Aqui, o país da memória. Nesse país reconstruo as noites emboscadas, Escrevo na água o nome de amigos diluídos, E um tambor, um enfeitiçado tambor Dá voz ao meu silêncio, à minha cegueira. Alguém vem entre as sombras Ou envolto no amplo manto da noite Dá voltas à roda da voz dos ausentes. Alguém entra na música, Ampla casa cujas portas se abrem Para esquecidos paraísos.
Juan Manuel Roca [Tradução de Nuno Júdice, Os Cinco Enterros de Pessoa, Glaciar, 2014.]
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