A data de hoje marca 123 anos do nascimento da ‘Rainha do Crime’, a escritora com maior número de livros vendidos de sempre, ultrapassando os dois mil milhões de exemplares. Os policiais de Agatha Christie (que em 1922 visitou o Funchal, por cinco horas, embora não tenha saído do barco, porque estava doente — conforme ela revela na sua autobiografia) estão traduzidos em mais de uma centena de idiomas. As primeiras traduções para português da que foi considerada a ‘Melhor Autora de Livros Policiais do Século XX’, pertencem à famosa colecção ‘Vampiro Gigante’, da editora Livros do Brasil. Um dos primeiros policiais — dos mais de 30 — que já li desta autora do qual sou fã foi ‘The Hollow’ (traduzido como ‘Sangue na Piscina’, pela ASA), que tive o privilégio de ver adaptada para o palco no Teatro Municipal Baltazar Dias em Novembro passado, uma peça que foi encenada pelo MADS. Christie morreu em 1976 mas, tal como acontece com os grandes autores, a sua obra não. Os seus livros são viciantes para os leitores que não dispensam uma boa dose de ‘suspense’, e isso a ‘Duqueza da Morte’, que nunca pensou vir a ser escritora, soube incorporar nas dezenas de mistérios que incumbiu a investigação a um dos pares de personagens mais célebres da literatura: Hercule Poirot e Miss Marple. Esta semana foi notícia que o detective belga com cabeça oval e bigode, dotado de “celulazinhas cinzentas”, que apareceu pela última vez em 1975 em ‘Cai o pano - O último caso de Poirot’, voltará a ganhar vida em um romance escrito pela britânica Sophie Hannah. A publicação acontecerá em 2014 e tem já o aval dos descendentes de Agatha Christie. Não sei é se os fãs acharão muita piada à continuação das aventuras concebidas pela que escreveu: “olhei para o que escrevi e estou satisfeita. Fiz o que queria fazer.”
(Texto publicado na secção '5 sentidos', do Diário de Notícias da Madeira, em 15/09/2013)
Sem comentários:
Enviar um comentário