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sábado, 9 de dezembro de 2017

«A Festa das Bruxas», de Agatha Christie

Editora: ASA
Data de publicação: Out. 2017
N.º de páginas: 304

O título n.º 6 da nova coleção da ASA dedicada às obras de Agatha Christie que, dado o seu grafismo colorido e dinâmico, visa cativar o público juvenil para conhecer as histórias policiais desta que foi e continua a ser a grande escritora do crime, intitula-se A Festa das Bruxas. Datado de 1969 — na altura a autora tinha 79 anos —, este romance apresenta um dos mistérios mais elaborados que Agatha escreveu.
Na vila de Woodleigh Common, em Inglaterra, é com pompa e circunstância que uma festa da Noite das Bruxas é preparada. A anfitriã da festa, que terá como convidados na sua maioria adolescentes, é Mrs. Drake Rowena. Uma das convidadas especiais é a famosa escritora de romances policiais Ariadne Oliver (podemos encontrar esta personagem carismática criada por Agatha Christie em romances como O Cavalo Amarelo e Os Elefantes Não Esquecem). É durante os preparativos da festividade que Joyce, uma das adolescentes presentes, talvez com o intuito de chamar a atenção da sua escritora favorita, afirma: «uma vez vi um assassinato». Ninguém acredita, porque a jovem de 13 anos era conhecida por se gabar de coisas que não haviam acontecido e por se meter onde não devia. O certo é que alguém que estava a ajudar nos preparativos e que cometeu um assassinato há pouco tempo e escapou, alguém que nunca esperava ser descoberto, teve subitamente um grande choque com a revelação de Joyce. Quando a festa termina ela aparece estrangulada e afogada num balde com água, que serviu para um dos jogos da noite. Chocada com o crime, Ariadne pede ajuda a Poirot, para que ele a ajude a descobrir o culpado.
Poirot começa a questionar todas as pessoas presentes antes e durante a festa, e começa a investigar os homicídios mais recentes que deram-se na vila, entre os quais o de uma professora estrangulada e um funcionário de escritório de advogados esfaqueado. Mas o puzzle deste mistério só fica completo quando Poirot ouvir o que a mulher que se fez passar por bruxa na festa, tem a dizer…
Em A Festa das Bruxas, a Rainha do Crime prova que mesmo com uma idade avançada, continuava no auge da sua imaginação, ao criar um enredo e personagens bens contruídos. As últimas páginas desta história, onde o leitor fica a conhecer as ilações do detective belga sobre o culpado ou culpados da morte que centraliza toda a intriga, são simplesmente surpreendentes. Talvez, para esta obra ter ficado aprimorada, algumas informações que preenchem algumas páginas no meio do livro, poderiam ter sido um pouco depuradas; e se a personagem Ariadne Oliver tivesse mais protagonismo nesta história, tornaria A Festa das Bruxas um policial de excelência.

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