terça-feira, 30 de abril de 2019

Uma nova biografia de Jesus, por Rodrigo Alvarez

Depois de editado em Portugal em 2017 Maria - A biografia da mulher que deu à luz Cristo, dividindo a História em antes e depois, a Porto Editora acaba de publicar um novo livro do escritor brasileiro Rodrigo Alvarez: Jesus - A biografia do homem que ensinou a Humanidade a amar e que dividiu a História em antes e depois.

Sinopse
Mais de 2000 anos após a sua morte, o legado de Jesus continua bem presente. Quem foi e o que fez este homem de tão importante, ao ponto de ter dividido a História em antes e depois do seu nascimento?
Para escrever este livro, Rodrigo Alvarez consultou diversas fontes arqueológicas e bibliográficas, tanto as mais recentes como as mais antigas – incluindo os evangelhos que a Igreja recusa reconhecer –, e viajou pelos lugares que Jesus percorreu, para reconstituir os passos do pregador que, enquanto Deus e homem, ensinou a amar e mudou o rumo da História.
Com uma narrativa baseada no rigor dos factos, transporta o leitor para a época em que Jesus viveu e apresenta o homem anterior ao cristianismo, mostrando aos leitores a relevância da sua trajetória e dos seus ensinamentos para a Humanidade.

Em Maio será publicado «A Morte é Um Acto Solitário», de Ray Bradbury

A Cavalo de Ferro publica a 13 de Maio A Morte é Um Acto Solitário, um clássico da literatura norte-americana, e uma obra fundamental de Ray Bradbury, um dos mais influentes escritores norte-americanos do século XX e autor de mais de trinta obras de ficção, entre as quais o célebre romance Fahrenheit 451.

Texto sinóptico
Numa decadente e fantasmagórica Venice, Califórnia, outrora exuberante estância balnear pujante de vida e movimento, ponto de encontro de estrelas de cinema, turistas e veraneantes, e agora envolta em sombras e nevoeiro, ocorrem misteriosas mortes e desaparecimentos. No cais, local onde se situava a antiga feira popular, em vias de desmantelamento, o corpo de um homem é encontrado debaixo de água, encarcerado no interior de uma jaula de leão submersa. Um jovem escritor, testemunha involuntária deste e de outros acontecimentos insólitos, junta-se ao relutante detetive Elmo Crumley na tentativa de resolver o caso.
Enquanto as mortes se sucedem, e as pistas para identificar o assassino parecem apenas depender da inspiração e intuição do primeiro, desfila uma galeria extravagante de personagens, composta por ex-divas do cinema mudo, uma cantora de ópera retirada dos palcos ou um barbeiro com um passado duvidoso, todas elas pertencentes a um mundo e a um tempo cujo lugar já não existe.

Do mesmo autor: Teremos Sempre Paris.

Reedição de «Ilíada» de Homero, com tradução assinada por Frederico Lourenço

É uma das mais significativas traduções de Frederico Lourenço. Ilíada de Homero é reeditada pela Quetzal e ficará disponível a 3 de Maio em todas as livrarias.

Texto de apresentação
A Ilíada é o primeiro livro da literatura europeia e, sob certo ponto de vista, nenhum outro livro que se lhe tenha seguido conseguiu superá-la - nem mesmo a Odisseia. Lida hoje, no século xxi depois de Cristo, a Ilíada mantém inalterada a sua capacidade de comover e de perturbar.
As civilizações passam, mas a cultura sobrevive? É nesse sentido que parece apontar a mensagem deste extraordinário poema épico, que decorre durante o décimo ano da guerra de Troia, tratando da ira, do heroísmo e das aventuras e desventuras de Aquiles (em luta contra Agamémnon), apresentando-nos personagens como Heitor, Eneias, Helena, Ájax e Menelau, bem como episódios que marcam toda a história da nossa civilização: nas palavras de Frederico Lourenço, é um «canto de sangue e lágrimas, em que os próprios deuses são feridos e os cavalos do maior herói choram».

