sábado, 29 de fevereiro de 2020

São novidades: «A Nação das Plantas» e «Aprender a Falar com as Plantas»

A Nação das Plantas é o título do novo livro do italiano Stefano Mancuso, uma das autoridades de maior renome em todo o mundo na área da Neurobiologia Vegetal.
Esta obra do autor de A Revolução das Plantas (Ed. Pergaminho, Abril 2019), é uma apologia, e também um manual prático, e a explanação de uma filosofia de vida, sobre o significado mais profundo e abrangente da ecologia.
Nele é explicado como, mais que nosso dever, é do nosso interesse zelar pelo continuado bem-estar desta nação.

Acabado de ser publicado pela Dom Quixote, Aprender a Falar com as Plantas confirmou Marta Orriols como uma das autoras espanholas mais interessantes da atualidade. Vencedor dos prémios Òmnium e L’Illa dels Llibres, este romance revela os pormenores da alma feminina, levando-nos em segundos da dor à ternura, do sorriso à emoção mais dramática.
Os seus textos retratam a complexidade das relações humanas com uma prosa delicada e de grande densidade emocional.

«O Prazer», um álbum ilustrado biográfico da autoria de María Hesse

Delicado e visceral, como o prazer que exalta: assim é este livro, O Prazer, o mais íntimo e pessoal de María Hesse, ilustradora espanhola autora de, entre outros, Frida Khalo: Uma Biografia (2018) e Bowie: Uma Biografia (2019), ambos publicados pela Suma de Letras.

Neste livro conta-nos como foi o seu caminho para o despertar da sexualidade, um caminho tortuoso semeado de culpa, vergonha e ignorância, que ultrapassou graças a uma curiosidade insaciável e ao exemplo sábio de mulheres que souberam explorar o mistério e o poder da sensualidade, que enfrentaram os preconceitos do seu tempo, que deram um nome àquilo que não tinha nome e pavimentaram e iluminaram a rota do prazer para que outras a pudessem percorrer mais facilmente. Mulheres de carne e osso ou apenas da ficção, como Lilith, Maria Madalena, Safo, Eve Ensler, Colette, Anaïs Nin, Simone de Beauvoir, Anne Sexton, Mata Hari, Betty Dodson, Marilyn Monroe, Erika Lust e até Daenerys Targaryen. Graças a elas, Hesse desenhou um mapa do prazer feminino para que todas o possamos explorar.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Já está disponível «Teatro de Fantoches», um policial aclamado pela crítica e leitores

Muitos o denominam como um dos livros-sensação do ano. Teatro de Fantoches, editado pela Topseller, é «um empolgante policial multipremiado, que se lê de um só fôlego até ao final profundamente arrebatador e chocante.» Esta obra do escritor inglês M. W. Craven venceu o Prémio CWA Gold Dagger para Melhor Policial do Ano.

1.º parágrafo
«O círculo de pedra é um local antigo e sereno. As pedras que lhe dão forma são sentinelas silenciosas. Vigilantes imóveis. O granito refulge, coberto pelo orvalho da manhã. Presenciaram mais de mil invernos e, apesar de denotarem sinais de desgaste, nunca cederam ao tempo, às estações ou ao ser humano.»
Texto sinóptico
Haverá algo pior do que ser queimado vivo?
Um assassino em série anda à solta. Ele raptou, mutilou e queimou homens nos círculos de pedra pré-históricos do condado de Cúmbria. Não deixou pistas, e a polícia está desorientada. Quando o nome do inspetor Washington Poe é encontrado gravado nos restos carbonizados da terceira vítima, ele é chamado a participar na investigação.
Poe não se quer envolver, mas o cruel assassino tem um plano e, por alguma razão, o inspetor faz parte dele. Acaba, então, por formar equipa com a brilhante, mas socialmente desajustada, analista de dados Tilly Bradshaw, e juntos irão identificar pistas que só Poe consegue seguir.
À medida que o número de corpos carbonizados aumenta, Poe percebe que há muito mais em jogo do que poderia imaginar. E, num final chocante que destrói tudo aquilo em que acreditava sobre si mesmo, o inspetor descobre que há coisas ainda piores do que ser queimado vivo…

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

«Olá, Farol!», de Sophie Blackall

Editora: Fábula
Data de publicação: Fev. 2020
N.º de páginas: 50
Utilizados desde a Antiguidade, os faróis foram concebidos tendo como objectivo orientar os navegadores durante a noite e para avisá-los que estão a se aproximar da terra.
Para haver sinalização luminosa direccionada ao mar sempre em actividade, os faroleiros usavam candeeiros alimentados por petróleo, seguidamente a gás, e posteriormente e até aos dias de hoje a alimentação da luz óptica no topo dos faróis é alimentada por via eléctrica.
A década da mudança deu-se em 1920, quando a profissão de faroleiro começou a deixar de ser necessária, assim que os faróis começaram pouco a pouco a ganhar automatização (o que não quer dizer que nestes últimos 100 anos os “guardiões dos faróis” já não estejam a exercer funções. Segundo um artigo do DN, em 2016 ainda haviam 25 faroleiros que residiam com as suas famílias em faróis portugueses.)
O mais recente livro infantil da autora e ilustradora Sophie Blackall, conta a história de um farol e do seu último cuidador, nos últimos anos antes da tecnologia chegar a todo o vapor.

