Depois de em 2019 lançar Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco, e no início deste ano publicar o romance de Júlio Dinis Uma Família Inglesa, a Livros do Brasil põe à venda no final desta semana o terceiro título da colecção 'Clássicos Portugueses'.
Viagens na Minha Terra é uma obra marcante do movimento romântico em Portugal, foi originalmente revelada em folhetins, iniciando-se a sua publicação há precisamente 175 anos. Almeida Garrett (1799-1854) narra-nos aqui a sua jornada de Lisboa a Santarém, combinando as descrições das paisagens e das gentes com geniais divagações e reflexões sobre o estado do país. O fundador do romantismo em Portugal acrescenta ainda a estas páginas sumarentas a história novelesca de Carlos e Joaninha, numa mistura de géneros e linguagens, que vão do clássico ao popular, do jornalístico ao dramático.
Esta é a odisseia que Almeida Garrett fez pelas terras do seu país. Aí visitou as ruas e os cafés, as igrejas e os túmulos, ouvindo pelo caminho uma história de amor em tempos de guerra, vivida por Carlos, que luta pelos liberais, e sua prima, Joaninha, a menina dos rouxinóis. Neste impressionante relato sem igual na história da literatura portuguesa, o autor não deixa dúvida sobre os seus intentos: «protesto que de quanto vir e ouvir, de quanto eu pensar e sentir se há-de fazer crónica». Quanto tempo permeia então uma ida de Lisboa a Santarém? Quanto tempo baste para se percorrer uma e outra vez as Viagens na Minha Terra.
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