quinta-feira, 29 de abril de 2021

Serão publicados em Maio três livros com tradução da escritora Tânia Ganho

Para além de O País dos Outros, de Leïla Slimani, em Maio serão publicados outros dois romances traduzidos para português por Tânia Ganho: A Anomalia, obra que venceu o Prémio Goncourt 2020, o mais prestigiado galardão da literatura francesa, e Notas Sobre o Luto, a história do amor imenso de uma filha por um pai
O primeiro, é de Hervé Le Tellier, autor francês de romances, ensaios e poesia. O segundo, é da autoria da nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, autora de A Cor do Hibisco, Meio Sol Amarelo, Todos Devemos Ser Feministas, entre outros livros.

Em junho de 2021, um acontecimento muito estranho altera a vida de centenas de homens e mulheres, todos passageiros de um voo Paris-Nova Iorque. Entre eles: Blake, pai de família e assassino a soldo; Slimboy, popstar cansado de viver na mentira; Joanna, advogada de topo apanhada nos seus erros; ou Victor Miesel, escritor quase desconhecido transformado em autor de culto.
Todos acreditam ter uma vida secreta. Nenhum deles imagina a que ponto isso pode ser verdade. Algo de muito estranho está prestes a acontecer.


Críticas de imprensa: «Inteligente e divertido.»; «Extraordinário e inventivo.»; «Vertiginoso. Genial!»; «Virtuoso. Uma proeza literária.»


No dia 10 de junho de 2020, na Nigéria, o académico James Nwoye Adichie morreu subitamente.
Chimamanda Ngozi Adichie, sua filha, partilha connosco os efeitos devastadores que esta morte teve em si. Tece na sua própria experiência os fios da história da vida do pai até aos seus últimos dias, já em confinamento, em que conversava com os filhos e os netos por videochamada.

 

quarta-feira, 28 de abril de 2021

«O Protocolo de Varsóvia» é o novo livro de suspense do americano Steve Berry

A Bertrand Editora, após publicar em 2019 O Manuscrito de Malta, volta a apresentar aos leitores portugueses um novo livro de suspense de Steve Berry, um dos autores mais vendidos do top do The New York Times.
O Protocolo de Varsóvia é «um puzzle diabólico que nos conduz numa viagem emocionante através da história da Europa e pelos enigmáticos segredos que a envolvem.»

Sinopse
326: Na demolição de um antigo templo erguido junto ao túmulo de Cristo, descobrem-se os restos da cruz de Jesus. É assim que começa a veneração das relíquias sagradas, e em particular de sete delas, ligadas à Paixão: a Vera Cruz, a Coroa de Espinhos, a Coluna da Flagelação, a Santa Esponja, a Santa Lança, os Pregos e o Sangue Sagrado. Com as Cruzadas, foram trazidas para Europa e expostas em lugares de culto.

2020: Cotton Malone está na basílica do Sangue Sagrado em Bruges onde está depositado, desde o século xii, o frasco sagrado que contém o sangue de Cristo recolhido por José de Arimateia. Durante a sua visita ao templo o precioso relicário é roubado e Cotton Malone descobre entretanto que quatro das sete Relíquias Sagradas desapareceram nos meses anteriores. É o início de uma investigação fascinante, durante a qual Malone terá de mostrar uma maestria extraordinária para escapar àqueles que, na sombra, querem a todo custo manter secreta uma verdade obscura.

Elogios da imprensa internacional
«Berry tempera o enredo com histórias fascinantes e locais vívidos, e o trabalho é tão informativo como qualquer livro didático.» Publisher’s Weekly

«Berry harmoniza um mistério histórico com uma intriga atual, desenvolve o enredo num ritmo veloz e move-se com grande elegância entre os diversos campos de ação.» Booklist

«A Senhora e a Ilha», o novo romance de Alberto João Jardim

Após escrever um livro de memórias políticas, Relatório de Combate (2017), e de se ter estreado no Romance em 2018 com Diz Não!, o ex-presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, apresenta o seu novo livro de ficção: A Senhora e a Ilha, à venda a 11 de Maio, com o cunho da Editora Casa das Letras.

Excerto
«Subitamente, a chuva parou em absoluto. Como normalmente, adivinhavam-se alguns momentos de estio. Abertas estrinçavam o mar de nuvens em muitos farrapos, desta forma súbita permitindo ainda quase distinguir pro­longadamente os fundos dos abismos enormes, ainda que já negros ao avistar de cima.
Maria Inês olhou fascinada, perdendo a conta do isola­mento em que estava, sob o impacto do belo. Algo calmo invadira-lhe a alma e possuía-a. Um ruído estranho vinha agora da profundeza das mon­tanhas. É o vento… mas com um som que nunca lhe ouvi, pensou ela, já em murmúrio consigo própria. Só que o barulho aumentava sem se tornar estrondo. Maria Inês surpreendeu-se por desta vez não sentir medo de qualquer espécie. Dir-se-ia com o espírito sossegado, voluntariamente entregue ao que viesse. "Maria Inês!", pareceu-lhe ouvir chamar. Só me faltava, agora, estar a imaginar coisas, disse para consigo. Mas sempre extraordinariamente calma, como quem tem cer­teza de que o Bem advirá.

«Este livro propõe-se a reflectir sobre algumas questões essenciais, decisivas para o nosso futuro. É um romance, torna a leitura mais atractiva e mais leve. Dedico este trabalho a todos os que me ajudaram na vida política e utilizo algumas palavras do falar madeirense». Alberto João Jardim, na introdução.