No rochedo mais alto de uma minúscula ilha nos confins do mundo, ergue-se um farol. Foi construído para durar para sempre, alumiando o mar com a luz, guiando os navios que passam.
Quando um novo faroleiro chega para substituir o antigo, é-lhe passado o testemunho de nunca deixar que a luz se cesse no imponente farol. Nos primeiros tempos, ele entretém-se a remodelar à sua medida o interior do seu novo abrigo, enquanto vai vigiando e transpondo para o diário do farol todos os acontecimentos que merecem uma nota. Todavia, o faroleiro «anseia por ter alguém com quem conversar»; nem as cartas que escreve e lança dentro de garrafas ao mar, destinadas à mulher, lhe esvazia a solidão.
Em contrapartida, o protagonista da história sente-se privilegiado por presenciar grandes espectáculos da natureza, a partir desse porto de abrigo: cardumes e baleais magistrais, icebergues monumentais, mágicas auroras boreais, etc.
Entretanto a sua mulher chega, juntamente com o navio abastecedor que lá vai de tempos a tempos deixar comida e notícias do mundo. E assim as quatro estações vão passando, enquanto ventos assobiam, ondas esbravejam, tempestades deixam o céu negro e o sol cobre a torre majestosa de luz natural.
Tudo muda quando uma carta inesperada com o selo da Marinha chega…
Olá, Farol! é uma obra que aborda temas como a coragem, lealdade, perseverança e resiliência. Sophie Blackall, autora australiana multipremiada (entre outros prémios, venceu por ilustrações suas, por duas vezes, a Medalha Caldecott), com mais de 30 livros ilustrados no seu currículo (são exemplos A Fine Dessert, A Voyage in the Clouds e Ruby’s Wish), através de uma narrativa singela e cativante, apresenta aos mais novos a transitoriedade do tempo e das coisas. Tudo tem um início e um fim. O tempo é fugaz e faz parte integrante da vida e que temos de lidar com as imprevisibilidades.
As ilustrações a tinta da China e aguarela contidas neste álbum de formato alto e estreito (não por acaso), primam pela minuciosidade das pinceladas e pela expressividade que delas resultam, quando retratam emoções (tristeza, contentamento, nostalgia, etc.) e estados de tempo (nevoeiro, tempestade, chuva, etc.).
Na parte final de Olá, Farol!, vem uma nota da autora, onde esta informa o seu fascínio por faróis e sobre as etapas de feitura deste seu livro (recomendado para todas as bibliotecas), inspirado num farol real. O interesse em conhecer melhor a história dos faróis, é despoletado no leitor após o término da leitura (é o caso desta curiosidade: dos 28 faróis portugueses abertos ao público no nosso país, o farol da Ponta do Pargo, na Madeira, electrificado apenas em 1958, foi o farol mais visitado em 2019).
Não iremos olhar para os faróis de forma igual, após ter passado pelas nossas mãos este livro encantador.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Novos livros de D. Silva, M. Connelly e S. King e o tríler de estreia de Alison Belsham

A Rapariga Nova, de Daniel Silva
Um tríler em que o engano, a traição e a vingança andam de mão dada.
«Daniel Silva tem poucos rivais no âmbito das histórias de espiões de sucesso garantido.» The Age

A Quinta Testemunha, de Michael Connelly
Admirado por Stephen King e com 50 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, Michael Connelly é um dos nomes incontornáveis da literatura policial moderna. No catálogo da Porto Editora figuram já O Veredicto, A Reviravolta, Os Deuses da Culpa e Do Outro Lado.
O Ladrão de Tatuagens, de Alison Belsham
Obra vencedora do Bloody Scotland Crime Writing, um dos mais prestigiados eventos dedicado à literatura policial. Original e surpreendente. É tido como uma das grandes apostas literárias do ano.

Elevação, de Stephen King
«Uma história aliciante sobre “um homem comum num estado extraordinário, erguendo-se acima do ódio”.» The Washington Post

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

50 anos após a edição original, chega a Portugal «A Pequena Semente», de Eric Carle


Do mundialmente conhecido autor e ilustrador de obras infantis, o americano Eric Carle, a Kalandraka publica no final da próxima semana A Pequena Semente (The Tiny Seed, 1970), um livro onde o autor actualmente com 90 anos, incentiva as crianças a aprenderem sobre o mundo que as rodeia, descrevendo através de cores e frases poéticas o ciclo natural de uma planta ao longo de um ano.

