Chama-se 'Livros Amarelos' e é a nova colecção da Guerra e Paz Editores. Uma colecção que revela as relações comprometedoras de textos célebres.Célebres, célebres, muito bons, muito bons, mas metidos a um canto, e isso é exactamente o que esta colecção quer veementemente rejeitar, contrariar e desmentir. 'Livros Amarelos' é uma colecção de textos que se erguem de um salto, afectivamente activos.São livros de 15 por 21 centímetros e são amarelos. Completamente amarelos e pintados à mão nas três faces do miolo. Custa um dinheirão ao editor? Custa, mas é bonito que se farta. E não são só livros bonitos. A Guerra e Paz rasgou-lhes a beleza, com um corte elíptico e alongado que deixa ver uma faísca de vermelho ou verde ou azul, conforme a cor que as guardas do livro, debaixo da capa, venham a ter.Em cada livro dois textos de dois grandes autores. Podem ser novelas, contos, poemas ou ensaios. Um intrometido «estudo» contemporâneo virá sempre lançar a rede que liga esses dois textos clássicos. Em Setembro, o próximo livro, amarelíssimo, juntará A Célebre Rã Saltador do Condado de Calaveras, de Mark Twain, e Rikki-Tikki-Tavi, de Rudyard Kipling.Modo de uso dos 'Livros Amarelos':Toque-lhes. O amarelo não se pega.Compre-os. É uma forma legítima e desejável de posse.Meta o dedo. É irresistível, o cortante da capa abre uma fenda que apetece tactear.Abra-os. Têm segredos que só quem vai lá dentro descobre.Leia-os. Os seus olhos são o violino que dá música à sua alma.
Pessimismo Nacional
Portugal, um Povo Suícida
Manuel Laranjeira / Miguel de Unamuno
SinopseMiguel de Unamuno, pensador e escritor espanhol, espantava-se com a vocação suicida dos portugueses: Antero de Quental suicidara-se, Camilo e Soares dos Reis suicidaram-se. Num só ano suicidaram-se mais três portugueses seus amigos. Outro, Manuel Laranjeira, escreveu-lhe uma carta desesperada: «Neste malfadado país, tudo o que é nobre suicida-se; tudo o que é canalha triunfa!» Três meses depois, Manuel Laranjeira suicidava-se com um tiro na sua cabeça portuguesa. Este livro é o dramático diálogo entre o pessimismo português e o espanto espanhol. Ajuda-nos a conhecer o nosso passado recente e acaba com todas as ilusões: «Ou nos salvamos nós, ou ninguém nos salva.»
O Banqueiro Anarquista
A Alma do Homem sob a Égide do Socialismo
Fernando Pessoa / Oscar Wilde
SinopseUm livro atravessado por duas ideias de anarquismo. No conto de Fernando Pessoa, o anarquismo é o espantalho que um banqueiro atira ao ar e volta a apanhar. No manifesto de Oscar Wilde, o anarquismo é a nuvem de harmonia que conduz ao Individualismo no qual o homem atinge a perfeição. O Banqueiro Anarquista de Pessoa é um prodígio de ironia, A Alma do Homem sob a Égide do Socialismo é a exaltação da Beleza.
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