«Start & Stop», um livro que ensina a parar para recuperar o bem-estar físico e mental


Start & Stop
é o novo livro de José Soares, professor catedrático de Fisiologia e especialista com larga experiência na melhoria da performance em pessoas e equipas, seja em contexto de desporto de alto rendimento, seja em ambiente corporativo. 

José Soares é atualmente performance manager do piloto Miguel Oliveira, estrela portuguesa do circuito de MotoGP.

Depois do êxito de Reload: menos stress, melhor performance, publicado em 2018, a Ideias de Ler publica a 6 de Maio um guia para ajudar a melhorar o desempenho profissional, sem comprometer a saúde e o bem-estar.

Sinopse
Sente que trabalha demasiadas horas? E, quando chega a casa e quer relaxar, só consegue pensar nas tarefas que deixou pendentes? Tem dificuldade em desligar e recuperar a energia de um dia para o outro?
Através da análise de casos reais, nos quais direta ou indiretamente nos revemos, o fisiologista e especialista em performance José Soares demonstra como os ambientes profissionais exigentes podem ter impacto negativo na nossa saúde física e mental, tornando cada vez mais frequentes os estados de cansaço, depressivos e até de burnout.
Com sugestões e estratégias fáceis de implementar, Start & Stop ensina-o a parar, a recuperar e a repor o equilíbrio necessário entre a vida pessoal e profissional, ajudando-o a melhorar a qualidade de vida sem comprometer a produtividade. 

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Em Maio são lançados novos livros de não-ficção cujas histórias têm Auschwitz com elo de ligação

A 3 de Maio a Editora Vogais vai publicar Na Orquestra de Auschwitz, uma história real sobre sobrevivência e o poder da música.
Enviada para Auschwitz em 1943, Elsa Miller sobreviveu ao campo de extermínio devido ao seu talento. Como violinista, teve a «oportunidade» de se juntar à orquestra feminina do campo, regida por Alma Rosé, sobrinha do famoso compositor Gustav Mahler. É este o segredo que Jean-Jacques Felstein, o filho de Elsa, descobre muito tempo após a morte prematura da mãe, que nunca lhe revelara nada acerca do seu passado.

Outra história verídica, também sobre o Holocausto, chegará às livrarias a 13 de Maio. Um Longo Caminho em Auschwitz é um poderoso testemunho e uma sentida mensagem de esperança.
Max Eisen nasceu em 1929 na pequena vila de Moldava nad Bodvou, na antiga Checoslováquia. Cresceu no seio de uma numerosa família judaica, da qual foi afastado aos quinze anos, quando o destino os levou para Auschwitz. Sobreviveu ao processo de seleção e foi recrutado para trabalho escravo naquele famigerado campo de concentração. Após ficar gravemente ferido por um dos guardas das SS, um médico polaco salvou-o da morte certa e ofereceu-lhe emprego no hospital, prolongando assim as suas expectativas de sobrevivência.

domingo, 25 de abril de 2021

Livro de memórias da primeira médica surda em Portugal

Luísa Abreu dos Santos nasceu no Funchal em 1980. Além de médica, também sabe o que é estar no papel de doente. Acreditar e Vencer – a médica que superou a morte é o título da sua autobiografia. É um livro-testemunho que retrata a perseverança, determinação e coragem de quem enfrenta uma doença rara, (NF2), que apesar de a tornar surda, não a fez desistir do sonho de ser médica de família.

Sinopse
Luísa tinha tudo para ser feliz: uma família unida, uma infância saudável e o sonho de ser médica. Mas aquilo que é dado por adquirido pode mudar num segundo. A morte do pai foi apenas o início de um longo e arrepiante caminho que Luísa Abreu dos Santos tem travado contra uma doença chamada Neurofibromatose 2.
A primeira médica surda em Portugal faz um relato emotivo sobre a sua luta pela sobrevivência, tornando-a numa vencedora que já superou a morte três vezes…

Esta é a página deste livro no Facebook.

Em «A Rebelião», Joseph Roth faz um retrato da sociedade austríaca do seu tempo

Excerto do 1.º parágrafo
«Os barracões do Hospital de Guerra Número XXIV encontravam-se à beira da cidade. Da última estação do eléctrico até ao hospital, um homem são teria tido de caminhar vivamente uma meia hora. O eléctrico conduzia ao mundo, à cidade grande, à vida. Mas os ocupantes do Hospital de Guerra Número XXIV não podiam chegar à última estação dos carros eléctricos.»

Traduzido para português a partir do original alemão por Paulo Osório de Castro, A Rebelião é o retrato desencantado de uma sociedade austríaca profundamente humilhada, fraturada e perdida, cuja opressiva e burocrática máquina estatal continua a controlar de forma cega os destinos dos cidadãos.

Neste romance publicado originalmente em 1924, «Joseph Roth, tal como os seus contemporâneos Broch, Musil e Zweig, esquadrinha, com dolorosa atenção, uma sociedade austríaca moribunda.» (Le Monde)

O novo romance da escritora Leïla Slimani


«O mundo deste romance (...) está magistralmente criado. A vida pessoal, a vida social, a vida de todos os dias saltam da página, plenos de vivacidade, e sentimos as dores da família apanhada no meio do conflito da História. Um romance excepcional e poderoso, de uma escritora justamente aclamada.» Salman Rushdie

«Um romance fascinante e muitas vezes comovente, uma combinação de ficção e memórias, que mostra uma mulher a lutar pela sua independência.» Elle

«Quem melhor do que Slimani para escrever um grande romance contemporâneo sobre (…) os horrores da colonização e as dores da descolonização?» Vanity Fair
Depois do sucesso Canção Doce, que conquistou mais de um milhão de leitores em cinquenta países, e de No Jardim do Ogre, Leïla Slimani confirma a sua impressionante capacidade narrativa e compreensão da alma humana no seu novo romance, a publicar pela Alfagura a 4 de Maio.
O País dos Outros
, traduzido para português por Tânia Ganho, é o seu terceiro romance e venceu o 'Grand Prix de l’Héroine Madame Figaro'. Além dos romances, a escritora e jornalista franco-marroquina tem publicados vários livros de ensaio e opinião, a par da sua actividade cívica em defesa dos direitos humanos e dos direitos das mulheres.