No outono, algumas sementes de flores são arrastadas para longe por um vento forte. Entre elas, encontra-se uma mais pequena que, apesar da sua delicadeza, evita os perigos que a ameaçam ao longo de uma viagem pelas estações do ano em que cruza o mar, uma montanha alta e gelada ou o deserto… Quando o vento por fim cessa e cai no solo, a pequena semente consegue também impedir que os pássaros a devorem ou ser pisada. E é assim que ela se transforma numa flor imensa que todos vêm admirar.
Depois, chega novamente o outono e é agora a vez de o vento lhe levar as suas próprias sementes…

Próximas novidades:
Oliver Button é uma menina, de Tomie dePaola
Era duas vezes o Barão Lamberto, de Gianni Rodari e Javier Zabala
O peixe arco-íris, de Marcus Pfister

Novos títulos sobre parentalidade: «Como Não Estragar Completamente os Filhos» e «20 Regras de Ouro para Educar Filhos e Alunos»

As Edições Asa acabam de editar uma guia para pais que não acreditam em guias para pais. Como Não Estragar Completamente os Filhos é da autoria de James Breakwell, um escritor de comédia e pai de quatro meninas. Segundo ele, «este livro não vos vai ajudar a serem pais perfeitos. Nem sequer pais extremosos. Vai, sim, ajudar-vos a pôr em prática - sem culpas ou constrangimentos - algo essencial à vossa felicidade e ao futuro dos vossos filhos: a parentalidade pela lei do menor esforço.»
Sinopse
Os pais esforçados querem fazer-nos acreditar que quanto mais nos empenharmos, mais bem-sucedido será o nosso filho. Estou aqui para acabar com esse mito.
A verdade é que - tal como os adultos - a maioria das crianças é surpreendentemente banal e não há nada que os pais possam fazer para o evitar… por isso, mais vale divertirmo-nos pelo caminho.
O meu objetivo com este livro é ajudá-lo a transformar o seu filho num adulto funcional, mas com um esforço consideravelmente menor que o dos superpais.
E, se tudo correr bem, o seu filho não se dará melhor ou pior do que o deles na vida, mas a si sobra-lhe algo precioso: tempo!
Em Como Não Estragar Completamente os Filhos, o especialista em parentalidade amadora James Breakwell explica como pôr eficazmente as preocupações de lado e aceitar o destino catastroficamente mediano do seu filho. Para lá chegar, vai ter de levar a melhor sobre o seu filho, sobre os outros pais, e até sobre si próprio - em suma, sobre todos aqueles que o incentivam a fazer mais do que o necessário.

De Augusto Cury, um dos mais respeitados psiquiatras brasileiros, a Pergaminho publicará no início de Março 20 Regras de Ouro para Educar Filhos e Alunos, um guia prático que sintetiza a vasta experiência do autor e a coloca à disposição de pais e professores.
Sinopse
Estas são apenas algumas das regras de ouro de gestão da emoção que Augusto Cury oferece neste livro: Compreender o eu maduro e o imaturo; Colocar limites inteligentes; Pacificar a mente dos filhos e alunos; Nunca levantar a voz; Jamais criticar excessivamente; Prevenir a intoxicação digital; Ter alergia a ser entediante e chato; Dialogar com inteligência.
Cada regra é explicada através de exemplos práticos e é acompanhada de dicas úteis para a sua implementação.
Outro livro que pode interessar: A Educação Hoje - Princípios educativos para crianças e jovens.

'Os Cinco' ganha adaptação em BD

A famosa colecção 'Os Cinco' agora também em Banda Desenhada.
Os primeiros dois títulos desta nova colevção que chega às livrarias amanhã, pela Oficina do Livro, são Os Cinco e a Ilha do Tesouro (volume 1) e Os Cinco e a Passagem Secreta (volume 2). Estes volumes foram adaptados pela dupla de franceses Béja e Nataël que não deixaram que se perdessem as emoções que a obra tem transmitido a várias gerações desde os anos 40.
Enid Blyton foi uma (1897-1968) foi uma escritora inglesa de livros de aventuras para crianças e adolescentes. Os seus livros encontram-se entre os mais vendidos do mundo desde a década de 1930, com mais de 600 milhões de cópias.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Guia ilustrado «Segredos do Sexo Tântrico» está prestes a ser publicado

No segundo dia do próximo mês, a Nascente publica Segredos do Sexo Tântrico, um livro com formato prático, visualmente apelativo e profusamente ilustrado. Com este guia para principiantes, a autora britânica Claudia Blake auspicia que os leitores melhorem a sua vida sexual.

