Após a publicação em Novembro de 2012 de A Piada Infinita a Quetzal disponibiliza a partir de 11 de Outubro um livro de ensaios do escritor norte-americano David Foster Wallace. Numa edição única Uma Coisa supostamente Divertida Que nunca mais Vou Fazer reúne os artigos mais célebres do escritor, falecido há cinco anos.
Uma Coisa Supostamente Divertida Que Nunca Mais Vou Fazer
de David Foster Wallace
Data de Publicação: 11/10/2013
Páginas: 456
Editora: Quetzal
ISBN: 9789897221255
Género: Ensaio
Tradução: Vasco Teles de Menezes
Sinopse
Celebrizado pela sua obra de ficção, David Foster Wallace foi também um
excecional ensaísta e repórter. Alguns dos seus artigos mais conhecidos
deram-lhe um reconhecimento transversal e captaram o interesse de
muitos leitores para este escritor original que estava tão à vontade a
falar da ficção pós-moderna norte-americana como a relatar a sua
experiência num cruzeiro. Graças ao talento do seu autor, peças como a
de Roger Federer, a do Festival da Lagosta do Main ou a da indústria
pornográfica norte-americana transcenderam os limites das publicações em
que apareceram pela primeira vez e, atualmente, fazem parte dos textos
canónicos sem os quais não se pode entender a dimensão do génio de
Foster Wallace.
Excerto
“De
certa forma, o que Tarantino fez com a Nouvelle Vague e com Lynch é o
mesmo que Pat Boone fez com Little Richard e Fats Domino: arranjou
maneira (muito engenhosamente) de pegar no que é áspero, singular e
ameaçador nessas obras e homogeneizá-lo, remexê-lo até ficar
suficientemente macio, estiloso e higiénico para um consumo massificado.
Cães Danados, por exemplo, com a sua conversa de pequeno-almoço
comicamente banal, nomes de código sinistramente indolentes e banda
sonora intrusiva composta por pop kitsch de décadas anteriores, é Lynch
em versão comercial, ou seja, mais rápido e mais linear e com o que era
idiossincraticamente surreal tornado estilosamente (ou seja,
«sofisticadamente») surreal.”
Sobre o autor
David Foster Wallace nasceu em 1962, Ithaca, Nova Iorque. Estudou Inglês e Filosofia, e, durante a adolescência, foi praticante federado de ténis, uma atividade que viria a ser essencial na sua obra de ficção e de não ficção. Publicou o primeiro romance, The Broom of The System, em 1987. O segundo romance só apareceu nove anos depois, na forma das mais de mil páginas da colossal, delirante e inovadora A Piada Infinita (Quetzal, 2012). No período entre a publicação dos dois romances, Wallace deu aulas de literatura no Emerson College, em Boston, escreveu contos e artigos para a imprensa. As coletâneas de ensaios e de artigos jornalísticos Uma Coisa supostamente Divertida Que nunca mais Vou Fazer (1997) e Pensem na Lagosta (2005) confirmaram Wallace como um dos escritores mais originais da sua geração, capaz de transformar um texto sobre o tenista Roger Federer numa obra de arte. O sucesso e o reconhecimento da crítica e do público não aliviaram, porém, os problemas de depressão que Wallace enfrentou ao longo de toda a vida. Em 2008, com apenas 46 anos, David Foster Wallace suicidou-se. Com base no trabalho que deixou incompleto, o seu editor norte-americano decidiu publicar, em 2011, o romance póstumo The Pale King, o testamento literário de um génio da literatura universal.
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