Páginas

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Novos 'Ensaios' e 'Retratos' da Fundação Francisco Manuel dos Santos

A Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) lançou três novos títulos da colecção de Ensaios sobre temas essenciais para conhecer melhor o país que somos e os desafios que o mundo enfrenta. Da importância do poder local no país, a uma capital em transformação acelerada ou às ameaças globais à biodiversidade.

Lisboa em Metamorfose | João Seixas
Obra propõe uma reflexão analítica e interpretativa da evolução contemporânea de Lisboa. Observa o passado, o presente – em movimento – e os múltiplos desafios colocados à cidade. Uma economia produtiva, social, redistributiva e circular, comunidades coesas e solidárias, habitats e mobilidades acessíveis, qualificados e ecológicos. Entre extraordinárias potencialidades e exasperantes fragilidades, Lisboa encontra-se, de novo, em metamorfose.

A Democracia Local em Portugal | António Cândido de Oliveira
Este ensaio aborda, apelando à reflexão crítica dos leitores, a noção e evolução histórica da democracia local no país desde o século XIX, o papel que os cidadãos nela devem desempenhar, a organização e funcionamento dos municípios e das freguesias, o impasse na criação de regiões administrativas, o associativismo autárquico e o significado das entidades intermunicipais.

Riscos Globais e Biodiversidade | Maria Amélia Martins-Loução
Obra ensaística defende que a perda de biodiversidade é ainda mais alarmante do que as alterações climáticas. Sob este prisma, e porque está tudo interligado, relembra e relaciona alguns conceitos sobre o metabolismo energético e as mudanças no clima, a escassez de reservas e o excesso populacional. É uma chamada de atenção, esclarecedora e firme, sobre a urgência em olhar a biodiversidade e a sua conservação como medida de travagem dos riscos planetários que o Homem induziu ao longo da sua evolução.

Estão já disponíveis para compra online e quase a chegar às livrarias (a 7 de Setembro) os novos 'retratos' da FFMS.
Em que posso ser útil? | Pedro Vieira
Em 2018, quase metade da população empregada tinha apenas o ensino básico completo? Esta é uma das causas da expansão acelerada do sector terciário em Portugal, que responde também ao aumento das necessidades de consumo.Este retrato é uma pequena viagem até ao universo de quem tem empregos no comércio e nos serviços, com alta rotação e baixas qualificações, em ambientes despersonalizados e virados para a facturação intensiva. Trabalhadores essenciais, pessoas a maior parte das vezes mal pagas, que estão na linha da frente do atendimento ao público, sujeitas aos humores de quem é servido. Como é o dia-a-dia destes anónimos sem quem já não passamos? Conheça-o, através de testemunhos concretos, em várias áreas de negócio e prestação de serviços.

Homens sem coração | Guilherme Piló
Seguindo a tradição dos antepassados pescadores da Nazaré, Guilherme Piló Sales foi a primeira vez ao bacalhau com 17 anos, em 1960. Seguiram-se sete campanhas como pescador à linha nos pequenos barcos dóri, nas águas tempestuosas dos Grandes Bancos da Terra Nova e da Gronelândia, na designada Faina Maior, a Epopeia do Bacalhau, um dos episódios mais esquecidos e notáveis da história marítima portuguesa.Este livro é o relato autobiográfico de memórias marcantes desses tempos, dessas viagens e dessas fainas de extrema dureza, cheias de perigos e de privações, na pesca de bacalhau à linha. Um homem sem coração arrisca tudo na vida e ali era preciso ir ao limite ou mesmo ultrapassá-lo, diz o autor deste retrato. Uma história comovente de bravura, dedicação e amor pelo mar.

Ilhas da Ria | Maria José Santana
Situadas na parte central da laguna, as ilhas da Ria de Aveiro já foram terra que deu de tudo (milho, feijão, batatas, melancias, vinho e até sal) e algumas delas até chegaram a ser habitadas.Com existência registada desde 1407, as ilhas aveirenses são pequenos pedaços de terra hoje votados ao abandono e dos quais pouco reza a história contada nos livros. Restam as memórias daqueles que protagonizaram ou testemunharam esses tempos idos, em que foram pequenas estâncias de veraneio, para uns, e campos de trabalho árduo, para outros. Este retrato faz-lhes justiça, antes de eventualmente desaparecerem, se não forem travadas a tempo a degradação e a erosão a que estão sujeitas.

Sem comentários:

Enviar um comentário