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domingo, 11 de maio de 2014

«O Dia do Fim», de Nicholas Shrady

Editora: Texto
Data de Publicação: Abril 2014
N.º de Páginas: 248

Foi na manhã do dia 1 de Novembro de 1755, o Dia de Todos os Santos, que Lisboa foi atingida pelo terramoto mais destrutivo conhecido até então na Europa. Grande parte da população da capital estava nas igrejas, nesse dia de culto religioso. Portugal era um país católico, onde vivia mais sacerdotes a nível mundial, na primeira metade do século XVIII, mas mesmo assim, para a mentalidade religiosa dessa época, a catástrofe era a manifestação da ira, da vingança de Deus para ajustar contas com um povo pecador. O sismo, um dos mais mortíferos da história, atingiu a magnitude 9 na escala de Richter, e durou menos de um quarto de hora. Para somar ao desastre, três maremotos levantaram-se por volta das onze da manhã, noventa minutos depois do início do terramoto. O fogo tomou conta da cidade, ininterruptamente, nos cinco dias seguintes.
«A cidade não parecia Lisboa, mas uma versão distorcida de si mesma, como num pesadelo», podemos ler na página 31. Contudo, além das milhares de perdas humanas, o terrível infortúnio abalou muito mais que a cidade e os seus edifícios — dez mil prédios foram destruídos (curiosidade: a destruição, ou a «ira de Deus», tivera eco também no Algarve, Alfubeira, Faro e principalmente em Lagos, onde restou apenas um edifício em pé). O impacto do terramoto fez-se sentir na Política, na Economia, na Filosofia, na Religião e na Literatura (escreveram sobre o cataclismo: Voltaire, Goethe, Pope, Kant e Rousseau). A família real tinha ido cedo para Belém e por isso o rei D. José I e a rainha D. Mariana saíram incólumes do desastre. Com Lisboa arruinada, em cinzas, o rei ponderou transferir para Coimbra a capital, mas tal não aconteceu por conselho do Secretário de Estado do rei, Sebastião José de Carvalho e Melo (o futuramente intitulado — em 1770 — e retratado na História como Marquês de Pombal). Depois do 1.º de Novembro, a eficácia da resposta do Marquês do Pombal para liderar, modernizar e reerguer a capital garante-lhe um maior poder e influência perante o rei, que também aproveita para reforçar o seu poder e consolidar o Absolutismo. Ele «adoptou as medidas necessárias para ajudar, socorrer e proteger o povo, e para a proveitosa recuperação de Lisboa.» As catástrofes podiam ser aproveitadas em benefício da nação, proferiu o Marquês de Pombal no seu Discurso político sobre as vantagens que o Reino de Portugal pode tirar da sua desgraça, por ocasião do terramoto do 1.º de Novembro de 1755; e também: «é necessário que, por toda a terra, sejam devastadas províncias e arruinadas cidades para dissipar a cegueira de certas nações, para as iluminar com o conhecimento dos seus verdadeiros interesses.» Assim, uma Lisboa irrompeu das cinzas, como uma fénix renovada, em 1775, passados 20 anos da calamidade.
Em O Fim do Dia Nicholas Shrady fornece não só um relato vívido de Lisboa após o desastre calamitoso, mas regride muito atrás na história, até ao período das Cruzadas, da Inquisição e outros tópicos pertinentes. Este livro é informativo, interessante e composto por uma linguagem simultaneamente simples e atractiva à leitura desenvolta. O autor dividiu ao longo dos oito capítulos do livro excertos de cartas, de jornais nacionais e internacionais sobre o terramoto, de obras literárias, filosóficas e científicas, o que dá ao leitor a oportunidade de ler outros pontos de vista além do seu sobre o acontecimento.
Qual o público-alvo de O Fim do Dia? Todos os leitores que embora já tenham ouvido falar sobre o Grande Terramoto desconhecem o quanto esse acontecimento mudou o rumo de Portugal como um país. Um livro que faz reflectir, que aguça o interesse e como resultado: instrui.

31 comentários:

  1. Gostava de ler , gosto da nossa história, se for romanceada a leitura torna-se mais fluida.

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  2. Quero muito ler este

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  3. Muito bom este livro.
    Quero ler em breve.
    Nanda Oliveira

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  4. Parece-me ser muito bom! Já li o do Domingos Amaral sobre este tema e gostaria imenso de ler também este!!
    Teresa Carvalho

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  5. um livro que gostaria muito de ler

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  6. gostava de ler, parece-me ser muito interessante

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  7. Parece-me muito interessante este livro, pois, acredito que todos nós tenhamos a curiosidade e diria mais a necessidade de saber mais sobre esta história.

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  8. Adorava ter este livro...Adoro a nosso historia

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  9. Um livro que gostava de ler, uma vez que pouco sei sobre o terremoto que ocorreu.
    ;)

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  10. deixa-nos de água na boca para ler o livro

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  11. este livro parece deveras interessante, vou adquirir certamente

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  12. A história +é interessantíssima. Vou ler :)

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  13. tenho que ler
    parece muito interessante

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  14. Espero ler este livro brevemente

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  15. Tenho muita curiosidade em ler este livro, pois retrata uma fase da nossa história que não deverá ser esquecida!

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  16. Este livro deve ser muito interessante de ler porque retrata a história de Portugal e adorava ler.

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  17. gostei imenso de ler este livro!!! excelente autor...

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  18. Sempre quis saber mais sobre este fatidico dia,vou ler sem duvida

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  19. Um livro bastante interessante para os amantes da nossa história.

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  20. Parece-me um livro muito interessante baseado num caso real da nossa história... vai ficar na minha lista de livros a ler

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  21. Curioso este livro, pois, aborda um tema significativo para o povo Português.

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  22. Adoro romances históricos e este deixou-me bastante curiosa!

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