Decorreu esta tarde no Funchal um encontro dinamizado
pela Universidade da Madeira, intitulado "Vamos Falar com Saramago", onde foi relembrado José Saramago, a pessoa e a
obra, no dia que regista o segundo ano da morte do escritor.
Entre outros marcaram
presença Violante Saramago, a filha do Nobel.
Alguns excertos de Discursos
de Estocolmo (Ed. Caminho, 1999) proferidos por José Saramago na ocasião da
entrega do Prémio Nobel de Literatura em 1998 foram declamados por duas
actrizes madeirenses, na abertura.
No texto Saramago referencia 11 obras suas, e concisamente dá a conhecer ao
público o “centro” dessas suas obras. Como referiu Violante «No texto de
Estocolmo ele ensina-nos a lê-lo.»
Abordada pelo público a filha confessou que era difícil falar de livros com
o pai, porque ele discorria facilmente do tema e quando dava por si, estava a
falar de assuntos díspares.
Todos os Nomes foi o último livro que li do Nobel e foi uma obra que muito prazer me deu
ler. Foi com grande satisfação que soube a origem da escrita desse
livro. Um irmão dele tinha falecido e o
seu registo de óbito simplesmente desaparecido, o que levou Saramago a
percorrer Cartórios atrás de Cartórios, para saber a data exata do falecimento.
Violante Saramago confessou não gostar de festejar
efemérides «Eu não quero o dia de Saramago. Eu não quero o dia da morte de
Saramago. Sou contra datas.»
Foi um final de tarde bem passado, que passou depressa.
Grande oportunidade, Miguel Pestana! Momentos que falem de livros, de autores, de escrita, ... são sempre horas bem passadas.
ResponderEliminarGostei imenso desse livro, «Todos os Nomes». Achei a ideia muito original, mas não fazia ideia como tinha surgido.
Boas leituras!
Sem dúvida que foi uma boa oportunidade.
ResponderEliminarConhecer melhor a obra de qualquer escritor é sempre um acrescento.