Sobre o tradutor
Ensaísta, tradutor, ficcionista e poeta, Frederico Lourenço (n. 1963) é atual-mente professor associado com agregação da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e membro do Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da mesma instituição. Foi docente, entre 1989 e 2009, da Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Línguas e Literaturas Clássicas (1988) e se doutorou em Literatura Grega (1999).
Além da Ilíada, agora reeditada, traduziu também a Odisseia de Homero, bem como um volume de poesia grega, tragédias de Sófocles e de Eurípides, e peças de Goethe, Schiller e Arthur Schnitzler.
No domínio da ficção, o seu mais recente livro intitula-se Nova Gramática do Latim.

Guerra & Paz publica livro sobre Restaurante 'O Madeirense'

Manuel Fernandes, um dos maiores «embaixadores» da ilha da Madeira em Lisboa, celebra os 40 anos do seu restaurante O Madeirense, com um livro que reúne os melhores momentos passados naquele espaço emblemático da capital portuguesa. O Madeirense - 40 Anos entre Amigos (Guerra e Paz Editores, à venda a partir de 7 de Maio) conta com textos do jornalista e escritor Fernando Correia e testemunhos de Alberto João Jar­dim, António Sala, Guilherme Silva, Manolo Bello e de muitos outros clientes e amigos.

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Os primeiros títulos da Influência, a nova chancela da 20|20

A Influência é a mais recente editora do Grupo 20|20, de onde fazem parte a Topseller, a Vogais, a Nascente, a Elsinore, a Booksmile, a Fábula e a Cavalo de Ferro.
Segundo consta em www.influencia.com.pt, esta editora irá apostar em livros para o grande público, com um outro olhar sobre o mundo.
«Somos uma editora que quer provocar a reflexão e mostrar um outro olhar sobre o mundo. Editamos livros sobre temas atuais e de interesse para todos os leitores, tanto em ficção como em não-ficção. Com um catálogo abrangente, vamos ao encontro do que o leitor procura e do que quer ler: vida prática, gestão e economia, ensaio, educação e saúde, desenvolvimento pessoal, atualidade e ficção.
Publicamos autores conhecidos e novos autores. Todos se destacam pela capacidade de chegar aos leitores com as suas palavras, o seu rigor e a sua imaginação. São ousados e diferentes, e por isso influenciam, provocam a reflexão e mostram o mundo com um outro olhar.»
Os primeiros livros com o selo da Influência (já à venda) são os seguintes: Cozinha Radiante, de Mafalda Pinto Leite, e A Dieta Anticancro (Edição Revista e Atualizada), de Magda Roma. A 13 de Maio junta-se Funny Cook, de Mafalda Teixeira.

«Uma Gaiola de Ouro», de Camilla Läckberg

Editora: Suma de Letras
Data de publicação: 11/04/2019
N.º de páginas: 408
Depois de ter publicado mais de dez romances policiais, que somaram mais de 20 milhões de cópias em 60 países, Camilla Läckberg, uma das mais brilhantes escritoras de língua sueca da actualidade, saiu da sua zona de conforto e escreveu o seu primeiro tríler psicológico.
A tradução para português foi feita a partir do texto original, En bur av guld, e é assinada por Elin Baginha (a mesma tradutora de O Castigo dos Ignorantes, dos autores suecos Michael Hjorth e Hans Rosenfeldt).
A história deste romance é ambientada em Fjällbacka e Estocolmo, é contada em vários tempos e tem como casal protagonista Faye e Jack Adelheim, que se conheceram quando eram estudantes de Economia e Gestão. Treze anos volvidos, e com uma filha pequena, ambos mantêm-se unidos, e perante a elite de Estocolmo, são vistos como o casal-sensação. Ele, é dono de uma empresa de sucesso que fundou com o apoio de Faye, é milionário e um dos homens mais cobiçados pelas mulheres. Ela, é inteligente e perspicaz, e por imposição de Jack, nunca seguiu uma carreira. Com o passar dos anos, Faye tornara-se submissa e subserviente, não ousando contrariar nunca as decisões do marido.
Ela é também uma mulher que esconde um passado familiar pesaroso, nem à sua melhor amiga, Chris, confidenciara os acontecimentos que a fizeram abandonar a cidade onde crescera.
«Quando alguém perguntava sobre a minha família, eu respondia simplesmente que os meus pais tinham morrido.»
No final da primeira das três partes do livro, esta mulher casada, humilhada e prostrada, desesperadamente apaixonada, é obrigada a reagir ferozmente perante um acontecimento que para ela é inadmissível, num casamento.
A respirar liberdade, após aberta a portinhola da gaiola em que esteve enclausurada durante muitos anos, Faye ressurge das cinzas — que nem uma Fénix — e fica pronta para a guerra.
«O ódio era familiar e seguro. Embrulhava-a num casulo quente, dava-lhe um objectivo e um significado, dava-lhe novamente um ponto de apoio. Ia dar uma lição a Jack. Ia levantar-se outra vez.
Uma Gaiola de Ouro é um tríler intenso, de leitura inquietante e surpreendente, que tem uma protagonista inesquecível (por bons e maus motivos). Abordando temas como a infidelidade, o sexo, a fraude e vingança, Läckberg inebria o leitor página após página, e o fulgor só culmina após lido o final imprevisível. Muitas mulheres podem se rever em muitas das passagens deste livro; muitos homens também.
«Quantas vezes na sua vida já foi enganada por um homem?» Esta é uma das perguntas que podemos ler nas derradeiras páginas de Uma Gaiola de Ouro. Mas outras perguntas ficam a deambular em nossa mente, após fecharmos este romance que tem um forte cariz feminista. Por exemplo: Até onde uma pessoa pode ir para se vingar? Todos os fins justificam os meios?