O mais recente romance do francês Patrick Modiano

Melancólica e subtil reflexão sobre a memória e o tempo que passa sem realmente desaparecer, Tinta Simpática é uma jóia literária que confirma uma vez mais a extraordinária qualidade da obra de Patrick Modiano, Prémio Nobel da Literatura de 2014.
Neste romance, disponível nas livrarias a partir da próxima semana, o autor mantém os leitores magistralmente suspensos num mistério contínuo: uma mulher desapareceu, volatilizou-se em Paris, num caso que, mesmo 30 anos depois, continua a assombrar o detetive contratado para a encontrar. O seu insucesso e frustração fazem-nos compreender até que ponto somos prisioneiros do nosso passado.

Tinta Simpática (tradução de Carlos Sousa de Almeida a partir de Encre sympathique, 2019) é o 7.º título de Modiano que a Sextante publica em Portugal.

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Toda a verdade sobre a doença de Alzheimer


A doença de Alzheimer é a grande doença do século, sendo uma das doenças mais temidas pela população.

Em Alzheimer - A Verdade sobre a Doença do Século, o neurologista francês Bruno Dubois responde às seguintes perguntas:

Mas o que é exactamente esta doença que nos rouba o nosso bem mais precioso, as nossas memórias e a nossa identidade?
O que é que falha no nosso cérebro?
Como é que é diagnosticada?
Será que esquecermo-nos do nome de alguém ou de uma palavra é suficiente para ficarmos preocupados?
E qual é o tratamento?
Em que ponto está a investigação científica?
Será possível encontrarmos um medicamento para tratar a doença ou teremos de nos resignar?
Qual será o papel do Estado?

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Novidades d'A Esfera dos Livros

Além dos livros de Puericultura Castigar Não é Educar e Dormir Sem Lágrimas, e do livro de memórias A Duquesa de Windsor, eis outras três recentes publicações a cargo da editora A Esfera dos Livros.

A Geometria Divina
O que é que têm em comum músicos, matemáticos, arquitetos, pintores, desenhadores, engenheiros, biólogos, filólogos, geólogos, sacerdotes e místicos? O facto de todos – quer o saibam, quer não – serem geómetras. Num mundo como o atual, em que o saber está dividido e especializado em excesso, a capacidade integradora da geometria é o melhor caminho para chegar a um conhecimento universal, único e verdadeiro. Não é em vão que a realidade é geométrica, e desvendar o seu mistério permitir-nos-á compreender a ordem que rege o universo.
Que sentido têm os números? Em que é que consiste a proporção áurea? E o número Phi? E as «séries de Fibonacci»? Qual é a origem da escala musical? Que conhecimento se oculta por detrás da construção das pirâmides do Egito, dos templos gregos ou das basílicas cristãs? O que é que simboliza o famoso «Homem de Vitrúvio» de Leonardo da Vinci?
Jaime Buhigas inicia-nos de forma singela e amena à divina geometria, e ajuda-nos a responder a todas estas interrogações e a diversos enigmas históricos de grande interesse. «Não entre aqui quem ignore a geometria», podia ler-se na porta da Academia de Platão. Para aceder a este livro não é preciso saber o que quer que seja. Basta ter vontade de aprender.

Jaime Buhigas Tallon gosta de contradições e peca por ser desordenado e pouco pontual. Ainda assim, se bem que tarde, sempre acaba por chegar. Em geral, a máxima «quem muito abarca pouco possui», característica daqueles que como ele estudaram arquitetura, adapta-se-lhe na perfeição.
É um viciado dos Caminhos de Santiago e crê que o mundo pertence, antes de mais, aos viajantes. Nutre uma verdadeira paixão pela geometria sagrada, que até agora tem divulgado em aulas e conferências. Este livro reúne a sua visão clara da fascinante estrutura que rege tudo aquilo que vemos, somos e fazemos neste universo de que participamos.

Breve história de Inglaterra
«Jenkins sente um fascínio contagioso pelos ambientes de Inglaterra». The Times
«Uma narrativa viva e confiante desde a aurora saxónica… até David Cameron». Financial Times
«Jenkins tem um olhar jornalístico para detalhes irresistíveis… Alegra-me que finalmente tenha surgido um guia de leitura rápida que abarca toda a história de Inglaterra». History Today

Simon Jenkins é o autor dos sucessos de vendas England’s Thousand Best Churches e England’s Thousand Best Houses, ex-editor do The Times e do Evening Standard e colunista do Guardian.


Judeus portugueses na América
A Liberdade, que desde 1886 recebe de chama na mão quem se aproxima de Manhattan, guarda aos seus pés a memória de uma diáspora com origens no outro lado do Atlântico. Emma Lazarus, a autora do poema gravado no pedestal da estátua, conseguia recuar a sua ancestralidade até um judeu de Lisboa que, em 1738, chegara naquela mesma cidade de Nova Iorque. Mas a história dos judeus portugueses na América do Norte havia começado bem antes, quando, em meados do século xvii, o navio St. Catrina aportou em Nova Amesterdão, trazendo a bordo 23 refugiados do Recife. A gesta continuou ao longo das décadas e séculos seguintes, repleta de personagens inolvidáveis. Do rabino patriota ao príncipe mercador, do herói revolucionário ao daguerreotipista do Faroeste, da matriarca que escrevia poemas ao médico que catalogava as maleitas da Virgínia, este livro revisita estas e outras histórias de judeus portugueses que marcaram os primórdios dos Estados Unidos da América.

