Segundo
uma notícia do 'The Guardian', a partir de Maio os médicos da Inglaterra poderão
prescrever determinados livros de auto-ajuda aos pacientes com diagnóstico de
doença mental (depressão, obsessão, pânico, fobia, etc.). Melhorar o bem-estar
das pessoas é o grande pressuposto deste projecto, que não é pioneiro – está
vigente na Nova Zelândia um programa semelhante –, e vem reforçar o modelo
psicoterapêutico por meio da leitura – biblioterapia.
Segundo
as estatísticas a leitura, interpretação e prática de exercícios vindos nos
livros de desenvolvimento pessoal resulta como uma força motriz que motivam as pessoas
a ultrapassar os períodos menos coloridos das suas vidas, amenizando os transtornos
emocionais e acelerando o período de resiliência.
Para
já serão 30 as obras que os médicos aconselharão os pacientes a ler, como
suplemento à terapêutica (medicação), e os reencaminhará às suas bibliotecas locais.
Nestas, constará, tal como todas as bibliotecas inglesas, na sua base de dados e
nas estantes, os livros “medicinais” – que não possuem efeitos secundários, e
que além de curar os mal-estares, curam também uma maleita também ela
pestilenta, a ignorância.
Qualquer
dia os bibliotecários já estarão tão habituados com a “mudança” e andanças de
novos leitores nos corredores, que perguntarão: Qual o seu receituário?
Duas
citações – uma afirmativa e uma interrogativa – de W. Whitman: “Duma obra
cultural ou literária, o que conta é se serviu ou ensinou alguma coisa ao seu leitor.”
“A verdadeira pergunta a ser feita, em relação a um livro: Ajudou ele alguma
alma humana?”
(Texto publicado na secção '5 sentidos', do Diário de Notícias da Madeira, em 15/03/2013)
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