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quarta-feira, 4 de maio de 2022

Os primeiros volumes de 'Admirável Mundo do Romance', a nova colecção da Guerra & Paz

Da nova colecção da Guerra & Paz Editores, 'Admirável Mundo do Romance', que incluirá «novelas, romances ou contos da primeira metade do século xx, com o propósito de manter viva junto dos leitores a literatura moderna», eis de seguida os primeiros títulos que já estão à venda.

Ethan Frome
Uma obra-prima de literatura americana da autora vencedora de um Pulitzer, Edith Wharton, é um clássico da literatura feito de personagens presos em circunstâncias das quais parecem incapazes de escapar.
Passado na sombria e austera paisagem invernal da Nova Inglaterra, na cidade fictícia de Starkfield (um não-inocente campo árido), Ethan Frome é um livro sobre os infortúnios na vida e no amor da personagem que lhe dá o nome.
Neste romance, Wharton capta maravilhosamente, com a sua habitual contemplação irónica, os impulsos e as fraquezas da natureza humana, dando luz à hipocrisia da sociedade e explorando de forma ousada as consequências que advêm do conflito entre o dever e o desejo.
Escrito com grande simplicidade, este poderoso e funesto romance tem sido considerado uma das maiores obras de Edith Wharton.

Críticas
«Henry James [e] Edith Wharton [são agora] reconhecidos exactamente por aquilo que são: gigantes, iguais, os deuses tutelares e benignos da nossa literatura americana.»
Gore Vidal

«O assombroso feito de Wharton foi falar de uma dor imensa com pureza e simplicidade… sendo equiparável até com O Monte dos Vendavais
Harold Bloom



Maggie, uma Rapariga das Ruas
Esta é a história de uma bela e ingénua jovem rapariga que vive nos subúrbios da Nova Iorque do final do século XIX.
Um retrato chocante e inexoravelmente honesto do lado mais sórdido da cidade, Maggie é actualmente considerada como uma obra expressionista e absurdista, «um estranho poema visionário», como afirma Paul Auster, de «narrativa pura, sem análises sociais, sem pedidos de reforma e sem reflexões psicológicas que expliquem porque é que as personagens fazem o que fazem».
Numa escrita caracterizada por uma intensidade vivaz, pelo uso de diversos dialectos e pela ironia, Maggie, Uma Rapariga das Ruas exibe brilhantemente a genialidade de Stephen Crane.

Críticas
«Pela primeira vez na ficção americana, não é dito ao leitor o que pensar – apenas lhe é pedido que se deixe envolver e que, depois, tire as suas próprias conclusões.»
Paul Auster


Os Mortos
É universalmente reconhecida como uma das melhores obras de James Joyce, tanto pelo estilo quanto pela intensidade poética e simbolismo.
A sua prosa dá vida à temática da mortalidade humana, numa epifania, como lhe chamava o autor, que deambula entre a vida, a morte, os que foram, os que estão e os que hão-de ir, sobre o amor e as suas múltiplas formas e sobre a identidade irlandesa.
Adaptada ao teatro por Hugh Leonard, em 1967, ao cinema, em 1987, num filme realizado por John Huston e, em 1999, adaptado para musical, com Christopher Walken na produção original, é uma história repleta de camadas. É um jantar de fim de ano, de família, amigos e mesa farta, um prenúncio que nos trazem os mortos que ficam connosco e vivem em nós mesmo quando são só sombras, mesmo quando «Um por um, todos eles se iam tornando sombra.»

Críticas
«Um dos maiores contos alguma vez escritos.»
T. S. Eliot

«James Joyce foi o mestre agonista, atrevendo-se mesmo a contender com Dante e Shakespeare pelo lugar de escritor mais importante.»
Harold Bloom


Próximas novidades da colecção: Falso Amanhecer, de Edith Wharton; As Caves do Vaticano, de André Gide.

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