Explore novas e surpreendentes fontes de deleite com 54 técnicas tântricas para aumentar a intimidade e aprofundar o prazer. Demonstrando que a prática do amor tântrico nem sempre tem de durar horas, a especialista Claudia Blake apresenta de uma forma clara práticas que qualquer pessoa poderá experimentar, acompanhada ou sozinha.
Para além dos princípios fundamentais do sexo tântrico, descobrirá formas maravilhosas de prolongar a excitação, satisfazer o seu parceiro, maximizar o êxtase e alcançar estados superiores de consciência.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

«Querida Amazónia», uma exortação apostólica do Papa Francisco

Querida Amazónia, de Papa Francisco
Um texto escrito como uma carta de amor, onde abundam citações de poetas que ajudam o leitor a entrar em contato com a maravilhosa beleza da Amazónia, mas também com seus dramas diários.
Querida Amazónia convida a uma resposta específica e corajosa, ao repensar a organização e os ministérios eclesiásticos.
Chama à responsabilidade toda a Igreja católica, para que sinta as feridas daqueles povos e as dificuldades das comunidades impossibilitadas de celebrar a Eucaristia dominical, e lhes responda com generosidade.
Nesta exortação, Francisco recorda que na Amazónia a fé foi transmitida e mantida viva graças à presença das mulheres fortes e generosas, sem que nenhum sacerdote passasse por aqueles lugares.
«Dirijo esta Exortação ao mundo inteiro. Faço-o, por um lado, para ajudar a despertar a estima e solicitude por esta terra, que também é «nossa», convidando-o a admirá-la e reconhecê-la como um mistério sagrado; e, por outro, porque a atenção da Igreja às problemáticas deste território obriga-nos a retomar brevemente algumas questões que não devemos esquecer e que podem servir de inspiração para outras regiões da Terra enfrentarem os seus próprios desafios» (Papa Francisco).
Próximos livros a publicar: A Cidade dos Desejos Ardentes e A Tua Voz no Meu Silêncio.

Já se encontra em pré-venda o novo livro do escritor Ildefonso Falcones

Após Os Herdeiros da Terra e A Catedral do Mar, a Suma de Letras publica a 3 de Março O Pintor de Almas, o mais recente romance histórico do melhor escritor de romance histórico de Espanha neste século. Com tradução portuguesa assinada por José Vala Roberto, Ildefonso Falcones oferece-nos nesta trama emocionante, uma história de um tempo conturbado, ao mesmo tempo que narra uma trama emocionante, onde o amor, a paixão pela arte, a luta pelos ideais e a vingança combinam com mestria para recriar uma Barcelona, outrora sóbria e cinzenta, que agora caminha para um futuro brilhante, onde a cor e a esperança começam a espalhar-se pelas suas casas e ruas.

O Pintor de Almas encontra-se já em pré-venda, aqui, aqui ou aqui.
Sinopse
Barcelona, 1901. A cidade vive dias de grande agitação social. A miséria sombria dos mais desfavorecidos contrasta com a elegante opulência das grandes avenidas, onde começam a destacar-se alguns edifícios singulares, símbolo da chegada do modernismo.
Dalmau Sala, filho de um anarquista assassinado, é um jovem pintor que vive preso entre dois mundos. Por um lado, a sua família e Emma, a mulher que ama, são fortes defensoras da luta dos trabalhadores; homens e mulheres que não conhecem o medo ao exigir os direitos dos trabalhadores. Por outro lado, o seu emprego na oficina de cerâmica de Dom Manuel Bello, o seu mentor e um conservador burguês de fortes crenças católicas, aproxima-o de um ambiente em que prevalecem a riqueza e a inovação criativa.
Deste modo, seduzido pelas tentadoras ofertas de uma burguesia disposta a comprar o seu trabalho e a sua consciência, Dalmau terá de encontrar o verdadeiro caminho, como homem e como artista, e afastar-se das noites de vinho e drogas para descobrir o que realmente é importante para ele: os seus valores, a sua essência, o amor de uma mulher corajosa e lutadora e, acima de tudo, aquelas pinturas que brotam da sua imaginação e capturam, numa tela, as almas mais miseráveis que perambulam pelas ruas de uma cidade agitada pelo germe de rebelião.

