No pátio das traseiras de um prédio de um pacífico bairro de Lisboa, uma criança é atacada por três homens e deixada em coma. Ao investigar o que inicialmente se supõe ser um mero acto de cobardia de um grupo de cabeças-rapadas que resultou em tragédia, as autoridades vão descobrir uma gigantesca conspiração que prova que, nunca como hoje, a democracia e o estado de direito estiveram tão ameaçados em Portugal.
Neste surpreendente romance, Tiago Rebelo abre-nos a porta dos fundos do lado mais obscuro da política nacional dos nossos dias, onde nada é o que parece ser e onde se desenrolam acontecimentos extraordinários que colocam em perigo toda a sociedade, sem que esta se aperceba do que está realmente a acontecer.
A minha opinião:
“O Homem que sonhava ser Hitler” foi um livro que me cativou e foi de leitura ininterrupta. Tiago Rebelo surpreendeu-me neste tipo de escrita, que tende para o género policial, o que não acontece nos seus outros livros. Já li “Não chores o passado” e a temática não assemelha-se em nada a este.
Nesta história que envolve o mundo da politica, dos “Skinheads” que demonstram a sua ideologia xenófoba e racista, de um partido neo-nazi chefiado por João Carlos, um megalómano com ideologias destrutivas para com o sistema politico e social. Os personagens, o Caveira, o Sombra, o Malhado, o Janico e o Pardal, são o comprovar de que o autor sabe escolher bem os seus personagens e não desfigura-se do tom caricato e hilariante que põe nos mesmos.
O autor inseriu no contorno deste excelente livro, o romance entre Rita e António, o inspector da policia. Em pano de fundo do enredo está o rapaz de 7 anos, o Hugo, que é encontrado sem sentidos, após ter sido espancado, pelo grupo de “cabeças rapadas”, supostamente…
O final é, no mínimo impensável e hilariante!
O que achei exímio na escrita de Tiago Rebelo, neste livro, foi o de este “dar” pistas, que à priori, o leitor não repara. Isto só deixa transparecer o nível da escrita criativa que este escritor possui.
O autor passou a pertencer ao meu restrito leque de autores lusófonos. Após o termino desta leitura fiquei com curiosidade em me embrenhar pelos outros títulos já publicados.
Olá Miguel
ResponderEliminarTenho que ler algo deste escritor tenho muita coisa dele cá por casa e ainda não li nada...;)
Gostem da tua opnião quem sabe não será este a estreia de Tiago Rebelo.
Penso que será uma boa estreia, Carla!
ResponderEliminarEu gostei bastante ;)
Estou neste momento a ler este livro e devo dizer que estou a gostar bastante. Mas não imagino nada um final hilariante... não deve estar a apanhar as dicas :)
ResponderEliminarboas leituras
Patricia, eu terminei o livro com um sorriso no rosto e a pensar pra mim "fogo, não acredito!"
ResponderEliminarEspero a tua opinião quando terminares a leitura.
Acabei de caçar esta opinião, quero eu dizer, acabei de colocar no meu blog! Obrigado! :D
ResponderEliminarGostei bastante deste livro. Fiquei tão incredulo com o final que exclamei "O quê?!", tive que reler umas duas ou três vezes, "não acredito!". E foi assim. :D
"O último ano em Luanda" também é bom, recomendo. É sobre a descolonização portuguesa em Angola.
Tenho um na estante à espera de ser lido "O Tempo dos Amores perfeitos", dizem que este é um dos melhores do TR.
Boas leituras!