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A obra:
O alcance – e possivelmente a concretização –
das aspirações literárias de Fernando Pessoa não tem paralelo na
história da literatura moderna. Porém, apesar de lhe ser amplamente
reconhecido o estatuto do maior escritor de língua portuguesa
do século XX, continua a ser um dos mais obscuros e menos compreendidos
mestres do modernismo literário ocidental. O reconhecimento da grandeza
e diversidade da sua obra, para além dos confins modestos de Portugal e
de outros territórios de língua portuguesa,
tem acontecido de forma lenta mas gradual, encontrando os seus escritos
leitores e tradutores entusiastas através de muitas das fronteiras
linguísticas do mundo. O aspecto imaginativo singular que permitiu a
Pessoa a realização em poesia e prosa de um conjunto
de outros escritores (imaginados) tem seduzido especialmente os seus
leitores.
Composto por um conjunto de nove ensaios, «As Paixões de Pessoa» é o terceiro título da colecção
Ensaística Pessoana.
O primeiro capítulo de «As Paixões de
Pessoa» aborda o grande poeta modernista como escritor de carreira; isto
é, como um autor que publicou com frequência e quantidade nas revistas e
jornais do seu tempo. A este, seguem-se
cinco capítulos sobre os eternos temas do sexo e da fama na obra e
na vida do grande escritor modernista português, especialmente os modos
como estes dois assuntos se prendem com a sua relação com escritores de
língua inglesa, como, previsivelmente,
William Shakespeare e Edgar Allan Poe, mas também outros poetas
raramente associados a Pessoa, nomeadamente Arthur Hugh Clough e Ernest
Dowson. O
sétimo e oitavo capítulo abordam, primeiramente, o modo como os editores do periódico modernista
Presença – José Régio, Adolfo Casais Monteiro e João Gaspar
Simões – discutiram, definiram e promoveram Pessoa e, em segundo lugar, a
escolha de Pessoa da esfinge como metáfora emblemática para um Portugal
obstinado em contemplar o Ocidente. O
nono capítulo consiste num conjunto de reflexões sobre as primeiras tentativas do autor de traduzir a poesia de Pessoa.
O autor:
George Monteiro é Professor Emeritus de
Literatura Brasileira e Portuguesa da reputada Universidade de Brown,
nos Estados Unidos. Publicou livros sobre autores tão diversos como Luís
de Camões, Robert Frost, Henry James e Emily Dickinson.
Com ascendência portuguesa, é um reconhecido especialista em Fernando
Pessoa e dedica-se sobretudo a autores portugueses, brasileiros e
americanos.
A colecção:
A Ática iniciou a publicação das Obras Completas
de Fernando Pessoa em 1942. Foi a primeira e a única editora a publicar
as suas obras até à entrada em domínio público. Neste novo ciclo, onde a
chancela Ática (agora integrada na BABEL)
se tem destacado, na publicação de relevantes textos inéditos de
Fernando Pessoa através da colecção Obras de Fernando Pessoa | Nova
Série, surgiu a necessidade de complementar a publicação das obras de
Fernando Pessoa com uma nova colecção ensaística, exclusivamente
dedicada aos estudos pessoanos.
Esta nova colecção – a Ensaística Pessoana
- paralela e complementar à Nova Série, tem como objectivo publicar o
melhor do pensamento ensaístico que se produz, em Portugal e no
estrangeiro, sobre Fernando Pessoa.
Com design gráfico de Inês Sena e uma cadência
prevista de 4 títulos por ano, foram publicados, até ao momento, 3
títulos: «Misoginia e Anti-feminismo em Fernando Pessoa», da autoria de
José Barreto, «Pessoa Existe?», da autoria de Jerónimo
Pizarro e «As Paixões de Pessoa», de George Monteiro.
Formato: 140 x 200
Páginas: 152
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