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terça-feira, 21 de julho de 2015

«Segredos na Floresta», de Jimmy Liao

Editora: Kalandraka
Data de Publicação: Maio 2015
N.º de Páginas: 64
É tarde de quarta-feira numa cidade que nunca dorme. Enquanto os barulhos propícios da azáfama citadina mantêm-se intermitentes, num quarto de uma casa há uma jovenzinha que sonha. No sonho, que é um estado psicofisiológico, a sua mente foi hipnotizada por um Coelho Felpudo enorme, que a incitou a percorrer uma floresta imensa, plena de lugares recônditos e brincadeiras divertidas. Imersa no estado onírico, a protagonista desta história comunica através de frases, cenários, formas e cores; a sua memória é narrativa, mas muito mais visual. Ela passeia e corre por passadiços e escadas flutuantes; ela brinca ao baloiço, joga à apanhada e imita coelhos saltitantes; mais para o entardecer da sua “viagem”, ela percorre túneis misteriosos e ao dar por si, desperta, levanta-se e aproxima-se da janela do seu quarto, onde o vento sopra e as cortinas flutuam… e pensa: «Uma cidade sem sonhos, que solidão.»
A predominância em Segredos na Floresta de metáforas visuais bem conseguidas, que podem ser interpretadas sem dificuldade por jovens leitores, e o uso de uma técnica artística simples, assentes no traço linear curto e com tonalidades neutras, faz deste livro de Jimmy Liao (n. 1958) uma leitura cativante não só para pequenos leitores, mas também para todos os adultos que ainda possuem uma imaginação fértil, que os fazem sonhar que nem crianças.
Com este segundo trabalho editado em Portugal, após Desencontros (Kalandraka, 2014), este que é considerado um dos autores e ilustradores asiáticos com maior reconhecimento internacional, revela ser um artista muito prolífico, que através da sua arte consegue transformar sonhos em realidade, e vice-versa.
De salientar que o texto de Segredos na Floresta  foi traduzido para a língua portuguesa por Domenica Ignomeriello e Ana M. Noronha, tendo como matriz a edição original chinesa (森林裡的秘密). Esta obra de Jimmy Liao ganhou vários prémios internacionais e foi considerado como um dos melhores livros infantis de 1998 em vários jornais de Taiwan, como o The China Times.

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