Carla Vieira é investigadora de pós-doutoramento no CHAM – Centro de Humanidades da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e membro da Cátedra de Estudos Sefarditas Alberto Benveniste. Nos últimos anos, tem centrado a sua pesquisa em torno da diáspora sefardita e das relações luso-britânicas no século XVIII.

Novos livros de Puericultura: «Castigar Não é Educar» e «Dormir Sem Lágrimas»

Castigar Não é Educar
Todas as vantagens da disciplina positiva

de Lorena García Vega
Por que não devemos castigar?
Serve para alguma coisa o cantinho para pensar?
Por vezes será o silêncio uma boa ferramenta com as crianças?
Este instrutivo livro fala-nos, a partir dos princípios da Disciplina Positiva, sobre quais são as formas mais amáveis e úteis de educar os nossos filhos, e fá-lo sem julgamentos ou preconceitos.
Respeito, motivação, empatia, confiança e gestão emocional são apenas alguns dos pilares de uma educação flexível que conecta com a criança e com os seus sentimentos.
Que evita a rebeldia, a vingança e que saltem faíscas na família.


Dormir Sem Lágrimas

Deixá-lo chorar não é a solução

de Rosa Jové
Um bebé que não dorme à noite pode ser uma das maiores provações por que os pais passam. Atualmente existem inúmeras teorias e métodos de treino sobre como adormecer um bebé, e, muitas vezes, os pais acabam por se sentir perdidos no meio de tanta informação. Alguns métodos defendem que se deverá deixar a criança chorar, que as canções de embalar são contraproducentes ou que dormir na cama dos pais é uma viagem sem retorno. Mas as sequelas e os efeitos nocivos de alguns destes métodos podem ser bastante problemáticos e ter efeitos a curto e longo prazo. Assim, deixar o seu bebé chorar não é uma solução, pois se o bebé chora é porque sofre e necessita de atenção.
Para a autora, psicóloga infantil e especialista neste tema, «o sono é um processo evolutivo e qualquer criança saudável vai eventualmente conseguir dormir um dia», não sendo preciso tentar alterá-lo, pois, como qualquer necessidade vital, o sono acabará por se harmonizar com as nossas restantes necessidades em cada momento da nossa vida.
O objetivo não será aplicar um método ou regras de disciplina, mas, sim, explicar que se abordarmos os distúrbios de sono do nosso filho com afeto e compreensão, a criança acabará por nos conduzir, como fica provado nestas páginas, a noites mais serenas em que todos, pais e filhos, poderão dormir tranquilamente.
Com mais de 100 mil exemplares vendidos em Espanha, este livro, fundamental para todos os pais, ajuda, através de informação fidedigna, a desfazer mitos e preconceitos que se têm vindo a implementar na nossa sociedade sobre um tema tão importante para a vida de um bebé.

Livro de memórias sobre a Duquesa de Windsor, a americana, que tal como Meghan Markle, abalou a monarquia britânica

Wallis Simpson foi uma americana da alta sociedade que conheceu o então príncipe de Gales e o herdeiro da coroa, Edward VIII, por meio de um amigo em comum. Edward VIII se tornou rei em Janeiro de 1936 e nesse ano abdicou dos seus deveres reais para se casar com Wallis Simpson.
Este caso foi o único outro precedente monárquico semelhante ao de Harry e Meghan. Como Markle, Wallis Simpson também era americana e divorciada, e se apaixonou por um herdeiro da coroa britânica.
Durante muitos anos, Diana Mitford (1910-2003) foi amiga e vizinha do Duque e da Duquesa de Windsor. No livro A Duquesa de Windsor - Memórias de uma amiga, que chegou recentemente às livrarias, Diana Mitford partilha com os leitores algumas das suas memórias sobre a americana divorciada que abalou a monarquia britânica nos anos 30.

Sinopse
Amiga íntima do Duque e da Duquesa de Windsor, Diana Mitford era convidada habitual nas suas festas em Paris ou no «Moulin» em Orsay, onde eram vizinhos. Escrevendo com o seu estilo inimitável – extremamente inteligente, divertido e observador –, Diana Mitford pinta um extraordinário retrato da sua amiga, que é simultaneamente extremamente vívido e realista no que toca aos seus defeitos. O que é que cativou tão profundamente o Rei Eduardo VIII e o levou a abdicar, de modo a poder nunca se afastar dela? É esta a pergunta a que Diana Mosley tenta responder, e para a qual estará talvez mais qualificada do que qualquer outra pessoa, visto o seu amor por Sir Oswald Mosley, líder dos fascistas britânicos, por quem ela deixou o seu primeiro, e imensamente rico, marido.

segunda-feira, 19 de abril de 2021

O livro que explica a razão pela qual as crianças dinamarquesas são mais felizes

Iben Dissing Sandahl é especializada no aconselhamento de famílias e crianças. Depois do grande sucesso alcançado com Pais à Maneira Dinamarquesa (Arena, 2019), no seu novo livro, Brincar à Maneira Dinamarquesa, esta psicoterapeuta e professora que vive em Copenhaga, descodifica o famoso modelo escandinavo que serve de inspiração a pais e educadores de vários países para promover a felicidade, confiança e espontaneidade das crianças.

