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sexta-feira, 3 de abril de 2015

O filme «Aniki-Bobó», de Manuel de Oliveira (1908-2015), por Manuel António Pina

ANIKI-BÓBÓ
de Manuel António Pina

N.º Páginas: 96
Classificação: Ensaio
Editora: Assírio & Alvim
Data publicação: 2012
«Céu e terra, transcendência e realidade quotidiana, interligam-se intimamente em Aniki-Bóbó. A certa altura, enquanto Eduardito jaz no leito do hospital, os pequenos personagens de Aniki-Bóbó manterão, sob o céu da noite e fitando as estrelas, uma «filosófica» conversa sobre a vida e a morte, Deus e o Diabo, o conhecido e o desconhecido, na qual, sob a expressão ingénua dos medos e fantasmas infantis, não é difícil descortinar as grandes interrogações essenciais que, diante do invisível, ancestralmente inquietam o homem.» [excerto do livro]
Aniki-Bóbó, primeira longa-metragem e primeiro filme de ficção de Manoel de Oliveira, é hoje, apesar de incompreendido à época da estreia em 1942, um clássico absoluto do cinema português e uma obra ímpar na cinematografia mundial. Interpretado por crianças, história de adultos transposta para o universo da infância, este filme profundamente poético, cuja singularidade se sobrepõe sem contestação às afinidades estéticas que a crítica por vezes lhe atribuiu (por exemplo com o neo-realismo italiano que todavia lhe é posterior), encontra em Manuel António Pina, poeta e autor de literatura infantil, o seu mais sensível olhar.

O autor
Manuel António Pina, um dos nomes maiores das letras portuguesas contemporâneas, Prémio Camões 2011, escreveu este livro até agora inédito por encomenda do British Film Institute para uma colecção sobre os melhores filmes de sempre comemorativa do centenário do cinema.


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