sábado, 27 de abril de 2019

Novidades com o selo da PACTOR

Comportamento e Saúde Mental - Dicionário Enciclopédico
de Laura M. Nunes, Carla Fonte, Sónia Alves, Ana Isabel Sani, Rui Estrada e Sónia Caridade

Escrita num registo multidisciplinar, a presente obra reúne 235 verbetes, redigidos por 142 autores, especialistas nacionais e internacionais de diferentes instituições académicas e profissionais, estruturados em 4 domínios:
1) Comportamento Humano
2) Saúde Mental versus Doença Mental
3) Ciências e Constructos
4) Métodos e Técnicas

Público-alvo: Estudantes das áreas da psiquiatria, psicologia, enfermagem psiquiátrica, criminologia, serviço social, sociologia.

Das autoras Ana Isabel Sani e Sónia Caridade, consta do catálogo da PACTOR o livro Práticas de Intervenção na Violência e no Crime.


Intervenção em Ciberpsicologia
de Ivone Patrão e Isabel Leal

A Ciberpsicologia, enquanto área emergente e inovadora da Psicologia, está focada no interesse e investigação da interação entre o indivíduo, a sociedade e a tecnologia. O facto de, recentemente, a American Psychological Association (APA) a ter classificado como uma especialidade (contando já com inúmeros psicólogos cibernéticos entre os seus membros) veio estimular e disseminar este domínio, lançando o desafio para uma maior atualização profissional, a par de melhores práticas de intervenção psicológica.
Este livro, pioneiro nesta área em Portugal, aborda três níveis de aplicabilidade prática da Psicologia na interação com a tecnologia: investigação científica, prevenção de comportamentos de risco e da doença e intervenção psicoterapêutica.
Trata-se de uma obra rica e abrangente, que foca as questões atuais da utilização da Internet, bem como a potenciação das TIC na área da Psicologia, através de protocolos de investigação, intervenções psicológicas online, uso da gamificação e jogos na prática terapêutica, eHealth, mHealth e intervenção em muitas áreas sensíveis, como a oncologia, a reabilitação, a depressão, as dependências online, a obesidade, o luto, entre outras.

Público-alvo: Profissionais e estudantes de Psicologia; Profissionais de Saúde e Educação; Profissionais de Informática e Comunicação.

De Isabel Leal, a editora tem publicado Psicoterapias.

O tão aguardado novo tríler de JP Delaney

Acredita em Mim é o título do novo tríler psicológico de JP Delaney, autor inglês do bestseller A Rapariga de Antes, publicado em Portugal em Abril de 2017 pela Suma de Letras. Acredita em Mim estará nas livrarias a partir do dia 9 de Maio.

Texto sinóptico
Claire Wright gosta de se pôr na pele de outras pessoas. Mas quem é o isco… e quem é a presa? Claire é uma inglesa estudante de teatro em Nova Iorque. Sem o green card, não tem outra saída senão aceitar o único emprego que consegue: trabalhar para uma firma de advogados especializados em casos de divórcio.
A sua missão é fingir que é uma rapariga fácil, em bares de hotel, para desmascarar maridos infiéis. Quando um dos seus alvos se transforma no objecto de uma investigação por assassinato, a Polícia pede a Claire que use todas as suas habilidades para ajudar a atrair o suspeito para uma confissão.