Primeiro parágrafo
«Os gritos de centenas de mulheres e crianças ecoavam nas vielas da cidade velha. «Greve!» «Fechem as portas!» «Parem as máquinas!» «Baixem as persianas!» O piquete de mulheres, muitas delas com filhos pequenos nos braços ou a tentarem mantê-los seguros pela mão, apesar dos seus esforços para fugirem e juntarem-se aos um pouco mais velhos, não sujeitos a controlo, percorria as ruas da cidade velha, incitando os trabalhadores e os comerciantes, que ainda mantinham abertas as oficinas, fábricas e lojas, a interromperem a actividade de imediato. Os bastões e barrotes que empunhavam convenciam a maioria, embora não fosse rara a quebra dos vidros das montras e uma ou outra rixa.»

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Novos livros da Bookout Editora

A Educação Hoje
Princípios educativos para crianças e jovens
de Pedro Anjos
Livro destinado a pais e educadores que responde às principais questões da educação dos nossos dias.
O presente livro faz a ponte entre as múltiplas questões levantadas por muitos pais acerca dos desafios educativos com que se defrontam na educação dos seus filhos e a experiência do autor na ajuda e aconselhamento a jovens e suas famílias nas pertinentes ansiedades que a uns e a outros inquietam.
A abertura das sociedades a novas realidades e o advento das novas tecnologias, entre outras novas realidades, transformaram irremediavelmente a forma de educar e preparar os jovens para o futuro. O grande desafio já não é a compartimentação do papel de educador e de educando, mas sim conseguir o feliz casamento de papéis em que todos ensinam alguma coisa ao outro numa interação rica de vivências e de maior realização e felicidade para todos.
Afetos - Disciplina - Autoridade - Segurança Informática - Família - Bullying - Autoestima - Valores - Papel da escola - Adolescência - Emoções - Comunicação - Educação - Autonomia - Resiliência - Liberdades - Responsabilidade - Direitos e deveres - Dependência - Saúde.
Estes e outros são os desafios educativos que são abordados neste livro, não como fórmulas mágicas, mas como conselhos e estratégias de atuação reconhecidamente eficazes na sua abordagem. Para ter sempre à mão e consultar como se de um guia de ajuda se tratasse.


Livre!
Descobrir um sentido em todos os momentos da vida
de Alex Pattakos e Elaine Dundon
A síntese do trabalho memorável de Viktor Frankl e dos seus 7 princípios para encontrar um Sentido de Vida.
Viktor Frankl, proeminente psiquiatra que inspirou milhões de pessoas em todo o mundo com a sua extraordinária história de sobrevivência nos campos de concentração nazis, encontrou o sentido de vida que o manteve vivo entre os horrores.
A partir do seu clássico O Homem em Busca de um Sentido, este livro realça a liberdade que temos de escolher a nossa atitude e concretizar aquilo que nos move, dá força e motiva em todas as circunstâncias da vida. Neste livro, Alex Pattakos e Elaine Dundon sintetizaram pela primeira vez o trabalho de Viktor Frankl em sete princípios fundamentais que traduziram em atitudes:
Exercer a liberdade de escolher a atitude - Cumprir o impulso para descobrir um sentido de vida - Descobrir um sentido em todos os momentos - Não agir contra nós mesmos - Olhar para nós mesmos à distância - Desviar foco de atenção - Ir além de nós mesmos.
Descobrir o sentido da nossa vida é descobrir o caminho da liberdade de pensamento e, na essência das nossas emoções, ficar acima das circunstâncias e realizar todo o nosso potencial humano.
A partir do seu clássico O Homem em Busca de um Sentido, este livro realça a liberdade que temos de escolher a nossa atitude e concretizar aquilo que nos move, dá força e motiva em todas as circunstâncias da vida.
Outro livro que pode interessar: A Falta de Sentido na Vida


Saúde Digestiva e Bem Estar
de Dawn Harper
Um livro que faz o percurso pelo sistema digestivo e explica como funciona de forma equilibrada e saudável. Desde a função dos órgãos e glândulas aos sintomas e distúrbios no seu funcionamento causadores do mal-estar que todos nós conhecemos, este livro diz-nos tudo o que precisamos de saber sobre doenças digestivas.

Excertos
«O tema das alergias alimentares merece um livro próprio, mas decidi incluir um breve capítulo sobre este tema porque vejo muita confusão no meu consultório.»

«O seu intestino funciona por instinto e isso dá-lhe fantásticas oportunidades de bem-estar e conforto. Agradeça-lhe por ele fazer esse trabalho por si.»

Outros livros que podem interessar: O Intestino Também Sente e Tudo de Bom para o meu Intestino.


