A Manuscrito Editora vai reeditar A Americana que Queria Ser Rainha de Portugal, um romance histórico que aborda uma história inesquecível, que marca para sempre a história de Portugal.
Após uma cuidadosa
investigação, Ana Anjos Mântua, licenciada em História, variante de História da Arte, apresenta-nos a incrível história
de Nevada Hayes. Escrito na primeira pessoa, esta obra
empolgante e envolvente revela-nos uma mulher astuta e egoísta, mas não
menos humana, inteligente e apaixonada. Afinal, todos nós somos muitas
coisas… e raramente uma coisa só.
Em nota prévia, a autora escreve: «(...)
todos os relatos a identificavam como uma mulher que não olhava a meios
para conseguir o que pretendia, arrrogante, calculista, obsessiva,
mal-educada (...). Mas Nevada não era apenas um poço de defeitos.»
Sinopse
Nevada Hayes não foi consensual: nascida no seio de uma família humilde no Ohio, nos Estados Unidos da América, desde cedo fez todos os esforços para ascender socialmente. Pode dizer-se que obteve tudo aquilo com que sonhou - até casar com um príncipe.
Arrogante e calculista, não raras vezes obsessiva e mal-educada, a americana decidiu que um dia seria rainha de Portugal. Antes disso, abandonou um filho, divorciou-se várias vezes e foi protagonista de diversos escândalos. Quando conseguiu casar com D. Afonso, príncipe real, apropriou-se do tão ambicionado título de duquesa do Porto e também de princesa de Bragança.
Mas nem por isso se livrou de polémicas. Após a morte do marido, aquela que ficou conhecida como a viúva dos dez milhões herdou e levou do país muitos bens da família real. Nunca foram recuperados.
Excertos
«Tornei-me uma pessoa influente, claro que à custa da minha fortuna, pois quando se tem dinheiro, todos querem ser nossos amigos. No entanto, lidava muito bem com o carácter interesseiro de quem se aproximava de mim, pois também eu colhia benefícios desses relacionamentos.»
«Apesar de muitos me considerarem uma mulher de sorte, tive-a também, é claro, mas fui eu própria que me reinventei, me transformei, com uma férrea determinação, desde o momento em que era apenas uma rapariguinha de sapatos rotos (...).
Era forte, resistente, mas havia momentos em que não podia evitar chorar, de me sentir a mulher mais infeliz do mundo.»
«A excentricidade foi sempre um dos meus apanágios! A normalidade entendiava-me, desde muito cedo, já em criança tinha a tendência para me evidenciar de todas as outras, queria ser diferente.»
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