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sábado, 15 de abril de 2017

Um novo "livro amarelo" da Guerra e Paz Editores


Apocalipse / Apocalipse
de D. H. Lawrence / João de Patmos

Texto sinóptico
Eis Jesus Cristo, resplandecente, em toda a sua glória. É com essa visão, literária, que este livro começa.
Aqui se inaugura um género novo, como com a Ilíada se inaugurou o poema épico. Que género é este? Apocalíptico, como diz Helder Guégués no breve ensaio que justifica terem-se juntado, neste livro, o texto que o apóstolo João (foi ele?) terá escrito em Patmos e o texto que sobre esse texto escreveu D.H. Lawrence?
E que coisa quer dizer apocalíptico que não seja a Revelação, essa revelação que nos chega, não pelo pensamento e pela razão, mas pelas VISÕES FULGURANTES EM QUE ESTE LIVRO É PRÓDIGO, a começar na visão do Trono onde, semelhante à pedra jaspe e sardónica, Um está sentado, esse Um, que guarda o Livro escrito por dentro e por fora, selado a sete selos, ao seu redor quatro animais cheios de olhos, por diante e por detrás.
Este é um livro profético por ser também o livro de triunfo de seres e coisas imaginárias, das coisas que nunca vimos, mas que hão-de vir, livro da Besta e da obscuridade. Eis um texto seminal, um protolivro, e o que um grande autor, D.H. Lawrence, escreveu sobre esse mesmo livro.

Sobre a colecção Livros Amarelos:
Os textos falam uns com os outros. Amam-se, negam-se, tocam-se uns aos outros.
livros amarelos é o paparazzo da história da literatura e do pensamento: revela as relações comprometedoras de textos célebres. 

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