A Lenda do Santo Bebedor seguido de O Leviatã
de Joseph Roth
«A Lenda do Santo Bebedor […], escrita nos últimos quatro meses da sua vida e dada por terminada em Abril de 1939, constitui um autêntico canto de cisne de Joseph Roth. A novela narra as últimas três semanas da vida de Andreas, um vagabundo alcoólico, a quem acontecem estranhos milagres. A história desenrola-se em Paris e foi baseada num relato dum amigo que ouviu no Café Tournon. É sintomático como Roth se apodera da personagem principal para, duma forma premonitória, antecipar literariamente a sua própria morte, trágica como ela foi no exílio parisiense. Porque, ao contrário do desejo expresso no último parágrafo da novela, Deus não lhe deu a ele, o bebedor, uma morte tão suave e bela como a que teve a personagem Andreas.»[Álvaro Gonçalves]
A Morte Difícil
de René Crevel
Nove anos antes deste acto incompreensível [o suicídio] — se o não aceitarmos como momento de um muito complexo desespero — René Crevel escreveu o seu terceiro romance e chamou-lhe A Morte Difícil; a morte que viria, anos mais tarde, a responder na vida real à mais nocturna face da sua condição de homem. E fê-lo com o seu surrealismo de vocação refreado até às exigências de uma grande clareza autobiográfica.Crevel retrata-se aqui como um homossexual assombrado pela ameaça genética do pai louco e pelo comportamento de uma mãe cruel e frívola; dividido por verdadeiros desejos físicos e outros que uma ambígua relação feminina muito imperfeitamente disfarça; um jogo de bem calculada progressão no tom — o que fervilha num primeiro capítulo com humorísticas ironias e se esvai aos poucos pelas sombras de um estado físico e psicológico que se destina, em noite fria e num banco público, a acompanhar o desespero do seu fim.[Aníbal Fernandes]
Chamo-me Álvaro Gonçalves e sou tradutor de Joseph Roth! Agradeço a referência que faz ao livro de Roth que saiu na Sistema Solar.
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