Sinopse
Certa manhã de Agosto de 1936, Luís Lencastre, um advogado de Lisboa,
saiu apressado do Café Gelo, no Rossio, para tomar o comboio com destino
a Sintra. Momentos antes, soubera que Rosinha, a sua irmã mais nova,
era uma das convidadas para o evento que ia decorrer no famoso Chalet
das Cotovias, localizado naquela vila. Não voltou a ser visto com vida.
O Chalet das Cotovias era frequentado pelas figuras femininas da alta
sociedade lisboeta. Mas além de saraus de poesia, exposições de pintura
ou concertos musicais que o clube nele instalado promovia com alvoroço
mediático, o palacete escondia outras actividades menos próprias perante
uma sociedade que aos poucos abandonava o liberalismo de costumes
adquirido ao longo da Primeira República: a realização de encontros
lésbicos, envolvendo filhas ou mulheres de conhecidos políticos ou de
importantes homens de negócios. O que tem a morte de Luís Lencastre que
ver com o que se passa na misteriosa casa? O que pensam os agentes da
Polícia de Investigação Criminal? E pensarão o mesmo os seus colegas da
PVDE? Partindo de um crime real e de uma casa que ficou
célebre num período em que Salazar ia consolidando o Estado Novo, o
autor de O Homem da Carbonária ou Estranha Forma de Vida volta a
surpreender, criando, a partir de acontecimentos verídicos, uma trama
narrativa que não deixará de arrebatar os leitores mais exigentes. O autor
Carlos Ademar nasceu em Vinhais. Licenciado em História. Entrou para a
Polícia Judiciária, onde exerceu a actividade de investigador criminal
na Secção de Homicídios. Colaborou na investigação de alguns dos mais
célebres crimes ocorridos na Grande Lisboa, como os que ficaram
conhecidos pelos nomes de «Skinheads» e «O Estripador». Actualmente é
professor na Escola de Polícia Judiciária. É autor dos romances
O Caso da Rua Direita, O Homem da Carbonária, Estranha Forma de Vida,
Memórias de Um Assassino Romântico, Primavera Adiada e O Bairro. Integra
ainda a obra Contos Capitais, colectânea de narrativas sobre cidades,
editada pelas Edições Parsifal.
Sem comentários:
Enviar um comentário