Editora: Esfera do Caos Nº Paginas: 104 Ano publicação: 2008 |
Os textos deste ensaio filosófico foram publicados originalmente na revista Les Temps Modernes, que foi fundada por Simone de Beauvoir e Sartre em 1945. A autora de O Segundo Sexo, 1949, – que vendeu milhões de exemplares, foi professora de filosofia, exímia filósofa e militante política. Uma mulher emancipada que quebrou vários tabus, provocando constrangimentos morais tradicionais, numa era em que a sociedade pouca desperta estava para os pensamentos feministas.Figura fulcral da doutrina ético-filosófica do existencialismo - que foi inspirado em obras de Fiódor Dostoiévski e de Friedrich Nietzsche, Beauvoir defendia a ideia de que cada um era responsável por si próprio, pelas suas acções e consequências.Os textos que compõem este livro estão separados em quatro capítulos: O Existencialismo e a sabedoria das nações, Idealismo moral e realismo político, Literatura e metafísica e Olho por olho. Deles sublinho as seguintes citações:
«Cada um gosta de contar as suas próprias histórias, mas escutar as dos outros é maçador.» Pag.27;«Demasiada bondade torna-se fraqueza, imbecilidade; um homem demasiado bom dá um mau exemplo.» Pag.27;«Nada é mais decepcionante do que obter-se o que se deseja.» Pag.28; «Entra-se, grita-se e é a vida; grita-se, sai-se e é a morte.» Pag.29;«Lia muito, quando tinha dezoito anos; lia como não se lê senão nessa idade, com ingenuidade e com paixão. Abrir um romance era verdadeiramente entrar num mundo, num mundo concreto, temporal, povoado de figuras e de acontecimentos singulares….Lembro-me do espanto vertiginoso que tomava conta de mim no momento em que voltava a fechar o livro.» Pag.64;«Uma obra significa sempre qualquer coisa, mesmo aquela que procure o mais deliberadamente possível recusar qualquer sentido, manifesta ainda recusa.» Pag.66
Estes pensamentos e divagações da ensaísta e romancista, remete-nos a pensar que cabe ao ser humano, a somente ele, afirmar a sua visão em foco dos seus objectivos.Esta filosofia convence-o a recusar a unanimidade e traçar ele próprio o seu caminho, mas não abnegando o convívio social nem tornando-se um indivíduo solitário e egoísta.Simone de Beauvoir sublinha que o existencialismo não despreza o amor, a amizade e a fraternidade.Livro recomendado ao leitor que tenha gosto por divagar em outras paragens e que aprecie filosofia.
Um dos livros da minha vida!!!
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