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segunda-feira, 23 de junho de 2014

A obra mais premiada da BD portuguesa é compilada em 2 Volumes pela Devir

de José Carlos Fernandes
 
Data publicação: 22/05/2014
Páginas: 192 a cores
Editora: Devir 
Sinopse
A obra mais premiada da BD portuguesa, oferece uma visão de conjunto de uma cidade sem nome, uma mistura da Praga de Kafka, a Nova Iorque de Ben Katchor e a Buenos Aires de Borges.
Uma desastrada e inepta banda de músicos, de intenções vagamente jazzísticas e resultados puramente caóticos, ensaia regularmente na cave de uma alfaiataria. Os seus membros são Sebastian Zorn (saxofone tenor), Idálio Alzheimer (piano), Ignacio Kagel (contrabaixo) e Anatole Kopek (bateria). Apesar de ensaiarem há três décadas, nunca conseguiram actuar ao vivo.
As aventuras destes músicos desprovidos de talento servem ao autor de pretexto para nos introduzir num mundo repleto de personagens entregues a ocupações improváveis e preocupações inverosímeis, formando um puzzle repleto de humor e melancolia que põe em evidência a notável capacidade de José Carlos Fernandes para retratar o quotidiano.
Este primeiro volume, de um total de dois, recompila os três primeiros tomos da série: O Quiosque da Utopia, Museu Nacional do Acessório e do Irrelevante e As Ruínas de Babel.
de José Carlos Fernandes
 
Data publicação: Junho 2014
Páginas: 168 a cores
Editora: Devir
 
Sinopse
Mais de dez anos passados, os painéis de duas páginas permanecem frescos e brilhantes. Mas José Carlos Fernandes fez mais do que uma óptima BD. Afirmou-se como uma figura intelectual e artística importante. Despretensiosamente e com um sorriso no canto dos lábios, provoca-nos e põe-nos a reflectir com muita seriedade sobre temas centrais da cultura e sociedade contemporâneas. Assumindo com total honestidade as suas influências literárias e de outros âmbitos, e com um formalismo linguístico revelador de uma utopia onírica, o autor conta com originalidade retalhos da vida, emoções, pequenas revelações, debatendo-se com a grande muralha do mistério que nos rodeia. E poesia em tons quentes, após o expediente burocrático. Este segundo volume, recompila os três últimos tomos da série: A Grande Enciclopédia do Conhecimento Obsoleto, O Depósito de Refugos Postais e Os Arquivos do Prodigioso e do paranormal.
 
José Carlos Fernandes Nasceu em Loulé, no sul de Portugal. Não teve qualquer formação artística e se, na infância, manifestou alguma inclinação para o desenho, nunca a desenvolveu, pois em jovem era assaz preguiçoso e abúlico.
Despertou tardiamente para a BD quando, em 1989, se deparou, numa revista, com um anúncio a um curso por correspondência de “Estratégias de venda porta-a-porta”. Preencheu o cupão respectivo, mas um erro dos correios fez com que recebesse antes o “Curso de Arte Narrativa Sequencial em 24 Fascículos”. Hoje arrepende-se amargamente, pois esta decisão trouxe-lhe pouco dinheiro e muitas ralações. Apesar de vários avisos sensatos e bem intencionados, persistiu, até 2006-7, na produção de uma imensa quantidade de histórias, progressivamente mais lunáticas e desequilibradas – há quem o interprete como sintoma da acumulação de metais pesados no sistema nervoso, possivelmente em resultado de uma intoxicação crónica durante a fase da vida em que fez investigação científica.
Uma queixa frequente dos leitores, tem a ver com as biografias de JCF em livros e catálogos de exposições. Entre outras bizarrias, JCF tinha o hábito bastante irritante de se apresentar como autor já falecido. A verdade é que não é visto em público há muito e não possui perfil no Facebook ou quinta no Farmville, dando azo a que pululem boatos que lhe atribuem ocupações tão diversas como redator dos tweets de Sua Santidade, ou instrutor de badminton e personal shopper de
Kim Jong-un. 

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