Budismo
Ensinamentos dos grandes mestres
O Budismo surgiu na Índia no VI a.C. a partir dos ensinamentos que Siddartha Gautama desenvolveu depois de se ver confrontado pela primeira vez com a miséria, sofrimento e morte em que vivia o seu povo.
Religião não teísta, a prática budista conduz os seus seguidores através de si mesmos até ao estado de Sabedoria Interior, o estado de felicidade. Pela meditação e prática contemplativa, pelo desapego aos bens materiais, pelo controlo da mente e promoção de atitudes nobres, o indivíduo liberta-se da dor do mundo físico e encontra-se consigo mesmo em busca do seu supremo Nirvana.
O presente livro reúne os mais significativos e marcantes ensinamentos dos grandes mestres budistas ao longo do tempo, sob a forma de pequenas frases, excertos e citações que resumem a prática e a espiritualidade do budismo e inspiram uma vida de paz e o pleno da realização espiritual no percurso do Caminho até ao estado de sabedoria interior.
Como um guia de viagem, cada ensinamento aponta na direção da mente, de nós mesmos e do estado espiritual de maior felicidade e tranquilidade que todos procuramos.

Excertos
«Não desejes e não sofrerás! O desejo é a alma do sofrimento.»
Buda

«Olho por olho e o mundo acabará cego.»
Dalai Lama

«Não te baralhes num monte de pensamentos.»
Dudjom Rinpoche
Consulta outros livros da Bookout Editora em www.bookout.pt

Passatempo: «Falhar para Acreditar», de Pedro Colaço

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Passatempo a decorrer na página deste blogue no Facebook, aqui.

domingo, 16 de fevereiro de 2020

Sobre o Holocausto saem novos livros: «A Parteira Alemã» e «A Mais Preciosa Mercadoria»

Chega já no início da próxima semana a Portugal A Parteira Alemã, o romance de estreia de Mandy Robotham, autora britânica com um mestrado em Escrita Criativa pela Oxford Brookes University. Mandy Robotham é parteira e escreve sobre nascimento, morte, amor e tudo o que envolve estes momentos únicos. No Goodreads, A Parteira Alemã (A Woman of War) tem uma pontuação de 4.30, média atribuída por mais de 10 mil leitores.

Alemanha, 1944.
Anke Hoff, prisioneira do campo de concentração de Ravensbrük faz o que pode para manter vivas as suas companheiras grávidas e os bebés recém-nascidos. Mas quando o seu trabalho é notado, é escolhida para uma tarefa bem mais perigosa.
Eva Braun está grávida do filho do Führer Anke é retirada do campo para Berghof, casa refúgio de Hitler, para trazer ao mundo o filho de Eva Braun. Se recusar, a sua família morrerá. Anke vê-se perante uma escolha impossível. Dividida entre o dever de parteira e o ódio pelo regime para o qual agora trabalha.
A viver uma vida que nunca poderia ter imaginado, Anke apaixona-se por um oficial alemão e cedo o casal é confrontado com os perigos desta relação proibida.
Poderá o seu amor sobreviver aos horrores da guerra? E mais importante, conseguirão encontrar a felicidade?
Vendido em mais de dez países, finalista de uma série de prémios literários, escolhido pelo realizador Michel Hazanavicius para ser em breve um filme de animação, A Mais Preciosa Mercadoria, do dramaturgo Jean-Claude Grumberg, é uma fábula sobre Auschwitz que se inspira num episódio real e não cessa de perturbar e comover leitores em todo o mundo, sobretudo por ter essa rara qualidade de poder ser lida por pessoas de todas as idades. O facto de o autor ter assistido ao momento em que o seu pai foi levado pelos nazis para o campo de extermínio onde acabou por morrer durante a Segunda Guerra Mundial inspirou-o para a escrita de muitos textos ao longo da vida, entre eles A Mais Preciosa Mercadoria, romance que em França, onde foi originalmente publicado, já se imprimiram mais de 90 000 exemplares. A Dom Quixote lança esta obra no início de Março.

Era uma vez um casal de lenhadores muito pobres que vivia numa floresta, por onde passava um comboio de mercadorias. Como estavam em guerra e era inverno, não tinham quase nada para comer. Por isso, a lenhadora sonhava que um dia alguém lhe atiraria uma coisa boa e deliciosa do comboio. Os lenhadores não tinham filhos, o que para ele era um alívio mas, para ela, um grande desgosto.
Era uma vez um casal de judeus que viajava num comboio com dois bebés praticamente recém-nascidos. O pai sabia que não iam para um lugar nada bonito e, ao atravessar a floresta, teve uma ideia bastante insensata…

De Deepak Chopra, dois novos livros

Do mesmo autor de Supercérebro (2013), Cura Quântica (2016), O Poder da Cura (2018) e de muitos outros títulos, chegaram recentemente a Portugal outros dois livros: Tem Fome de Quê? e Reinventar o Corpo, Descobrir a Alma.
Tem fome de quê? De um alimento doce ou salgado? Ou será que tem fome de algo totalmente diferente?
Siga as orientações de Deepak Chopra, esqueça as dietas da moda, equilibre a balança a seu favor e aprenda a comer conscientemente.
Cada célula do nosso corpo, defende Deepak Chopra, é composta por dois elementos essenciais: consciência e energia. Se soubermos fazer uso do poder destes dois elementos, seremos capazes de alterar os padrões de energia distorcidos que são as verdadeiras causas do envelhecimento, da doença e do mal-estar.

