de José Carlos Fernandes
Data publicação: 22/05/2014
Páginas: 192 a cores
Sinopse
A obra mais premiada da BD portuguesa, oferece uma visão de conjunto de
uma cidade sem nome, uma mistura da Praga de Kafka, a Nova Iorque de
Ben Katchor e a Buenos Aires de Borges.
Uma desastrada e inepta banda de músicos, de intenções vagamente
jazzísticas e resultados puramente caóticos, ensaia regularmente na cave
de uma alfaiataria. Os seus membros são Sebastian Zorn (saxofone
tenor), Idálio Alzheimer (piano), Ignacio Kagel (contrabaixo) e Anatole
Kopek (bateria). Apesar de ensaiarem há três décadas, nunca conseguiram
actuar ao vivo.
As aventuras destes músicos desprovidos de talento servem ao autor de
pretexto para nos introduzir num mundo repleto de personagens entregues a
ocupações improváveis e preocupações inverosímeis, formando um puzzle
repleto de humor e melancolia que põe em evidência a notável capacidade
de José Carlos Fernandes para retratar o quotidiano.
Este primeiro volume, de um total de dois, recompila os três primeiros
tomos da série: O Quiosque da Utopia, Museu Nacional do Acessório e do
Irrelevante e As Ruínas de Babel.
de José Carlos Fernandes
Data publicação: Junho 2014
Páginas: 168 a cores
Sinopse
Mais de dez anos passados, os painéis de duas páginas permanecem
frescos e brilhantes. Mas José Carlos Fernandes fez mais do que uma
óptima BD. Afirmou-se como uma figura intelectual e artística
importante. Despretensiosamente e com um sorriso no canto dos lábios,
provoca-nos e põe-nos a reflectir com muita seriedade sobre temas
centrais da cultura e sociedade contemporâneas. Assumindo com total
honestidade as suas influências literárias e de outros âmbitos, e com um
formalismo linguístico revelador de uma utopia onírica, o autor conta
com originalidade retalhos da vida, emoções, pequenas revelações,
debatendo-se com a grande muralha do mistério que nos rodeia. E poesia
em tons quentes, após o expediente burocrático. Este segundo volume,
recompila os três últimos tomos da série: A Grande Enciclopédia do
Conhecimento Obsoleto, O Depósito de Refugos Postais e Os Arquivos do
Prodigioso e do paranormal.
José Carlos Fernandes
Nasceu em Loulé, no sul de Portugal. Não teve qualquer formação
artística e se, na infância, manifestou alguma inclinação para o
desenho, nunca a desenvolveu, pois em jovem era assaz preguiçoso e
abúlico.
Despertou tardiamente para a BD quando, em 1989, se deparou, numa
revista, com um anúncio a um curso por correspondência de “Estratégias
de venda porta-a-porta”. Preencheu o cupão respectivo, mas um erro dos
correios fez com que recebesse antes o “Curso de Arte Narrativa
Sequencial em 24 Fascículos”.
Hoje arrepende-se amargamente, pois esta decisão trouxe-lhe pouco
dinheiro e muitas ralações. Apesar de vários avisos sensatos e bem
intencionados, persistiu, até 2006-7, na produção de uma imensa
quantidade de histórias, progressivamente mais lunáticas e
desequilibradas – há quem o interprete como sintoma da acumulação de
metais pesados no sistema nervoso, possivelmente em resultado de uma
intoxicação crónica durante a fase da vida em que fez investigação
científica.
Uma queixa frequente dos leitores, tem a ver com as biografias de JCF em
livros e catálogos de exposições. Entre outras bizarrias, JCF tinha o
hábito bastante irritante de se apresentar como autor já falecido. A
verdade é que não é visto em público há muito e não possui perfil no
Facebook ou quinta no Farmville, dando azo a que pululem boatos que lhe
atribuem ocupações tão diversas como redator dos tweets de Sua
Santidade, ou instrutor de badminton e personal shopper de
Kim Jong-un.
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