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domingo, 23 de fevereiro de 2014

«O Coração das Trevas»


O Coração das Trevas
de Joseph Conrad
Sinopse
Esta obra-prima do século XX tem tido uma influência que vai além da sua superior qualidade literária. Esta parábola sobre o «coração negro» do Homem, dramatizada no alegado «continente negro», tudo transcende, adquirindo a estatura de uma das maiores, tormentosas e visionárias obras do mundo ocidental. Soberbo. 
Excertos
«Subir o rio era o mesmo que viajar para trás, até às primeiras idades do mundo, quando a vegetação transbordava da terra e as árvores reinavam. Uma torrente deserta, um grande silêncio, a floresta impenetrável. O ar era quente, espesso, muito pesado e mole. A luz solar não tinha alegria. Longos troços de rio deserto perdiam-se por lonjuras de enorme sombra. Nas margens de areia prateada, hipopótamos e crocodilos tomavam lado a lado banhos de sol. As águas largas corriam entre a confusão de ilhas arborizadas; uma pessoa perdia-se naquele rio como num deserto, e todo o dia tropeçava em baixios, tentava encontrar um canal nagevável e acabava por julgar-se vítima de feitiço, isolada para sempre do que até ali conhecera - sei lá onde - muito longe - talvez noutra vida.» (p. 61)

«O espírito humano de tudo é capaz - porque dentro dele há tudo, não só o passado como o futuro.» (p. 65)

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