Páginas

quinta-feira, 4 de abril de 2013

«SobreViver - Ad Ritmo Poetae» é o novo livro de Poesia de Miguel Almeida


SobreViver
Ad Ritmo Poetae

de Miguel Almeida

ISBN: 978-989-680-087-1
Data de Publicação: Março de 2013

Nº de págs.: 176 

“Miguel Almeida é um escritor de interrogações, que se empenha na palavra para arriscar lucidamente a vida, e desse risco fazer poesia.”
Maria Alzira Seixo
Miguel Almeida dá-nos a poesia a olhar o mundo, a olhar-se a si própria e a agir sobre o acto de pensar. SobreViver é um caminho para o deslumbramento. É um livro que merece ser lido.”Maria Fernanda Navarro
“Esta é uma poesia que, mais que sugerir, diz. E também deixa claro que Miguel Almeida é um poeta que faz muita falta no panorama da literatura portuguesa, é uma voz carregada de individualidade colectiva e, por isso, não encontro significativos paralelos em rela­ção ao seu discurso. Já tinha ficado impressionado com o autor, quando há algum tempo adquiri e li de um fôlego o seu excelente Templo da Glória Literária, excepcional sob todos os pontos de vista (…). O autor revela-se, cada vez mais, um poeta de discurso sólido, criativo, empenhado perante a vida, com uma poesia que se pensa a si mesma e que pensa cada um de nós (…).” Do Prefácio, assinado por Joaquim Pessoa
SOBRE O AUTOR: Miguel Almeida. Nasceu em Rãs, pequena aldeia do concelho de Sátão, distrito de Viseu, em 1970. É autor de Um Planeta Ameaçado: A Ciência Perante o Colapso da Biosfera (2006), A Cirurgia do Prazer: Contos Morais e Sexuais (2010), O Templo da Glória Literária: Versão Poética (2010), Ser Como Tu (2011), Chireto: Uma semana de histórias para contar ao deitar (2011), O Lugar das Coisas (2012) e Aprenducar com a Mãe Natureza: Uma semana de histórias para contar ao deitar (2012). Publicou também, desta vez em co-autoria, Já não se fazem Homens como antigamente (2010). É o coordenador da Colectânea de Novos Poetas Portugueses intitulada Palavras Nossas (Volume I, 2011; Volume II, 2012) e da colectânea Contos do Nosso Tempo (2012). Licenciado em Filosofia (Variante de Filosofia da Ciência) pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde também fez o Mestrado em Filosofia da Natureza e do Ambiente, exerce actualmente funções docentes na Escola Secundária Cacilhas-Tejo, em Almada. Vive na Costa da Caparica, com a mulher, Carla, e o filho, Gabriel, na proximidade poética da família e do mar.
À falta de saber

À falta de saber,
Resta-nos queimar os pés,
Num caminho ígneo, de fogo ardente
Onde caminhamos, de trás para a frente.

À falta de saber,
Resta-nos arder a pensar,
Num eterno questionar, sem parar
Pelo sentido profundo, de não morrer.

À falta de saber,
Resta-nos só embarcar,
Num rumo cego, só por sonhar
Onde alguns viajam, a viajar por viajar.

À falta de saber,
Resta-nos só imaginar,
Num caminho de sonho, a vadiar
Para ter o puro prazer, de viver por viver.


Miguel Almeida in SobreViver, Lisboa, Esfera do Caos, 2013, pág. 51. 


A vida inteira

A vida inteira
Pode ser apenas uma viagem,
Incerta,
Na certeza da sua própria partida,
Ou, então
Pode ser apenas uma miragem,
Insegura,
Na certeza de algumas paragens.

Sim,
A vida inteira,
Pode mesmo ser assim,
Andar sempre só, em deriva
Por um caminho, que não tem fim
Mas, então, sendo assim
É essencial saber escolher a bagagem,
Para poder partir, em tão arriscada viagem.


Miguel Almeida in SobreViver, Lisboa, Esfera do Caos, 2013, pág. 71.

» Clica aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, e sabe mais sobre o autor e a sua bibliografia.
 

Sem comentários:

Enviar um comentário