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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

As mais recentes apostas literárias da Bizâncio



O Continente Perdido
Uma Análise sobre o mais negro Momento da Europa desde a Segunda Guerra Mundial
de Gavin Hewitt

ISBN: 978-972-53-0533-1
Págs.: 336

Política/Actualidade/Economia

«Das planícies áridas de Espanha, ergue-se o aeroporto de Ciudad Real, feito de vidro e aço escovado, a brilhar à luz do sol. Vangloria-se de ter uma das pistas de maior comprimento da Europa. O seu terminal, amplo e arejado, foi concebido para acolher 5 milhões de passageiros por ano. Custou quase mil milhões de euros. Mas não se vêem aviões. É um elefante branco, financiado com o dinheiro dos contribuintes. Existem outros aeroportos «fantasma». Por todo o país, há projectos semiacabados: o legado de políticos que utilizaram os fundos públicos para satisfazer a sua ambição.»

O Continente Perdido conta-nos a história de um sonho falhado, uma visão nobre que se tornou perigosa e que conduziu a Europa à mais grave crise que enfrenta desde a Segunda Guerra Mundial: uma crise para a qual estava totalmente impreparada. Um dos pilares do sonho europeu, surgido no pós-guerra, era a criação de uma moeda única, e com ela surgiu o dinheiro fácil, seduzindo alguns países que se lançaram numa voracidade despesista. Após a crise financeira dos Estados Unidos, a Europa foi inevitavelmente atingida e deparou-se com uma crise da dívida pública que põe em causa todo o projecto europeu.

O Continente Perdido está repleto de casos patéticos, que cruzam os bastidores dos centros de decisão política com as histórias de cidadãos comuns, dando um retrato ímpar da mudança dramática da História a que assistimos nos nossos dias. Inclui, ainda, entrevistas com funcionários europeus de topo, dentro e fora do sistema, e relatos dramáticos de algumas das cimeiras europeias. Um livro claro e de leitura apaixonante, de um dos mais conceituados, e bem relacionados, jornalistas dos nossos dias, que nos explica com invulgar simplicidade como chegámos aqui e para onde caminhamos.


Diário de uma (ainda) Solteira
As Destemidas Reflexões de Uma Aventureira Romântica de 32 anos e meio
de Alison Taylor

ISBN: 978-972-53-0535-5
Págs.: 288

Romance/Diário

As raparigas solteiras são hoje em dia mais espertas, mais fortes e mais engraçadas, e Alison Taylor é a sábia voz desta nova geração que anda à procura «do tal» mas que não quer fazer uma lobotomia de personalidade pelo caminho. Cobrindo doze meses na vida de uma esperançada (mas não desesperada) romântica, Diário de Uma (Ainda) Solteira revela-nos o que acontece antes de um encontro, durante um encontro e quando não há encontro algum. Deambulando pelos festivais de música, e por várias capitais europeias, acompanhamos esta «doente de amor» cheia de estilo – e os seus amigos – na demanda por divertimento, romance e por alguém que possa amar. Diário de Uma (Ainda) Solteira calará fundo a uma geração de mulheres modernas, educadas e ambiciosas que nem querem acreditar que há tão poucos homens adequados, solteiros e heterossexuais, o que não as impede de procurar e ter esperança, ter esperança e procurar…

(Ainda) Solteira deveria ser um Estado Civil.


António Ferro: A Vertigem da Palavra
Retórica, Política e Propaganda no Estado Novo
de Margarida Acciaiuoli

ISBN: 978-972-53-0534-8 Código de Barras: 9 789 725 305 348
Págs.: 432

Política/Biografia 

António Ferro era um homem singular. Escritor, jornalista, adquiriu notoriedade com o seu livro sobre a viagem em torno das ditaduras europeias nos anos 20 do século XX. Soube convencer Salazar de que o povo precisava de espectáculo, mostrou-lhe que tinha um programa e objectivos para a promoção do regime e foi nomeado director do organismo que se encarregaria das actividades de propaganda do Estado Novo. Durante quinze anos fez do país um «teatro» e foi o seu encenador: organizou exposições, criou prémios artísticos e literários, financiou filmes e documentários, criou uma companhia de bailado, um teatro do povo, um Museu de Arte Popular. O turismo teve com ele uma inusitada relevância através, entre outros, dos incentivos à qualidade de hotéis e restaurantes e do programa de Pousadas.

Nada lhe escapou, dir-se-ia. Mas, quando a Segunda Guerra Mundial terminou, percebeu-se que o país pouco mudara. É desta contradição que este livro trata, sem esquecer as convicções de António Ferro e a importância que sempre deu à palavra.


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