A história dramática de Harry Morgan, natural de Key West, e da sua luta para ganhar a vida e sustentar a família. Dono e piloto de um barco de aluguer para expedições de pesca, Harry vê-se obrigado, durante o período da Depressão dos anos 30, a transportar todo o tipo de cargas ilegais, incluindo bebidas alcoólicas e criminosos cubanos, entre Cuba e a costa americana. As suas aventuras intercalam com episódios sobre as vidas dissolutas dos abastados proprietários de iates.
Cavalos em Fuga O Mar da Fertilidade II de Yukio Mishima
Isao é um jovem japonês patriótico e admirador fanático dos ensinamentos dos antigos samurais. Convicto de que um grupo de novos políticos e industriais está a macular a honra do país e a usurpar os legítimos poderes do imperador, põe em marcha um plano terrorista, com o objetivo de violentamente repor a ordem devida. Juiz em Osaka, Shigekuni Honda vê-se profundamente impressionado pelo vigor puro e apaixonado de Isao, e acredita ser ele a reencarnação de Kiyoaki Matsugae, seu amigo desaparecido de forma trágica há vinte anos. Terá agora uma nova oportunidade para o salvar?
Bábi Iar de Anatóli Kuznetsov
Em setembro de 1941, as tropas nazis conquistaram Kiev. Fascinadas pela elegância dos soldados alemães ou esperançosas na reconquista do exército soviético, as populações dividiram-se. Anatóli Kuznetsov tinha doze anos e assistiu à discordância no seio da própria família. Mas à medida que os dias corriam, tornava-se claro que aquele território estava a ser palco de um crime terrível: os disparos não cessavam, as valas comuns eram abertas, o fumo tomava conta dos céus, e os judeus, os ciganos e quaisquer opositores às regras alemãs desapareciam das ruas. Não existem números consensuais, mas estima-se que mais de 100 000 pessoas terão sido mortas em Bábi Iar, às portas da capital ucraniana, e, durante décadas, quer alemães quer russos tentaram escondê-lo. Em 1961, Kuznetsov submeteu o seu testemunho deste período às autoridades soviéticas e, em 1966, saiu por fim em livro, numa versão fortemente truncada. Apenas após a fuga do autor para Inglaterra, em 1969, seria revelado o texto completo – e é esse que agora, pela primeira vez, se dá a ler em Portugal. Um perturbador retrato da brutalidade da guerra vista pelos olhos de uma criança e uma lição sobre o poder da censura.
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