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domingo, 11 de junho de 2023

Retrato dos abusos sexuais na Igreja Portuguesa publicado em livro


No livro Em Nome do Pai é feito um retrato dos abusos sexuais na Igreja Portuguesa, um dos maiores abalos sofridos pela Igreja ao longo da sua história, situando o exemplo português e as suas particularidades, desde as histórias das vítimas ao perfil dos agressores, no contexto de um movimento internacional desencadeado pela própria Igreja.

Em 2019, o Papa Francisco reuniu bispos do mundo inteiro para combater o flagelo dos abusos sexuais cometidos por membros do clero. Só dois anos depois, no entanto, é que a Igreja portuguesa decidiu apurar a dimensão destes crimes no nosso país. A investigação do caso português foi então entregue a uma Comissão Independente. Enfrentando maior ou menor resistência, as conclusões desses estudos foram avassaladoras um pouco por todo o mundo – tanto pelo lado das vítimas, quase sempre descredibilizadas e carregando traumas para a vida, como pelo lado dos agressores, recorrentemente protegidos por uma estrutura de poder eclesiástico impenetrável. Em Portugal, quando finalmente foi levantado o pesado manto do silêncio, o retrato descoberto não foi menos chocante.
Sónia Simões, enquanto jornalista, integrou a equipa de investigação do jornal Observador aos abusos sexuais na igreja portuguesa nos últimos anos. Este primeiro livro sobre este assunto que tem causado muita celeuma, chega às livrarias no dia 14 deste mês.

«Esta obra leva-nos a percorrer alguns desses percursos. Tortuosos. Difíceis. Sombrios. Deixemos de falar de ‘abusos’. Chamemos as coisas pelo nome: ‘agressão sexual, crime’. A nossa linguagem está cheia de palavras mais adequadas para nomear este flagelo». Padre José Manuel Pereira de Almeida, vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa

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