SUPERAR O MURODiálogo entre um muçulmano, um rabino e um cristãode Omar Abboud | Abraham Skorka | Papa FranciscoOrganização e coordenação: Antonio SpadaroColeção: Uma Casa Aberta a TodosEditora: Paulinas EditoraPáginas: 2081.ª edição: 13/02/2015Booklet link «readoz»: http://www.readoz.com/publication/read?i=1065470&designmode=trueBook trailer: http://youtu.be/G4j_9KKQdPkSinopseEste livro fala de um gesto profético, de um abraço que uniu o papa Francisco, o líder islâmico Omar Abboud e o rabino Abraham Skorka diante do Muro das Lamentações, em Jerusalém. Esse gesto espontâneo e genuíno é motivo para uma conversa com dois dos intervenientes: o líder muçulmano e o rabino. E é o rabino Abraham Skorka quem nos desvela o sentido do que se passou ali: «Eu dizia-lhe [a Bergoglio] que o seu programa era o do profeta, não o do político. Ele concordava. Nunca mudou de atitude, nunca abandonou o seu léxico.»O gesto diante do muro é motivo para abordar muitos temas que ligam os três intervenientes. Contudo, há dois que urgem inegavelmente: a paz no Médio Oriente e o diálogo inter-religiosos entre os crentes da grande família abraâmica.O gesto dos três amigos foi seguido do convite do Papa aos dois presidentes dos territórios que visitava, Israel e Palestina: «Vinde rezar [pela paz] a minha casa.» Surpreendentemente, esse convite foi aceite pelos dois chefes de Estado, tendo-se reunido no dia 8 de junho de 2014 no Vaticano. «Quando os povos da região – afirma Abraham Skorka – estiverem dispostos a aceitar o desafio de mudar as suas culturas para construir uma realidade nova, começará a delinear-se o caminho da paz.» «O martelo – continua Omar Abboud – pode ser usado para construir ou para destruir. O mesmo livro sagrado pode ser lido para construir o amor, e pode ser usado para construir a guerra. A diferença é estabelecida pelo homem e pelo seu modo de se colocar diante dos outros.»Com uma introdução do próprio Antonio Spadaro, o livro é constituído pelas entrevistas a Omar Abboud e Abraham Skorka, seguidas de alguns dos discursos feitos pelo papa Francisco na sua peregrinação à Terra Santa. E no final, um pequeno lembrete dos factos, ou seja, um breve relato de como se desenrolou a visita-peregrinação do Santo Padre a Israel e à Palestina e, depois, o encontro de oração pela paz no Vaticano.«É preciso a coragem do diálogo. Construir a paz é difícil, mas viver sem paz é um tormento.»Papa Francisco«O maior desafio [do diálogo inter-religioso], às vezes, não é sentarmo-nos com aqueles que praticam uma religião diferente, mas convencer aqueles que praticam a nossa.»Omar Abboud«Deus pode esperar, ao passo que o homem que sofre não pode.»Abraham SkorkaOs autoresOmar Abboud (1966) provém de uma família de imigrantes árabes (sírios, da parte da mãe, e libaneses, da parte do pai). A sua formação cultural islâmica teve várias fontes, todas elas provenientes da casa dos avós, onde contactou com várias pessoas formadas na Universidade al-Azhar (Cairo). O seu avô paterno realizou a primeira tradução do Alcorão para castelhano. Discípulo de Adel Made, o impulsionador do diálogo inter-religioso na Argentina, Omar Abboud tem desempenhado cargos públicos de relevo no município de Buenos Aires: diretor da Economia Social, subsecretário da Promoção e Integração Social, ministro dos Direitos Humanos e Sociais e presidente do Instituto para a Edilidade Social. Atualmente dirige a sociedade estatal Corporación Buenos Aires Sur e o Instituto de Diálogo Inter-religioso.Papa Francisco (1936) Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, filho de um funcionário ferroviário do Piemonte. Técnico químico, aos 21 anos ingressou, como noviço, na Companhia de Jesus. Licenciado em Filosofia, ordenado sacerdote em 1969, bispo de Auca em 1992, arcebispo de Buenos Aires em 1998, feito cardeal em 2001, viria a ser eleito Papa, a 13 de março de 2013, com o nome de Francisco.Abraham Skorka (1950) é filho de emigrantes judeus polacos, que chegaram pelos anos 20 do século passado à Argentina. Muitos membros da sua família, que permaneceram na Polónia, foram vítimas da Shoah. Formado em Química pelo Instituto Superior de Ciências Hebraicas, entrou depois no Seminário Rabínico Latino-americano Marshall T. Meyer (Buenos Aires), onde se tornou rabino. Em 1979, doutorou-se em Ciências Químicas. Hoje, é líder da comunidade Benei Tikva e reitor do seminário rabínico onde se formou.
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