Um guia prático para brincadeiras livres, não estruturadas, que define claramente as etapas a ter em conta para criar filhos fortes e saudáveis.
Com tópicos práticos e exemplos inspiradores, Brincar à Maneira Dinamarquesa ajudará pais e educadores a tornar as crianças ainda mais felizes e mais bem integradas.

«Brincar à Maneira Dinamarquesa defende energicamente a brincadeira livre e dá sugestões práticas aos pais, educadores e médicos para a sua implementação. Concordo que a liberdade de resolver conflitos, medos, e exprimir criatividade só pode ajudar a reduzir o stress, a aumentar a autoconfiança, a diversão, as competências para resolver problemas e a resiliência.» Barbara Lavine, conselheira profissional licenciada, Virginia, EUA

sábado, 17 de abril de 2021

Novo livro de Michel Houellebecq entre as novas publicações do Penguin Random House Grupo Editorial

Novas publicações das editoras Objectiva, Alfaguara e Suma de Letras, chancelas do Penguin Random House Grupo Editorial.

A Incrível História de António Salazar, de Marco Ferrari
Baseando se nos testemunhos recolhidos dos 20 000 resistentes presos pela PIDE e das suas práticas implacáveis de terror, Marco Ferrari, escritor e jornalista, devolve à nossa memória colectiva a verdade sobre os dois estranhos anos em que Portugal viveu em coma, com um velho ditador que já não o era.

Passo a Passo, de Helena Sacadura Cabral
Num exercício de enorme intimidade, Helena Sacadura Cabral registou o passar do tempo e as muitas emoções que sentiu, sempre com uma certeza: seja qual for o obstáculo que temos pela frente, a vida não pára, as estações sucedem se e o medo e a incerteza dão, invariavelmente, lugar à alegria da redescoberta. Porque a alegria é sempre um caminho que podemos escolher.

Plataforma, de Michel Houellebecq
Neste seu terceiro romance, Michel Houellebecq, autor incontornável das letras francesas, faz uma reflexão implacável sobre a hipocrisia e a pretensa superioridade da civilização ocidental, com os seus seres desencantados e perversos. Um livro tão amargo quanto divertido, que releva o lugar do escritor francês como um dos mais lúcidos pensadores do nosso tempo.

Garra, de Cecelia Ahern
A autora bestseller Cecelia Ahern, traz-nos uma coleção ferozmente feminista de histórias que iluminam, às vezes de maneira fantástica, como as mulheres navegam o mundo hoje. Ahern assume os aspectos familiares da vida das mulheres - as rotinas, os constrangimentos e os desejos - e os eleva com a sua mistura astuta de realismo mágico e percepção social.

«Lisboa Judaica» é um dos novos livros das Edições Parsifal

Além do livro Pensar a Utopia, Transformar a Realidade, do antropólogo João Carlos Louçã, outras duas publicações recentes da Parsifal são Lisboa Judaica, de Sérgio Luís de Carvalho (autor de Lisboa Nazi), e o livro de contos Histórias de Liberdade e Outras, da escritora Filomena Marona Beja.

Segregação. Perseguição. Integração. É em torno destas três palavras que se construiu a história dos judeus em Portugal e em Lisboa. Uma história feita de momentos diversos e acontecimentos singulares, desde as épocas de dor e angústia até aos dias de solidariedade e de celebração.
Neste livro iremos narrar essas histórias em três grandes épocas: durante a Idade Média, a Idade Moderna e nos nossos dias.
Iremos percorrer os locais mais marcantes, referir os acontecimentos mais importantes, falar de homens e de mulheres que nesta cidade viveram, sobreviveram, prosperaram ou pereceram.
Através desta obra, o leitor fica a saber o que resta das judiarias na Lisboa contemporânea, como decorria um processo de auto de fé, como resistiram os judeus à Inquisição ou como contribuíram para o reino.
Lisboa Judaica conta uma história feita de gentes, de testemunhos, de património e de regras. Uma longa história que vem até aos nossos dias - e que pode ser também um alerta contra a intolerância.
Uma história muito nossa, afinal.


Histórias de Liberdade e Outras marca o regresso de Filomena Marona Beja ao conto, uma área de escrita ficcional que revisita regularmente e na qual se move com particular maestria. Neste livro, apesar de serem muitos os temas que dão forma às suas histórias, a liberdade constitui um traço comum à generalidade dos contos.
Esse poder, ou essa emancipação, confere assim aos protagonistas a coragem de não resistir à urgência do amor («Correio para o Corvo»), de persistir perante as adversidades («Circum-navegar»), o direito a uma nova oportunidade («Há quanto, quanto tempo!»), de contrariar preceitos sociais («Eu não sei como te chamas») ou, no limite, a liberdade de decidir sobre a própria vida («Desengano»).
Desta forma, Filomena Marona Beja alia a diversidade temática à qualidade literária e à singularidade narrativa que a distinguiram, fazendo de Histórias de Liberdade e Outras uma extraordinária obra de ficção de uma das mais originais vozes da literatura portuguesa actual.

Outros títulos da autora na Parsifal: Um Rasto de Alfazema, Avenida do Príncipe Perfeito, De Volta (Aos Contos) e Barcas Novas Levam Guerra.

sexta-feira, 16 de abril de 2021

O mundo da prostituição é o epicentro do romance «A Casa», de Emma Becker

Após ter escrito os romances Mr e Alice, a escritora francesa Emma Becker apresenta o seu novo livro. Com o intuito de compreender a prostituição e as mulheres que desenvolvem esta actividade, Becker trabalhou num bordel em Berlim durante dois anos e meio. Essa experiência deu origem ao romance A Casa, que a Casa das Letras publica na próxima semana.

