Chegou no dia 9 de Novembro às livrarias o novo romance de Afonso cruz intitulado Nem Todas as Baleias Voam. Este livro, que tem a chancela da Companhia das Letras, é um romance sobre espiões, jazz, Guerra Fria, um menino, um pianista apaixonado, uma mulher desaparecida e uma... baleia.
Texto sinóptico
Será possível vencer uma guerra com a música?
Em plena Guerra Fria, a CIA engendrou um plano, baptizado Jazz Ambassadors, para cativar a juventude de Leste para a causa americana. A ideia era organizar concertos com grandes nomes do jazz para lá das fronteiras do Muro e, assim, derrubar barreiras e preconceitos anti-americanos, seduzir o inimigo com a música e ganhar terra.
É neste pano de fundo que conhecemos Alex Gould, pianista exímio, apaixonado, capaz de visualizar sons e de pintar retratos nas teclas do piano. A música está-lhe tão entranahada no corpo como o amor pela única mulher da sua vida, que desapareceu de um dia para o outro, sem deixar rasto, sem deixar uma carta de despedida.
Erik Gould tentará de tudo para a reencontrar, mas não lhe restanto mais esperança do que o acaso. Será o filho de ambos, Tristan, cansado de procurar a mãe entre as páginas de um atlas, que encontrará dentro de uma caixa de sapatos um caminho para recuperar a alegria.
Excerto
«Imagine-se duas melodias independentes que são a vida de duas pessoas. Imagine-se que as pessoas caminham pela rua, ambas a trautear a sua própria melodia, e, quando se aproximam, à medida que se aproximam, percebem que as notas que a outra trauteia encaixam no meio da snotas da sua própria música, criando uma outra melodia, mais complexa. Nem todas as notas caem no meio uma das outras; nos intervalos, algumas coincidem, mas tocam em harmonia.» (p. 74)
Participo. Sigo. Desejo.
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