sábado, 15 de fevereiro de 2020

Foi lançado romance com temática gay, do escritor francês Philippe Besson

A Sextante Editora publicou a 6 deste mês a tradução portuguesa de Arrête avec tes mensonges (2017), a obra galardoada em França com o Prémio Maison de la Presse. Deixa-te de Mentiras, do romancista, dramaturgo e guionista francês Philippe Besson, está a ser adaptado ao cinema após ter obtido um assinalável êxito internacional: Melhor Livro LGBTQ da Oprah Magazine, Escolha do Editor da New York Times Book Review e Melhor Romance Gay da The Advocate.
Este romance autobiográfico fala da dor da perda e do crescimento, dos sonhos que se acalentam quando ainda somos apenas gente em potência.
Para o New York Times Book Review, este é «um romance terno e sensual»; já segundo o Daily Mail, esta história «capta a intensidade do primeiro amor com toda a sua tristeza, desejo e sofrimento». Quem também não ficou indiferente a este livro, foi o autor de O Coração de Inglaterra (Porto Editora, 2019): Jonathan Coe, que elogia assim Deixa-te de Mentiras: «Há anos que nada me comovia tanto... Tornar-se-á um clássico.»
Sinopse
Este premiado romance de Philippe Besson, «o Brokeback Mountain francês», como o classificou a revista Elle, conta a história de amor entre dois rapazes adolescentes na França de 1984. À entrada de um hotel em Bordéus um conhecido escritor cruza-se com um jovem estranhamente parecido com o seu primeiro amor, Thomas. Olha então para trás, para uma relação nunca esquecida, uma relação escondida do último ano do liceu. O erotismo e a ternura de um primeiro amor e a dor da perda e da passagem do tempo.

Philippe Besson conta com mais de vinte livros publicados, muitos deles traduzidos para várias línguas e depois adaptados ao cinema e ao teatro. Em Portugal tem publicados Em Tempos de Guerra (Caleidoscópio, 2008) e Um Instante de Abandono (Editorial Teorema, 2010).
Outras novidades da Porto Editora: Chuva Miúda e Os Tempos do Ódio.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Porto Editora publica novos livros dos escritores espanhóis Luis Landero e Rosa Montero

Luis Landero estreou-se na literatura em 1989 com o romance Jogos da Idade Tardia (Dom Quixote, 1992). Este que é considerado um dos nomes essenciais da literatura espanhola escreveu «um poderoso livro sobre a família e a memória que não vai deixar os leitores indiferentes», refere a Porto Editora, que chancela Chuva Miúda, livro considerado pela crítica espanhola como o Melhor Romance do Ano, em 2019. Este romance sobre a família, com os seus segredos e rancores, chega hoje às livrarias nacionais.

Instruções para Salvar o Mundo, Lágrimas na chuva, A ridícula ideia de não voltar a ver-te, O peso do coração e A carne são títulos de Rosa Montero que fazem parte do catálogo da Porto Editora. A estes junta-se, a 20 deste mês, Os Tempos do Ódio, um novo livro da escritora espanhola nascida em 1951. Este é um romance intenso e emocionante, no qual estão presentes temas como a passagem do tempo, a paixão como forma de vencer a morte, o amor ao próximo como fator indispensável para uma vida plena, a luta contra os excessos do poder e o horror aos dogmas.
Gabriel decide celebrar o octogésimo aniversário da mãe e, para isso, terá de contactar as irmãs a fim de reunir a família para a feliz ocasião. Todavia, estes telefonemas entre irmãos despertam rancores antigos, relembram erros do passado e põem em confronto diferentes visões do mesmo episódio. Aurora, a discreta mulher de Gabriel, é a confidente pela qual passam todas as histórias que durante anos estiveram guardadas no mais fundo de cada uma das personagens.
Independente, pouco sociável, intuitiva e poderosa, a detetive replicante Bruna Husky tem apenas um ponto vulnerável: o seu enorme coração. Dilacerada pelo súbito e inexplicável desaparecimento do homem que ama, o inspetor Paul Lizard, a replicante enceta uma investigação desesperada e em contrarrelógio que a conduz até uma colónia remota dos Novos Antigos, uma seita que nega a tecnologia, e às origens de uma trama sombria de luta pelo poder, que remonta ao século XVI. Enquanto isso, a situação no mundo é cada vez mais tumultuosa, a tensão popular aumenta e a guerra civil parece inevitável. Numa história que é, no essencial, um retrato preciso e deslumbrante dos tempos em que vivemos, Bruna terá de enfrentar o seu maior medo: a morte.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Novidade PAULUS Editora: «Silêncio, O mestre dos Mestres»

