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segunda-feira, 10 de maio de 2021

«Os Fornos de Hitler» e «O Diário de Renia: mais duas histórias de sobreviventes do Holocausto

Os Fornos de Hitler
Ao longo destas páginas, Olga Lengyel conta, na primeira pessoa e com detalhe, a vida no campo de concentração, os horrores cometidos pelos alemães que lhe levaram o marido, os pais e os dois filhos, as atrocidades sofridas e o que fez para sobreviver a estes anos de terror que a marcaram para sempre.
Um relato íntimo e sincero de uma mulher, enfermeira húngara, que sobreviveu ao pesadelo de Auschwitz-Birkenau. Uma experiência relatada de forma crua e chocante.
Publicado pela primeira vez dois anos depois de a Segunda Guerra Mundial terminar, este continua a ser um relato poderoso, de leitura obrigatória para que não esqueçamos um dos períodos mais terríveis da história da humanidade.

Olga Lengyel nasceu em 1908 e faleceu em 2001. Enfermeira sobrevivente do Holocausto, foi testemunha no julgamento de Bergen-Belsen e o seu depoimento contra o doutor Joseph Mengele foi avassalador. Foi casada com o médico Miklos Lengyel, com quem trabalhava no Hospital de Cluj-Napoca antes de serem deportados para Auschwitz, em 1944. Quando chegaram ao campo, os seus pais e filhos morreram e o marido faleceu pouco antes da libertação. Olga foi a única sobrevivente da sua família. A sua vida posterior ao Holocausto foi dedicada a manter viva a memória dos homens, mulheres e crianças que morreram em Auschwitz. O livro foi publicado dois anos depois de a Segunda Guerra Mundial terminar. Albert Einstein ficou tão tocado pela sua história que lhe escreveu uma carta, a agradecer o seu «livro muito honesto e muito bem escrito».


O Diário de Renia
Recentemente redescoberto, setenta anos depois, O Diário de Renia é descrito como sendo um clássico da literatura do Holocausto. Escrito com a clareza e habilidade que lembra Anne Frank, é um testemunho extraordinário dos horrores da guerra e da vida que subsiste mesmo nos tempos mais sombrios.

Renia Spiegel nasceu em 1924. Em Janeiro de 1939 começou a escrever um diário. Quando começou a guerra, ela e a irmã estavam a viver com os avós em Przemysl. A guerra separou-a da mãe e durante os anos seguintes viveria sob a ocupação soviética e depois nazi e assistiria à criação do ghetto. No versão de 1942, Renia foi forçada a esconder-se para tentar escapar à liquidação do ghetto. Uns dias depois, o seu esconderijo foi encontrado e ela foi executada. Renia tinha apenas dezoito anos.

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