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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Novidade Guimarães editora: «Caderno de Significados», de Agustina Bessa-Luís

Selecção, organização e fixação de texto por Alberto Luís e Lourença Baldaque
Formato: 140 x 200 | Páginas: 104 | Editora: Guimarães
«Os papéis dispersos de um escritor exprimem subitamente as pequenas dimensões da vida criadora; e, ao serem recolhidos em volume, permitem uma breve leitura que dura o tempo inteiro de uma obra. Os escritos aqui reunidos, muitos sem data, encontram-se em folhas soltas, em cadernos de notas, em espaços brancos de impressos, em margens de livros, dispersos em pastas de congressos, em gavetas de móveis. Tal como se disse dos papéis de Proust (Essais et Articles), os de Agustina provam que "nunca deixou de escrever, nunca deixou de experimentar, de inventar, de procurar, de encontrar". Sempre escreveu mesmo em férias, em viagem, durante debates – sempre em busca de atingir o mistério das coisas.» Alberto Luís in prefácio

A Guimarães Editores edita as obras de Agustina Bessa-Luís desde 1954, sendo este um caso raro de constante fidelidade entre uma editora e um autor no panorama editorial português.
Em 2008 foi iniciada a publicação da Opera Omnia, uma nova colecção de bom aparato gráfico, com capa dura e sobrecapa e uma cuidadosa revisão textual, da qual já estão publicados 10 títulos.
Continuando a publicação da Opera Omnia surgirá, em simultâneo, uma colecção exclusivamente dedicada às obras de Agustina. Terá o título genérico de Contemplações e publicará essencialmente pequenos textos, sobretudo (mas não exclusivamente) de natureza ensaística. O primeiro livro, Kafkiana, e é um conjunto de 4 ensaios sobre Kafka; o segundo título, Cividade, é um conto inédito da autora. Caderno de Significados, agora editado, é o terceiro título da colecção.

Agustina Bessa-Luís nasceu em Vila Meã, Amarante, a 15 de Outubro de 1922. Filha de um empresário de cinemas e casinos, cedo se deixou viciar pelo romance, iluminada roleta dos comportamentos humanos. Foi com o profético título «A Sibila» que publicou em 1954 que veio a ser reconhecida ao público em geral ao receber o Prémio Delfim Guimarães e o Prémio Eça de Queiroz. Vários dos seus romances foram adaptados ao cinema por Manoel de Oliveira. Foi, durante a sua vida, homenageada em múltiplos países e universidades, condecorada por Portugal e pela França e traduzida em várias línguas. Já foi distinguida por todos os prémios nacionais de literatura e vários internacionais. Recebeu o Prémio Camões em 2004.


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