A Sextante Editora chancela O Sexo Inútil, o mais recente livro de Ana Zanatti, um testemunho pessoal e coletivo avassalador e um instrumento de batalha pela dignidade e igualdade, face aos preconceitos. Combinando reflexões, correspondência, vários testemunhos e excertos do diário da autora, O Sexo Inútil (520 pp.) é um documento único que põe em causa o conceito de “tolerância”.
«Este é um livro sobre o que de mais profundo vive no coração da
condição humana. Sobre o direito de nos tornarmos, perante nós e os
outros, aquilo que somos. Plenamente e sem concessões. Para muitos
leitores, estas páginas serão uma revelação, simultaneamente brutal e
comovente, carregada de sofrimento, mas portadora também de gestos e
testemunhos que alimentam e fortalecem a esperança. Trata-se, como se
diria no século das Luzes, de um valioso contributo para a emancipação
do espírito humano, para o alargamento das fronteiras do relacionamento
exigente, cuidado e civilizado entre as pessoas, seja qual for a sua
orientação sexual e género. Ana Zanatti sabe que cada um de nós tem de
estar à altura da aventura da sua própria vida, que só nós podemos
protagonizar, mas sabe também que é próprio da nossa condição humana a
abertura para o outro, a solidariedade, a confidência, a entreajuda.
Este livro celebra também a enorme coragem ética e cívica da sua autora.
A sua confiança na força da justiça, que jorra da fonte interior do
equilíbrio da pessoa em si própria, com os outros, com o mundo. Ana
Zanatti escreve, num dado passo desta obra, que a sua ambição seria
poder tocar as almas dos outros. Estou seguro de que isso foi
completamente conseguido. Esta obra vai marcar profundamente muitas
pessoas. Vai trazer-lhes luz, conforto e energia. Vai mudar muitas
vidas. Talvez até ajudar a salvar vidas, que, sem a sua tonificante
ajuda, se poderiam perder irreversivelmente.»
Do prefácio de Viriato Soromenho-Marques
«O Sexo Inútil veio
para fazer refletir, deitar ao chão preconceitos e máscaras, romper o
cerco de silêncio em que vive boa parte daqueles a quem a expressão
livre da sua identidade é negada».
Lídia Jorge no posfácio
Críticas de imprensa
«Neste livro mais do que um livro, Ana Zanatti, falando de si, fala de
nós, interpela-nos no desafio de sermos o outro, assume a primeira
pessoa como a palavra identitária contra a palavra «eles», essa que
expulsa e condena. A autenticidade e a coragem desta escrita é a
autenticidade e a coragem que devem merecer, que devem exigir, para além
da lei, todas as pessoas LGBT, pessoas da cidade, que a autora sabe
marginalizadas, ainda mergulhadas no sofrimento que cada palavra sua
denuncia. Ler este livro é uma lição de vigilância. Afinal, quem não a
entende será quem decide ficar fora da humanidade no seu sentido mais
nobre.»
Isabel Moreira
Sem comentários:
Enviar um comentário