Em A Casa, Emma Becker descreve a vida no bordel berlinense onde, durante dois anos e meio, sob o pseudónimo de Justine, nome da famosa personagem de Sade, decidiu vender o seu corpo para tentar compreender o mundo da prostituição, as mulheres que nele trabalham e os homens que a ele recorrem.
Retrato da sua vida sexual e amorosa durante esta experiência, das suas companheiras e dos bastidores deste mundo proibido,
A Casa é um romance que transborda as paredes do bordel. Mais do que uma história sobre as mulheres desta casa, é sobre o modo como estas veem o mundo, sobre os homens que pagam os seus serviços, sobre os seus desejos, os seus limites, as suas armadilhas, e, acima de tudo, sobre todos os desejos que nos fazem tremer.

quarta-feira, 14 de abril de 2021

'Honjok' ou a arte de ser feliz estando sozinho

Honjok é um termo sul-coreano para pessoas que voluntariamente realizam atividades sozinhas. O termo foi popularizado em 2017, quando a Coréia do Sul viu um aumento no número de pessoas comendo, bebendo, viajando e realizando outras atividades sozinhas.

O livro Honjok, de Francie Healey e Crystal Tai, é a mais recente publicação com o cunho da Pergaminho.

«Nos seus Ensaios Completos, Michel de Montaigne - o importante filósofo da Renascença Francesa - declara: "O maior feito do mundo consiste em sabermos pertencer a nós mesmos." Os honjok convidam-nos a considerar este sentimento, e a descobrir quem somos para lá das normas sociais e culturais. Neste livro, partilharemos reflexões sobre a beleza da solitude e a profunda satisfação que decorre de investirmos na nossa vida interior. Será uma viagem de autorreflexão que conduzirá o leitor à sua interioridade através de um processo de observação diligente e de um cuidado questionamento. A leitura deste livro, ao explorar os temas da solidão, do amor-próprio e da liberdade exercida do interior para o exterior, oferecer-lhe-á a oportunidade de aprender mais sobre o seu eu verdadeiro e sobre os seus desejos e necessidades.»

Honjok significa, em coreano, «tribo de um». Esta palavra surgiu para designar um fenómeno crescente na Coreia: uma sociedade intensamente gregária assiste a um número cada vez maior de pessoas a escolher viver sozinhas, não constituir família nos moldes tradicionais e, basicamente… passar tempo consigo mesmas.

No mundo hiperconectado em que vivemos, quanto tempo passamos realmente na nossa companhia? Mesmo sozinho em casa, estamos muitas vezes imersos em redes sociais ou distrações de natureza vária. Honjok é um convite a redescobrir o prazer da sua própria companhia e a desfrutar do silêncio e da tranquilidade que resultam de saber estar bem consigo mesmo. 

Os novos livros das escritoras Patrícia Reis e Patrícia Portela

Da Meia-Noite às Seis
de Patrícia Reis

Escrita num registo de intimidade que nos envolve, esta narrativa segue a vida, presente e passada, de personagens que se cruzam e cujas opções de vida reflectem o que é prioritário em tempos de pandemia.
Da Meia-Noite às Seis é o regresso de Patrícia Reis ao espaço literário que define a singularidade, a subtileza e a sabedoria da sua voz: o território da complexidade das relações humanas e da busca de identidade.


Hífen
de Patrícia Portela
«Flandia, o avesso desalinhavado de uma possibilidade hifanada. A discussão sobre o sexo dos anjos enquanto os portões cedem aos cavaleiros do Algoritmo.»
Trata-se quase de uma distopia, feroz, numa sociedade comandada por androides, doente, em que as crianças vão adormecendo e não mais conseguem acordar.
Permanecem a dormir.

terça-feira, 13 de abril de 2021

Está quase a chegar a Portugal «Extraterrestres», de um renomado astrofísico americano


O livro
O principal astrónomo de Harvard expõe a sua teoria controversa de que o nosso sistema solar foi visitado recentemente por tecnologia extraterrestre avançada proveniente de uma estrela distante.
No final de 2017, cientistas num observatório do Havai avistaram um objecto que atravessava o nosso sistema solar, deslocando-se tão rapidamente que só poderia ser proveniente de outra estrela. O astrofísico Avi Loeb demonstrou que não se tratava de um asteróide; deslocava-se demasiado rapidamente numa órbita estranha e não deixava qualquer rasto de gás ou detritos. Havia apenas uma explicação possível: o objecto era um fragmento de tecnologia avançada criado por uma civilização extraterrestre longínqua.
Em Extraterrestres, Loeb traz aos leitores a história entusiasmante do primeiro visitante interestelar avistado no nosso sistema solar. Expõe a sua hipótese pouco ortodoxa sobre o objecto, que se tornou conhecido como 'Oumuamua, e descreve as suas implicações profundas para a ciência, para a religião e para o futuro da nossa espécie e do nosso planeta.
Uma viagem através dos limites da ciência, do espaço-tempo e da imaginação humana, Extraterrestres desafia os leitores a procurar alcançar as estrelas - e a pensar de forma crítica sobre o que poderá existir no universo, por mais estranho que pareça.

O autor
Abraham Loeb é membro do Conselho Consultivo do Presidente dos EUA para a Ciência e Tecnologia. Em 2012, a revista Time destacou-o como uma das vinte e cinco pessoas mais influentes na investigação espacial.
Foi colaborador durante décadas de Stephen Hawking.