Críticas de imprensa
«Um thriller sombrio e assombroso. Uma excelente evocação de emoções em conflito, que não nos permite adivinhar o que virá a seguir.»
Daily Mail

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Para quem gosta de Dan Brown e Harry Potter

William Wenton e o Agente Orbulator é o terceiro título de uma emocionante e inovadora série cujo herói adolescente é um génio da criptografia. Este novo livro de Bobbie Peers (1974) sucede a William Wenton e o puzzle impossível e William Wenton e o Criptoportal, ambos já publicados pela Porto Editora.

Texto sinóptico
É uma noite escura aparentemente normal – até que de repente o Big Ben deixa de funcionar. Pouco tempo depois, uma figura misteriosa, o agente orbulator, aparece a William e dá-lhe um estranho objeto em forma de pirâmide.
Os dois acontecimentos marcam o início de uma nova e voraz aventura para William e a sua melhor amiga Iscia. Viajando da Noruega a Londres, William define como prioridade descobrir quem roubou a pen com o avô Tobias e porquê – mas distinguir amigos de inimigos tornou-se difícil, e não é só porque muitos deles começaram a usar máscaras holográficas… É então que William, forçado a escolher, decide solucionar o código oculto no orbulator, enquanto luta para se defender de velhos inimigos e desvendar mais um dos segredos do luridium.
O retorno de Bobbie Peers ao universo de William Wenton é um desfile cintilante de segredos sombrios, códigos aparentemente impossíveis de decifrar, reviravoltas engenhosas, tecnologia inteligente e bravura – em todas as suas formas e tamanhos.

Passatempo: «O Desejo de Ser um Índio», de Franz Kafka

https://www.facebook.com/silenciosquefalam/photos/a.187362988008873/2186489348096217/?type=3&theater
Passatempo a decorrer na página deste blogue no Facebook, aqui.

terça-feira, 23 de abril de 2019

Os vencedores da 3.ª edição do Prémio Livro do Ano Bertrand

Já foram anunciados os vencedores da 3.ª edição do Prémio Livro do Ano Bertrand. Este é o primeiro prémio literário em Portugal atribuído por leitores e livreiros, e desde a sua 1.ª edição, em 2017, que tem vindo a alcançar cada vez mais reconhecimento.

A cerimónia teve lugar hoje, Dia Mundial do Livro, na livraria mais antiga do Mundo, a Bertrand do Chiado.

Melhor Livro de Ficção de Autores Estrangeiros
1.º lugar - O Tatuador de Auschwitz, de Heather Morris, da Editorial Presença.
Livro mais votado pelos leitores e livreiros. 
2.º lugar - A Morte do Comendador I, de Haruki Murakami, da Casa das Letras. 
3.º lugar - Os Dez Espelhos de Benjamin Zarco, de Richard Zimler, da Porto Editora.

Melhor Livro de Ficção Lusófona
1.º lugar - A Amante do Governador, de José Rodrigues dos Santos, da Gradiva.
Livro mais votado pelos leitores.
2.º lugar - D. Maria I, de Isabel Stilwell, da Manuscrito.
3.º lugar - Princípio de Karenina, de Afonso Cruz, da Companhia das Letras.
Livro mais votado pelos livreiros.

Melhor Livro de Poesia
1.º lugar - Nómada, de João Luís Barreto Guimarães, da Quetzal.
Livro mais votado pelos leitores e livreiros. 
2.º lugar - Obra Poética I, de António Ramos Rosa, da Assírio & Alvim, 
3.º lugar - Agon, de Luís Quintais, da Assírio & Alvim.

Melhor Reedição de Obras Essenciais
1.º lugar - A Leste do Paraíso, de John Steinbeck, da Livros do Brasil.
Livro mais votado pelos leitores.
2.º lugar - Dona Flor e os Seus Dois Maridos, de Jorge Amado, da Dom Quixote.
3.º lugar - Odisseia de Homero, de Homero, da Quetzal.

Cada obra vencedora terá reservado um lugar de destaque nas livrarias Bertrand, em especial ao longo do ano de 2019.

