Editora: Editorial Presença
Ano de Publicação: 2012
Nº de Páginas: 592
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Imagine que tem na sua mesa-de-cabeceira 6 livros. Seis histórias. Suponha que em 11 dias concluirá essas leituras. Nos primeiros 5 dias, leia meio livro (por dia). No 6º dia (6º livro, 6ª história) inicia e termina a leitura no mesmo dia, por excepção de rotina. Nos restantes 5 dias termina as segundas metades das histórias restantes. Agora, imagine que essas 6 histórias estão compiladas num único livro. Imagine que cada livro contém 100 páginas, aproximadamente. Todos unidos, e só com um título, essa história intitula-se Cloud Atlas – Atlas das Nuvens e narrada no tempo entre a segunda metado do séc. XIX e um futuro pós-apocalíptico. Um protagonista por cada marco temporal, nomeadamente: (1) Adam Ewing - um viajante que atravessa o oceano Pacífico; (2) Robert Frobisher - um compositor belga que «viaja» no tempo, entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial; (3) Luisa Rey - uma jornalista escrupulosa que faz tudo para vingar a morte de um governador californiano; (4) Cavendish - um editor de livros corrupto; (5) Sonmi ~ 451 - uma funcionária de um restaurante de fast-food, que foi clonada; e (6) Zachry - um homem ancião que conta a história da sua juventude, vivida numa ilha havaiana do tempo pós-apocalíptico.
A estrutura do livro delineia-se assim: h1, h2, h3, h4, h5, h6, h5, h4, h3, h2, h1 (leia-se “h”, história).David Mitchell, o autor de Cloud Atlas – Atlas das Nuvens, escreve as histórias servindo-se de técnicas literárias diferentes, escritas em tons opostos, sendo o resultado um puzzle ou quebra-cabeça quase ilógico.
O factor de maior interesse neste livro tem que ver com a forma como os 6 protagonistas, de histórias, aparentemente, díspares e deslocadas temporalmente, se interligam umas com as outras.Em suma, Cloud Atlas – Atlas das Nuvens é uma obra criativa, complexa, difusa e, por conseguinte, entediante. O estilo prolixo utilizado pelo autor e a redutiva «substância» que se pode retirar deste livro, constituem os seus senões a apontar.O romance foi publicado em 2004 e agora adaptado para filme. Poderá encontrá-lo/vê-lo nas livrarias/salas de cinema do país.Última nota para os tradutores desta obra, Helena R. e Artur R., que fizeram um trabalho primoroso, dado tantos géneros, linguagens, «jogos» de palavras, etc. principalmente no cap. 6, que deve ter exigido muita concentração na tradução e composição das palavras.
Onde você conseguiu ler o livro? Não achei em nenhuma livraria nem na internet e estou muito curiosa para ler!
ResponderEliminarObrigada