«Sobreviventes» é o título de dois livros recentes: um romance e um livro sobre o Holocausto

Sobreviventes - A Vida das Crianças Após o Holocausto conta, pela primeira vez a partir da sua perspectiva, a história das crianças que sobreviveram ao trauma do Holocausto. Como é possível dar um sentido à vida quando não se sabe de onde se veio? Esta foi uma questão premente para os mais jovens sobreviventes do Holocausto, cujas memórias antes da guerra eram vagas ou inexistentes. Rebecca Clifford segue as vidas de uma centena de crianças judias depois dos escombros do conflito através da sua idade adulta até à velhice, revelando as lutas que travaram para serem capazes de se chamar de "sobreviventes". Desafiando as nossas concepções sobre trauma, a narrativa poderosa e surpreendente de Clifford ajuda-nos a compreender como foi viver depois ? e viver com ? infâncias marcadas pela ruptura e pela perda. O livro tem merecido grande destaque na imprensa britânica e internacional.

Rebecca Clifford é doutorada pela Universidade de Oxford e professora de História Europeia Moderna no País de Gales. Este seu livro já recebeu inúmeras nomeações.

Como chegámos a este ponto? Como pudemos nós os três, que éramos como um só na infância, afastar-nos tanto uns dos outros? Quando nos tornamos estranhos? O que aconteceu?
Três irmãos regressam à casa de campo junto ao lago onde, duas décadas antes, um terrível acidente mudou as suas vidas para sempre. Levam com eles as cinzas da mãe, cujo último desejo os apanhara de surpresa: sempre pensaram que ela desejaria ser sepultada ao lado do falecido marido. Benjamin segue ao volante, conduzindo o carro e os irmãos numa viagem através do tempo, até uma época em que eram crianças entregues a si mesmas, perante a indiferença dos pais. São agora adultos. Três estranhos, inevitavelmente unidos por uma história comum de lutas pela atenção do pai e pelo amor imprevisível da mãe. O falecimento da mãe traz velhos traumas à superfície, e a tensão entre os irmãos aumenta. Que segredo terá ficado enterrado no seu passado?

Alex Schulman é um escritor e jornalista sueco. Sobreviventes, o seu quinto livro e primeiro romance, marca a sua estreia internacional. Os seus direitos foram vendidos para mais de 30 países.

segunda-feira, 12 de abril de 2021

Livro de José Sócrates «Só Agora Começou», entre as novidades da Actual Editora

Das próximas publicações da Actual Editora, fazem parte Só Agora Começou, livro de José Sócrates prefaciado por Dilma Rousseff (à venda a 15 deste mês), e Pense Pela Sua Cabeça, do Professor na Universidade de Harvard Vikram Mansharamani (chega dia 22 às livrarias).

Excerto
«Comecei a escrever este livro em março de 2018 e ter-minei-o a 17 de setembro desse ano, dia em que o dei como pronto para publicação. Uma semana depois realizou-se o sorteio que determinou Ivo Rosa como juiz de instrução. Pela primeira vez o processo marquês iria ter um juiz. Decidi então não o publicar, prometendo a mim próprio fazê-lo quando a fase de instrução terminasse. (...) Nada possuir e a nada estar agarrado — eis a melhor posição no combate.»

Excerto
«Na origem deste livro está um artigo que escrevi para a Harvard Business Review intitulado "All Hail the Generalist". Esse pequeno texto tocou num ponto nevrálgico e incitou milhares de leitores a fazer comentários. Alguns exprimiam raiva, outros gratidão; no entanto, todos demonstravam um certo grau de envolvimento.A essência da minha mensagem era que a nossa paixão pelo conhecimento altamente especializado foi longe demais. A especialização da sociedade e a sua compartimentação produziram uma amplitude de visão reduzida em quase todos os sectores da vida. O futuro, sugeri no artigo, pode vir a pertencer àqueles que possuem não só a aptidão para gerar informações especializadas, mas também para as interligar. Quem tem uma visão abrangente e recorre a um conhecimento especializado apropriado quando é necessário provavelmente irá ditar o futuro.Numa época em que o conhecimento especializado parece ser a fonte de maior rendimento, maior prestígio e uma via rápida para uma vida melhor, o que eu sugeri foi provocador.»

«Rodeado de Psicopatas» apresenta estratégias para combater pessoas manipuladoras

Thomas Erikson é um especialista em comunicação, conferencista e escritor. O seu primeiro livro, Rodeado de Idiotas, publicado pela Lua de Papel em 2018, foi um sucesso de vendas e foi traduzido para mais de 20 línguas. Na próxima semana será lançado Rodeado de Psicopatas, livro onde o autor sueco apresenta aos leitores ferramentas para se protegerem de manipuladores e exploradores no emprego e na vida pessoal.

Pouco depois de ter publicado o seu primeiro livro, Thomas Erikson foi abordado no Facebook por uma jovem aspirante a escritora a quem respondeu de forma quase automática. Alguns meses depois, a suposta fã enviou um e-mail à companheira do autor a dizer que eram amantes. Foi o início de uma perseguição implacável, de mentiras e ameaças, que só terminariam com a intervenção da polícia. Mas o mal já estava feito. A família não resistiu à pressão e Erikson acabou por se separar.
Anos mais tarde escreveria o extraordinário bestseller Rodeado de Idiotas. O livro é um guia de relacionamentos centrado num sistema que atribui uma cor a cada uma das personalidades tipo: vermelho (dominância), amarelo (inspiração), o verde (estabilidade) e azul (capacidade analítica). Há, no entanto, pessoas que não se reconhecem em nenhuma das cores. Agem como camaleões, e espelham a personalidade das vítimas para melhor as manipularem. Por outras palavras, são psicopatas. E este livro mostra como lidar com eles.
O autor volta a usar o sistema cromático DISA (criado pelo psicólogo William Marstom), não tanto para desmascarar os predadores (que não têm cor) mas sim para melhor identificar as forças e fraquezas das potenciais vítimas. Ou seja, se eu for amarelo, qual é a minha maior vulnerabilidade? E que armas poderei usar para me defender.
Outros livros publicados recentemente pela Lua de Papel:
Pessoas Altamente Sensíveis, de Elaine N. Aron
Limpeza Cerebral, de David e Austin Perlmutter