Silêncio, O mestre dos Mestres, de Emiliano Antenucci
O silêncio é indispensável a todos os homens, para o próprio equilíbrio da pessoa humana, habitada pela presença de Deus, a quem a reverência e o silêncio sagrado são adequados. Mas no mundo em que vivemos, o silêncio foi enviado para o exílio. Portanto, é urgente procurá-lo e colocá-lo de volta no centro de nossas vidas. Frei Emiliano Antenucci coloca-nos em seu caminho de maneira prática e convincente. Revendo várias situações existenciais e a citar textos sugestivos de autores espirituais antigos e contemporâneos, destaca doze etapas indispensáveis para um autêntico caminho de espiritualidade marcado pelo silêncio. Madre Anna Maria Cànopi, in prefácio
Excertos
«O silêncio é um mundo maravilhoso e extraordinário, uma atmosfera, um estado de alma, uma clareira na nossa consciência, um regresso a nós mesmos para caminharmos livres». (p. 11)

«O silêncio é a "assinatura" de Deus, que precisa da tinta de Sangue do seu coração para juntá-lo ao teu.» (p. 13)

Porque invejamos o sucesso dos nossos amigos?

Um olhar novo e provocador sobre a nossa espécie, que fornece novas pistas sobre quem somos, porque fazemos o que fazemos e como podemos viver uma boa vida. Este é o pressuposto do livro O Salto Social, da autoria de William von Hippel, professor de Psicologia na Universidade de Queensland.
Quando artistas famosos vencem um Grammy ou um Óscar, não sentimos inveja porque não os conhecemos, não fazemos parte do seu grupo de amigos, e não temos intenção de competir com eles, nomeadamente por parceiros sexuais. Mas quando os nossos amigos nos superam, particularmente num domínio que valorizamos, o caso muda completamente de figura.
A seleção sexual grava esta lógica muito fundo na nossa psique, tornando incrivelmente difícil erguermo-nos acima disto sem sentir inveja do sucesso dos outros — particularmente dos que nos são próximos.
«Repleto de conhecimento sobre o caráter humano, este livro faz-nos refletir sobre o que verdadeiramente importa», diz o 'Kirkus Reviews' sobre O Salto Social, livro que a Vogais Editora publica na próxima segunda-feira (juntamente com Portugal: Breve História de Um Império).
A psicologia humana está repleta de contradições: esforçamo-nos para alcançar os nossos objetivos, mas quando somos bem-sucedidos, a nossa felicidade é passageira. Desejamos que os nossos amigos tenham uma boa vida, mas sentimos inveja se for boa demais.
Reclamamos de chefes difíceis, mas não costumamos ser melhores quando assumimos a liderança. Estas incoerências podem parecer irracionais, mas cada uma é fruto da evolução com o propósito de servir uma função vital nas nossas vidas. De facto, os aspetos mais fundamentais da nossa psicologia foram moldados permanentemente pelo «salto social» que os nossos antepassados deram ao migrarem da floresta tropical para a savana. Na sua luta pela sobrevivência, deram prioridade ao trabalho em equipa e à sociabilidade em detrimento das proezas físicas, criando um tipo inteiramente novo de inteligência.
Mesclando antropologia, biologia, história e psicologia com ciência evolutiva, O Salto Social é um olhar novo e provocador à nossa espécie que fornece novas pistas sobre quem somos, porque fazemos o que fazemos e como podemos viver uma boa vida.

Excertos
«O nosso passado profundo chama-se pré-história por uma razão; não existem registos escritos dessa época. Os cientistas descobriram uma quantidade extraordinária de fósseis e de outros pedaços de provas do nosso passado distante, mas por vezes estas peças do passado estão abertas a múltiplas interpretações. Acrescente-se que, como as estratégias e os comportamentos não fossilizam, é difícil saber exatamente como é que os nossos antepassados resolveram muitos dos problemas que enfrentaram no processo de se tornarem humanos. Apesar destes desafios, os cientistas que estudam a evolução fizeram um trabalho notável ao extrair informação de pequenas pistas, e as suas ideias brilhantes e trabalho árduo permitiram-me contar esta história relativamente completa.»

«(...) a psicologia evolutiva é uma história sobre o modo como a evolução moldou os nossos genes, que por seu lado esculpem a nossa mente, mas não é de todo uma história geneticamente determinista. O ambiente também esculpe a nossa mente, e a nossa cultura, os nossos valores e as nossas preferências desempenham um papel vital em quem nos tornamos — e para onde iremos a seguir.»