«A evolução do Prémio Livro do Ano Bertrand, ao longo destas três edições, tem sido surpreendente, refletindo a vontade dos nossos leitores em reconhecer o que de melhor se fez no mercado editorial nacional. Este ano, resolvemos alargar novamente a sua abrangência, introduzindo uma nova categoria - a Poesia, que homenageia uma forma literária onde o nosso país tem muita tradição. Entre as duas fases, esta nova categoria arrecadou mais de 15.000 votos, sendo que os autores que mais se destacaram foram António Ramos Rosa, João Luís Barreto Guimarães, Luis García Montero, Luís
Quintais e Manuel Resende.
Acreditamos, assim, que este prémio materializa a missão da Livraria Bertrand de aproximar os leitores dos livros e dos escritores, pelo que agradecemos aos nossos Leitores Bertrand a sua cada vez maior participação.»
Paulo Oliveira, CEO do Grupo Bertrand Círculo

«Levaram Annie Thorne», de C. J. Tudor

Editora: Planeta
Data de publicação: 02/04/2019
N.º de páginas: 336
Para escrever o seu segundo romance, a escritora C. J. Tudor baseou-se na sua própria experiência de adolescente que cresceu numa aldeia mineira isolada e fechada, no norte de Inglaterra. Anos mais tarde, enquanto passeava cães (a autora tinha um negócio de passear cães antes de publicar o seu primeiro livro) próximo da mina que entretanto fechara, ela pensava nos túneis subterrâneos que tinham sido cobertos e nas coisas que neles poderiam estar enterradas.
Um tríler negro, um page-turning envolto em intriga e suspense, é o que C. J. Tudor nos apresenta em Levaram Annie Thorne, livro cujos direitos de publicação estão vendidos para 40 países.
O cenário desta história passa-se na pequena aldeia de Arnhill, onde uma criança de oito anos chamada Annie Thorne, depois de dois dias desaparecida, morre vítima de um acidente de carro. Estamos em 1992. Vinte e cinco anos mais tarde, Joe Thorne, o irmão mais velho de Annie, regressa à aldeia por causa de um e-mail anónimo que recebe e que lhe causa estranheza: «Sei o que aconteceu à sua irmã. Está a acontecer de novo.»
Joe, um homem que viveu uma tragédia da qual guarda cicatrizes, vem ocupar na escola da aldeia o lugar da professora que suicidara-se semanas antes, após matar o filho, Ben, de apenas 11 anos, que também foi dado como desaparecido dias antes.
Que acontecimentos macabros estas duas crianças presenciaram, no local onde estiveram desaparecidas? Por que voltaram completamente apáticas e tão diferentes do que eram? Por que morreram Annie e Ben tempos depois de terem regressado às suas casas sãos e salvos? Que maldição povoa Arnhill e que resiste ao tempo?
The Taking of Annie Thorne (título original) é o romance que consagra C. J. Tudor como uma das mais notáveis novas escritoras de tríleres psicológicos. Se O Homem de Giz revelou-se uma lufada de ar fresco neste género literário, neste seu novo livro a autora britânica volta a surpreender os leitores.
Levaram Annie Thorne revela-se um livro escrito com inteligência e astúcia. A estruturação das personagens e de toda a intriga está bem conseguida e em determinadas partes, a autora apresenta pequenos laivos de terror e sobrenatural, o que torna a história mais assombrada e desafiante para leitura.
Salientar a espaventosa campanha de marketing feita pela Editorial Planeta para gerar expectativa em torno deste livro que antecede The Other People, com publicação prevista para 2020.

Excertos
«Arnhill não é uma povoação acolhedora. É fria, amarga e ensimesmada. Fecha-se sobre si e olha os visitantes com desconfiada. É ao mesmo tempo austera, conservadora e indiferente. O género de aldeia que nos sorri quando chegamos e cospe para o chão, enojada, quando nos vamos embora.» (p. 16)

«Uma vida cheia de promessas. Mas a vida é isso mesmo. Uma promessa. Nada de garantido. Todos gostamos de acreditar que temos o nosso lugar no futuro, mas é apenas uma reserva. A vida pode ser cancelada a qualquer momento, sem devolução de custos, apesar da jornada já feita. Mesmo que mal se tenha tido tempo para apreciar a paisagem.» (p. 22)

