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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

A Terra Que um Homem Precisa, de Tolstoi

Editora: Padrões Culturais
Ano de Publicação: 2011
Nº de Páginas: 56

«Uma das melhores histórias que a literatura do mundo conhece.» A citação é do escritor de Ulisses [James Joyce], a respeito de A Terra Que um Homem Precisa.
O protagonista deste conto, datado de 1886, do egrégio autor russo, é um camponês russo chamado Pahóm, que sente-se infeliz por não possuir a quantidade de terra de que precisa/deseja. Ele afirma no início da história, por palavras “ditas ao vento”, não temer o diabo, se se ele tivesse a terra de que necessitasse. Sem que ele soubesse, o diabo estava presente e ouviu-o. Abruptamente, a personagem omnipresente (de que apenas o leitor tem conhecimento), aceita dar a Pahóm toda a terra que ele sonha, para depois despojar a alma do camponês, de ganância, de ímpeto de possessão e ambição, «(…) há-de ser por essa terra que te ei de apanhar.»
É assim que nos dias seguintes muitas oportunidades de negócio são “atraídas” ao homem do campo e como um elixir que fomenta o seu objectivo, Pahóm consegue comprar um terreno maior na sua aldeia. Ele acumula uma pequena fortuna em pouquíssimo espaço de tempo e começa a viver com mais conforto. Mas não se dando por “saciado”, ele e a sua família partem parte uma aldeia distante, onde dizem as terras serem muito frutíferas.
Chegado lá, Pahóm é apresentado ao chefe da aldeia, que lança-lhe o mesmo desafio que a todos os outros novos habitantes: por um valor baixo, Pahóm terá toda a terra que conseguir percorrer, no seu perímetro, a pé durante um dia, desde o seu amanhecer até ao seu ocaso. A condição é a de se apresentar no mesmo ponto de que partiu; caso contrário, perderá tudo. Tudo. O epílogo deste conto responde à pergunta: Qual a porção de terra de que cada homem necessita?
Estas são as directrizes desta narrativa curta, dotada de extremo simbolismo e ironia sobre um homem que, em prol da sua megalomania, tudo perde. Este homem, teve de enfrentar o seu némesis: a sua ambição.
Um texto genial do igualmente genial escritor que foi Tolstoi.

13 comentários:

  1. Parece um excelente livro, a sinopse apesar de contar em demasia não estraga a curiosidade de ler o livro

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  2. Apesar de a sinopse rvelar demasiados detalhes sobre a história do livro esta não estragou a curiosidade de ler o que parece ser um excelente livro

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  3. Gosto muito deste autor mas nunca li este título... fiquei muito curiosa!

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  4. Adorei o "Guerra e Paz", por isso aposto que este livro também é excelente! (:

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  5. Anna Karenina está quase a chegar aos cinemas... talvez o expoente máximo de Tolstoi

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  6. Anna Karenina está quase aí a estrear nos cinemas... uma grande adaptação de uma das maiores obras de Tolstoi!

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  7. Este livro vai entrar na minha wishlist de Natal:)

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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  9. Confesso que não conhecia o título, mas penso que o autor fala por si!

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  10. Parece muito interessante, despertou a minha curiosidade!

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