Editora: Presença
Ano de Publicação: 1986
Ano de Reedição: 2013
Nº de Páginas: 176 |
Um dos maiores escritores americanos do século XX. É com esta frase que muitos pedagogos literários apelidam F. Scott Fitzgerald. O terceiro e o mais significativo dos seus romances The Great Gatsby (título original) foi escrito nos loucos anos 20, mais precisamente em 1925.Comecemos pelo título: Gatsby. Interrogações, interrogações. É o antropónimo do homem ou a alcunha do veículo que vem no frontispício do livro? Ou um outro desígnio qualquer? Interrogações, interrogações.Logo no preâmbulo, somos confrontados com uma frase/ ultimato – do pai do narrador - de tamanha grandeza: «De cada vez que te apetecer criticar alguém […] lembra-te sempre que nem toda a gente neste mundo gozou algum dia das vantagens que tu tens tido.»Folheia-se muito vagarmente as primeiras páginas em concentração, para deixar não escapar nenhum pormenor descritivo que o personagem Nick Carraway (e narrador) dá-nos a conhecer. É ele que descortina ao leitor o mundo de Gatsby - Jay Gatsby -, um vizinho seu de índole sui generis, que exibe a sua melomania em festas esplendorosas no seu casario e convidando um sem fim de pessoas. Esses convivas pouco conhecem e avistam do anfitrião, pois este não gosta de festas. Misterioso este Sr. Gatsby, não? É um ser melómano, mas ao inverso. Expõe a sua riqueza (monetária) não para atrair os «lambe-botas», mas para tentar a sorte de ser ele próprio o bajulador do amor duma mulher que nunca aparece a essas mesmas festas. Gabsty é infeliz e sofre há imensos anos esse amor não correspondido/perdido pelas vicissitudes da vida.Nick é primo de Tom e Daisy - um casal que não esconde as abjectas idiossincrasias conjugais -, e é ele que serve de elo comum, dando-se a (re)conhecer os primos ao seu estranho vizinho, que a meia história andada, é já seu amigo e até confidente.Estes e todos os restantes personagens, desempenham e simbolizam um papel fulcral para o entendimento do desenvolvimento da história, onde o ciúme, a infidelidade, a concupiscência, a vingança , o auspício e morte jogam em simultâneo.Numa época em que imperava moda e excesso, ambição e frivolidade, este romance serve precisamente como reflexão crítica dessa sociedade vigente. A capacidade de Fitzgerald para definir uma cena escolhendo palavras únicas e grandíloquas, é um marco de um autor sem paralelo.O Grande Gatsby é um daqueles livros excelsus, que lemos e anseia-se por crescer para o reler novamente.Quando cessamos um livro e temos a curiosidade de pesquisar o curriculum vitae do autor, é sinal que este acrescentou algo mais à nossa vida, através do fio condutor que é a palavra. Ora, foi essa acção que segui e concluo que é, irredutivelmente notório o paralelismo entre o não-ficcional Fitzgerald e o ficcional George Wilson – ambos corrompidos pelo ciúme e desprezo da amada infiel. Zelda (mulher do escritor) e Myrtle (mulher de George Wilson na história), a personagem frívola, mimada e infiel – ambas também figuras da alta sociedade. Daisy e Gatsby poderiam muito bem sido fruto de inspiração real de Fitzgerald, nos papeis de mulher adúltera e homem que vê o seu amor fugir.Facto também peremptório é o espaço temporal: a eufórica década 20, do século XX.A nova adaptação à tela deste clássico estreia nos cinemas a 16 de Maio.
Um livro interessante, ainda tenho que ver o filme :) nem esta nova versão, nem nenhuma das antigas vi.
ResponderEliminarEste livrinho já faz parte da minha colecção cá em casa! Agora só falta mesmo arranjar um tempinho para lê-lo. Estou ansiosa que os meus exames da universidade acabem para começar! Tenho a certeza que será uma óptima leitura! :)
ResponderEliminarGanhei esta edição e já está em lista de espera. Adoro sempre ler um bom clássico! :D
ResponderEliminarO meu marido diz que foi o unico livro que leu e que realmente gostou (infelizmente ele nao tem a mesma paixão pela leitura que eu).Tenho que ler porque com muita vergonha minha ainda está em falta e na estante há anos e anos :)
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