«As pessoas costumam dizer que o tempo cura tudo. Estão enganadas. O tempo só apaga. (…) Os corações quebrados não se recompõem. O tempo limita-se a triturar-lhes os pedaços até os reduzir a pós.» (p. 55)

«Na vida não há vencedores. A vida é sobretudo perda: da juventude, do aspecto. Mas acima de tudo perdemos o amor. Por vezes penso que não é a passagem dos anos que nos envelhece, mas o desaparecimento das pessoas e das coisas de que gostamos.» (p. 129)

«As pessoas dizem que a vida encontra o seu caminho. Talvez por vezes aconteça o mesmo com a morte.» (p. 324)
A Editora disponibiliza para leitura imediata o 1.º capítulo do livro, aqui.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Psicoterapeuta alemã revela em livro que a alma tem vida e que é possível observá-la

A alma é mais do que a produção de processos cerebrais e é mais do que uma construção científica. Ela está associada ao cérebro e tem vida própria. É possível explorá-la de forma lógica e, contudo, permanece um grande enigma. Ela é orgânica e, simultaneamente, mística. Sabemos hoje tão mais sobre ela e, porém, não conseguimos explicar tudo.

Com base nas mais recentes descobertas da área da neurociência, da psicoterapia e da epigenética, a autora alemã Sabine Wery von Limont elucida o leitor, em A Vida Secreta da Alma (nas livrarias a 3 de Maio), sobre os diversos comportamentos da alma – um órgão quase invisível, formado por milhões de neurónios –, que está por detrás de praticamente todas as decisões de uma pessoa, graças à sua capacidade de reação muitíssimo rápida.

Sinopse
Porque somos como somos? Porque desejamos aquilo que desejamos? Como sabemos aquilo que sabemos? E porque é que cada um de nós reage de forma distinta aos mesmos estímulos? Como nos tornamos quem somos? E será possível mudar?
Não a conseguimos ver, mas conseguimos senti-la claramente: a alma é o órgão invisível do nosso corpo, que age sobre o organismo através do sistema nervoso. Engloba todas as nossas perceções, afeta a atividade cerebral e do organismo no seu conjunto, influencia as nossas relações, define a nossa personalidade - e pode fazer-nos adoecer ou recuperar.
Durante séculos, a alma foi considerada uma entidade meramente teórica, mas a pesquisa científica contemporânea permite-nos ver a questão de outra forma. A alma é realmente mais concreta do que pensávamos. Podemos observá-la, compreender como se forma, como funciona - e como deixa de funcionar.

sábado, 20 de abril de 2019

Novos livros que são uma ode à figura materna: «Mães Como Nós», «Filho da Mãe» e «Mães que Tudo»

Mães Como Nós, de Luma Garbin (Arena Editora)
O que une Michelle Obama, Alice Vieira, Monica Belucci, Chimamanda Ngozi Adichie, Mariza, Luísa Sobral, Filipa de Lencastre e Marie Curie? A maternidade.
Desde esse útero onde toda a vida começa, podemos ler histórias marcantes de mulheres que lutaram por um país mais justo para os seus filhos, pode-mos rir com os superpoderes que as progenitoras têm de desenvolver no desempenho das suas funções e também maravilhar-nos com retratos de maternidade real, lado a lado com as mães que marcaram a literatura, a poesia, o cinema e as artes visuais. Por toda a parte, fragmentos dessa força da Natureza que são as mães. Mães como as nossas.


Filho da Mãe, de Hugo Gonçalves (Editora Companhia das Letras)
Perto de fazer quarenta anos, Hugo Gonçalves recebeu o testamento do avô materno dentro de um saco de plástico. Iniciava-se nesse dia uma viagem, geográfica e pela memória, adiada há décadas. O primeiro e principal destino: a tarde em que recebeu a notícia da morte da mãe, a 13 de Março de 1985, quando regressava da escola primária.
Durante mais de um ano, o escritor procurou pessoas e lugares, resgatando aquilo que o tempo e a fuga o tinham feito esquecer ou o que nem sequer sabia sobre a mãe. Das férias algarvias da sua infância aos desgovernados anos de Nova Iorque, foi em busca dos estilhaços do luto a cada paragem: as cassetes com a voz da mãe, os corredores do hospital, o colégio de padres, uma cicatriz na perna, o escape do amor romântico, do sexo e das drogas ou uma roadtrip com o pai e o irmão.
Esta é uma investigação pessoal, feita através do ofício da escrita, sobre os efeitos da perda na identidade e no caráter. É um relato biográfico —tão íntimo quanto universal —sobre o afeto, as origens, a família e as dores de crescimento, quando já passámos o arco da existência em que deixamos de fantasiar apenas com o futuro e precisamos de enfrentar o passado. É também, inevitavelmente, uma homenagem à figura da mãe, ineludível presença ou ausência nas nossas vidas. Sem saber o que iria encontrar na viagem, o autor percebeu, pelo menos, uma coisa: quem quer escrever sobre a morte acaba a escrever sobre a vida.