O Corpo Não Esquece, de Bessel van der Kolk

sábado, 10 de abril de 2021

«Instinto», de Ashley Audrain

Editora: Suma de Letras
Data de publicação: 13-04-2021
N.º de páginas: 344

Muitas vezes, Blythe Connor pergunta a si própria: “Porque é que ela me deixou?”. A mãe abandonara-a quando ela tinha pouco mais de 10 anos, após anos de abusos e crueldade. Também a avó, uma mulher intempestiva e psicótica, sempre havera negligenciado a filha, mãe de Blythe.
Pouco tempo após se ter casado, Fox, o marido, diz que anseia constituir uma família. Não duvidando de que ele daria um bom pai, ela, que tinha ambições de fazer carreira como escritora, relutantemente aceita satisfazer o seu desejo. No seu íntimo, Blythe sabe que nunca teve certeza se queria ter filhos; decide ignorar o que o pai lhe dissera uma vez: «Blythe, as pessoas podem pensar mal de ti sem razão. A única coisa que importa é o que julgas acerca de ti própria.»
Assim que Violet nasce, prova ser uma criança difícil, chorando quando a mãe está por perto e dando tréguas apenas na presença do pai. Com o passar dos meses, a díade mãe-filha não consegue criar vínculo: ela: «olhava para a filha e pensava: Desaparece-me daqui.»
Clinicamente, fica descartada a possibilidade desta progenitora estar a passar por uma depressão pós-parto. Ela observava a relação de afecto de Fox com a filha e sentia inveja: «Quanto mais a Violet recebia de ti, menos me davas.» Começa, propositadamente, a negligenciá-la: «Habituei-me a deixá-la chorar (…) Às vezes punha os auriculares.»
Já mais crescida, a filha continua a dar problemas na creche e na escola: conseguia «intimidar facilmente os outros e de ferir facilmente as pessoas com palavras ou actos». A única escapatória que esta mulher «desequilibrada», sedenta de ser amada pela filha e novamente por Fox, consegue ver para a sua família é ter um segundo filho.
Tom vem ao mundo e o laço que se estabelece entre este bebé e a mãe à nascença (vinculação), ao contrário do que acontecera com Violet, concretiza-se. Com esta criança, Blythe encontra a alegria e fica aliviada por conseguir amar e ser amada, pelo menos, pelo segundo filho.
Com o passar do tempo, vários comportamentos começam a parecer estranhos e perigosos em Violet, que cada vez mais isola-se, sendo a mãe a única a notar. Existirá algo de malévolo nesta criança ou será tudo fruto da imaginação desta mãe?

«Onde é que começa? Quando é que sabemos? O que é que provoca a sua transformação? De quem é a culpa?»

Neste hábil e envolvente tríler psicológico, a mãe – e nós leitores – só saberemos a verdade após lermos a última frase do livro.
Em Instinto, a escritora canadiana Ashley Audrain explora o lado negro da maternidade, abordando alguns temas controversos, mas reais, que são encobertos pela sociedade, como as mães que não conseguem gostar dos seus filhos.
Neste drama, que desconstrói a visão romântica da maternidade, abordando as incertezas e complicações que desta podem advir, a autora, através de uma narradora não confiável, que desde o início não é quem aparenta ser, nos dá um vislumbre sobre o que acontece quando as coisas não saem de acordo com o planejado.
Por que razão, na sociedade é expectável que as mulheres sejam boas mães? Será que ao fazermos uma conexão tão directiva entre feminilidade e maternidade, não estaremos a potenciar e pressionar a expectativa de que a maternidade deve ser algo natural para as mulheres?
Visceral. Acutilante. Chocante. Este é um romance que não deixará ninguém indiferente. Vai causar burburinho, devido ao poder absoluto e convincente do seu impulso narrativo.
Instinto (The Push
[O Empurrão]) é o romance de estreia de Ashley Audrain, ex-agente publicitária, chegará a pelo menos 30 países e a sua adaptação ao cinema já foi confirmada.

Excertos
«(…) há muita coisa sobre nós próprios que não podemos mudar… nascemos assim, e pronto. Mas somos parcialmente moldados pelo que vemos. E pela forma como as outras pessoas nos tratam. Pela maneira como reagimos emocionalmente.» 

«Tive vontade de lhe bater, de lhe enfiar a cabeça no sofá e pôr-lhe a boca a sangrar.» 

«Quem me dera que a dor fosse mais forte. Quem me dera senti-la ainda, como se tivesse acontecido hoje. Por vezes, tenho momentos em que a dor desaparece e dou comigo a pensar meu Deus, estou morta por dentro.» 

«Queria sobretudo sobreviver aos dias, à medida que eles rebolavam como pedregulhos que vão batendo uns nos outros.» 

«(…) queria sentir-me usada, de uma forma mecânica que fizesse o meu corpo sentir-se separado da minha essência. Queria sentir-me uma barcaça no mar. Enferrujada, fidedigna, amolgada.»