso, podem refutar uma outra versão da origem da extinção dos dinossauros.
Agentes da CIA e da Agência de Segurança Nacional do Governo dos Estados Unidos da América, um tenente e um sargento da polícia de Santa Fé, um frade criptoanalista, um cientista ambicioso e sem escrúpulos, uma jovem doutorada e muito inteligente e frustrada profissionalmente, factos científicos em áreas como Paleontologia, Arqueologia, Criptologia e Mineralogia, capítulos breves, plenos de reviravoltas, suspense e adrenalina, fazem de A Partícula de Vénus um livro fácil de agarrar o leitor ao longo da totalidade das suas páginas. Um dos aspectos adoptados por Preston que funcionou a favor deste livro foi o autor, ao iniciar cada uma das seis partes que dividem o livro, reviver e descrever detalhadamente e com vividez o ambiente apocalíptico que pôs fim à era dos dinossauros aquando da queda do Asteróide Chicxulub.


3 comentários:

Carla disse...

Olá Miguel
Tenho este livro na estante faz algum tempo,mas não sei bem porquê ainda não lhe peguei talvez ainda não tenha ocorrido aquela atracção livro leitora.
Pelo que li da tua opinião parece ser interessante, apesar de não ser o género de livros que costumo ler. Recordo que o comprei por causa dos fósseis de dinossauro, como professora de biologia e geologia foi algo que me chamou muito a atenção. Tenho mesmo de o ler. Deste ano não passa.
Beijinhos e boas leituras.

milureis disse...

Este género de leitura em tempos foi uma das minhas preferidas, era um género que lia bastante, mas há uns anos para cá perdi um pouco o interesse neles, ou por me ter fartado ou por os meus gostos terem mudado, seja porque for, não estava nos meus planos em ler este livro, mas depois desta tua critica em que ressalvas alguns dos aspectos da história e de como é contada, só posso acrescentar que este título passou a fazer parte do meu rol de livros que tenho de ler!

Unknown disse...

Adoro simplesmente este tipo de leitura,tudo que é irreal ou poco comum,ou que foge um pouco da realidade como a conhecemos faz me querer absorver cada palavra da leitura,o folhear de cada pagina,parabens pelo blog