«Este é, sem dúvida, o livro mais pessoal e importante que escrevi até hoje. Sendo uma história verdadeira, que começa com a morte da minha mãe, quando eu tinha oito anos, e que avança até aos dias de hoje, é também um testemunho de crescimento, o relato biográfico sobre uma família a lidar com o luto e a perda, o desafio do miúdo que quer crescer e ser um homem.
É uma história sobre o afeto, as origens, a família e as dores de crescimento, quando deixamos de fantasiar apenas com o futuro e precisamos de enfrentar o passado. É também, inevitavelmente, uma homenagem à figura da mãe.
Espero que recebam este livro com o entusiasmo com que o escrevi.» Hugo Gonçalves

Mães que Tudo, de Ana Margarida de Carvalho, Cláudia Clemente, Djaimilia Pereira de Almeida, Filipa Martins, Isabela Figueiredo, Isabel Lucas, Luísa Costa Gomes, Marlene Ferraz e Raquel Ribeiro  (Editora Companhia das Letras)
Mães que tudo reúne nove contos inéditos de escritoras portuguesas. Olhares singulares sobre ser mãe ou escolher não ser mãe, sobre ser filha ou mãe da nossa mãe. Histórias tão surpreendentes quanto comoventes de mães que ficam, mães que partem, mães que cuidam, mães que afastam, mães que sufocam, mães que libertam, mães que amam de menos ou de mais. Mães que tudo.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

«Eu sou Dinamite!», uma nova biografia sobre Nietzsche

Com tradução assinada por Artur Lopes Cardoso, Eu sou Dinamite! é o título de uma nova biografia sobre Friedrich Nietzsche, filósofo, filólogo, crítico cultural, poeta e compositor prussiano nascido em 1844 e falecido no ano 1900.
O livro é da historiadora da arte, romancista e biógrafa inglesa Sue Prideaux (n. 1944), autora também de biografias sobre Edvard Munch e August Strindberg.
«Magistral. O que distingue esta biografia de Nietzsche das publicadas anteriormente é a sua intimidade vibrante. Trocando o rigor filosófico pela presença humana, aproxima-nos mais de Nietzsche do que todas as que a precederam.» The Los Angeles Review of Books

«A biografia pela qual Friedrich Nietzsche implorava desde o dia em que perdeu a razão e abraçou um cavalo numa praça de Turim em 1889. Prideaux apresenta-nos o mais apaixonado dos poetas-filósofos sob uma luz calma e firme, com resultados surpreendentes.»
John Banville, The Guardian

«Esta biografia é uma verdadeira revelação [...]. Eis Nietzsche como nunca o vimos [...]. A grande qualidade deste livro é fazer-nos assistir à edificação da sua filosofia.»
Kathryn Hughes, The Guardian

«Uma biografia exemplar [...]. Nietzsche emerge das névoas da ignorância e do rumor, numa evocação vívida [...] Um retrato atento e escrupuloso.»
Parul Seghal, The New York Times

«Diversificada e sensível [...]. Uma biografia acessível de um homem habitualmente visto como ameaçador.»
The Economist

terça-feira, 16 de abril de 2019

Para os apreciadores de romances de autoajuda

A Avó que Percorreu o Mundo de Bicicleta é um livro de autoajuda em que o leitor é o verdadeiro protagonista. Este romance de Gabri Ródenas, um autor de ficção contemporânea e inspiracional, considerado um dos escritores espanhóis mais interessantes do panorama literário atual, chega amanhã às livrarias com o cunho da Editorial Presença.
La Abuela que Cruzó el Mundo en una Bicicleta foi traduzido para a nossa língua por Maria João Ferro. É um bestseller em Espanha, com direitos vendidos para Alemanha, Portugal, Itália, Lituânia, Bulgária e Grécia.

Texto sinóptico
Doña Maru tem noventa anos e uma vida pacata em Oaxaca, México. Percorre diariamente de bicicleta uma longa distância para levar doces, alegria e o seu sorriso às crianças do orfanato. Criada, ela própria, num orfanato, no Chile, de onde fugiu com treze anos, sabe bem o que é estar só no mundo. A vida não foi fácil para ela, mas a velha senhora sempre manteve o caráter rebelde e ouviu os murmúrios do seu coração.
Quando descobre que tem um neto, em Veracruz, decide partir a galope no cavalo de vento? A sua velha bicicleta? Em busca do rapaz numa viagem reveladora do poder dos sonhos.
Com esta fábula cheia de magia, humor e espírito positivo, Gabri Ródenas convida-nos a abrir a caixa dos tesouros que a vida nos oferece - a esquecer o que nos entristece ou o que nos aborrece para abraçarmos uma existência mais emocionante, mesmo que de início isso nos possa parecer desconcertante e insólito. É um convite para vermos a realidade tal como a víamos nos longos verões da nossa juventude, em que tudo resplandecia e o mundo se revelava pleno de aventuras e oportunidades.
https://www.presenca.pt/

segunda-feira, 15 de abril de 2019

«Eu e o Meu Medo», de Francesca Sanna

Editora: Fábula
Data de publicação: 03-04-2019
N.º de páginas: 40
«Eu sempre tive um segredo: um amigo pequenino chamado Medo.» Assim tem início esta história narrada por uma menina que acaba de chegar a um novo país, depois de ter sido forçada a abandonar o seu.
Todas as crianças sentem medo, e é normal que sintam. O medo corresponde a uma emoção desagradável e tem componentes fisiológicas, cognitivas e comportamentais, sendo ele a resposta a uma causa reconhecida conscientemente de perigo (que pode ser real ou imaginário).
Para a jovem protagonista desta história, o (seu) Medo (com éme maiúsculo) sempre tomou conta dela e sempre a protegeu. Mas agora, «desde que viemos para este país, o Medo deixou de ser assim tão pequenino.» Por exemplo, quando chega a hora de ir para a escola, Ele potencializa a sua ansiedade, deixando-a triste e incapaz de interagir com os novos colegas de escola e do bairro.
Esse seu amigo, que era pequenino e que ajudava-a (sim, o medo serve para nos proteger das situações que são mesmo perigosas) antes de ela ter fugido do seu país, agora, aumentou de tamanho e quase que a sufoca.
Quando esta menina aprende a enfrentar os seus receios, deixando de fugir de situações aparentemente angustiantes, ela percebe que o perigo não era assim tão grande quanto imaginava e, enquanto maior confiança ganha, menor será o tamanho do seu Medo.
O medo é um sentimento que está sempre presente nas crianças refugiadas, antes, durante e após a fuga.
Depois do seu aclamado livro de estreia, A Viagem, que teve o apoio da Amnistia Internacional e que em Portugal já é um livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura, Francesca Sanna regressa com um novo livro que também toca no tema da criança refugiada, mas cujo foco principal não é a viagem de transição de país, mas a experiência de adaptação num território desconhecido.
Em Eu e o Meu Medo, a autora trabalha de forma sensível, através das palavras e das ilustrações, um dos sentimentos mais comuns e dolorosos por qual as crianças refugiadas têm de lutar quando num país novo chegam.
Tal como no primeiro livro, a parte gráfica e ilustrativa desempenha um papel crucial nesta obra infantil, particularmente no modo como os medos são apresentados. Se no primeiro livro, o preto é a cor que predomina as páginas, neste, o branco (embora haja uma paleta cheia de cores alegres) é a cor em destaque, por ser a que simboliza as deambulações e ansiedades da protagonista.
Mostrar como a amizade, a empatia e a conexão podem ajudar a reduzir o medo, esta é uma das mensagens de Eu e o Meu Medo, um livro que nos lembra que ao longo da vida somos estimulados a lidar com o medo, e que é impossível imaginar uma realidade em que Ele não exista.