terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Romance distópico «O Senhor do Mundo» é publicado esta semana


A 27 deste mês, chega às livrarias, com o cunho da Paulus Editora, o romance O Senhor do Mundo, da autoria do sacerdote anglicano inglês Robert Hugh Benson (1871-1914), Camareiro Papal (para o Papa Pio X) em 1911 e, consequentemente, denominado como Monsenhor.
Tal como os seus dois irmãos, este prolífico autor, escreveu várias histórias de terror, histórias infantis e ficção histórica. O seu romance Lord of the World (O Senhor do Mundo) é considerado como um dos primeiros romances modernos distópicos. Este Clássico da ficção distópica, está no mesmo patamar que Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, e 1984, de George Orwell.

Texto de apresentação
O Senhor do Mundo, de Robert Hugh Benson, é um romance distópico escrito em 1907 que decorre num futuro longínquo. Esta obra apresenta um mundo ameaçado por uma situação iminente, permitindo que um jovem desconhecido ganhe popularidade à escala global e aspire a tornar-se o senhor deste mundo, sendo venerado pelo humanismo de uma falsa religião global, onde se criminaliza qualquer expressão remanescente de uma espiritualidade verdadeiramente transcendente.
O romance combina elementos de ficção científica com uma forte alegoria religiosa, explorando temas como o livre-arbítrio, o fim dos tempos e a luta entre o bem e o mal. Benson utiliza a figura do «Anticristo» para abordar os perigos de uma sociedade que se afasta da fé e adota uma utopia sem Deus. O Senhor do Mundo é um livro com uma mensagem profundamente apocalíptica, repleto de símbolos que incentivam à reflexão sobre as tensões entre fé e modernidade.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Caso Pelicot | O livro sobre o crime que chocou a França e o mundo será publicado em Portugal


Et j'ai cessé de t'appeler Papa
, livro da filha de Dominique Pelicot, que drogava a mulher, Gisèle Pelicot
, para ser violada por homens contratados, vai ser publicado em 16 países, incluindo Portugal.

A Guerra e Paz Editores publica em Fevereiro E Deixei de te Chamar Papá (capa por revelar), o livro de Caroline Darian, cujo progenitor foi condenado no passado dia 19 à pena máxima em França por crimes sexuais contra a ex-mulher, Gisèle, violada por dezenas de homens entre 2011 e 2020.

Pelicot foi também considerado culpado de ter recolhido imagens íntimas sem o consentimento da filha, Caroline, que relata, em E Deixei de te Chamar Papá, o abalo avassalador que foi a descoberta dos inúmeros crimes cometidos pelo seu pai, quando a 2 de Novembro de 2020, recebeu uma chamada da polícia de Carpentras.
A apreensão do material informático de Dominique Pelicot revelou o impensável: desde 2013 que ele drogava a esposa, e entregava-a, inconsciente, e indiferenciadamente, a dezenas de desconhecidos, sem qualquer recompensa.

Num comovente e corajoso testemunho, Caroline Darian alerta ainda para o flagelo da submissão química, um tema até agora praticamente excluído do debate público.

Outro livro que pode interessar:
Consentimento, de Vanessa Springora.

Novidades da Kalandraka para o público adulto

O romance A Uruguaia (novo título da colecção 'Confluências', com tradução de Carla Maia de Almeida), o ensaio Abril é um País (com tradução assinada por Helena Pitta) e Educar Através da Arte (novo volume da colecção de Pedagogia 'ÁGORA K', traduzido por Elisabete Ramos) são os títulos das mais recentes publicações da Kalandraka e da Faktoria K de Livros destinados ao leitor adulto.


Texto sinóptico

O romance que catapultou o argentino Pedro Mairal para a fama, tornando-o numa das grandes vozes da actual literatura latino-americana, promete enredar o leitor nas singulares peripécias do seu protagonista. Esta é a história trágico-cómica de Lucas Pereyra, um escritor que atravessa várias crises - a dos 40, a conjugal e a criativa -, ao mesmo tempo que lida com a atracção e os sentimentos confusos que nutre por uma mulher mais jovem que o faz empreender uma viagem até à capital do Uruguai.

Narrada com leveza, mas também com brilhantismo, e abordando temas como o amor ou a culpa, a responsabilidade ou a libertação pessoal, A Uruguaia, já adaptada ao cinema, é simultaneamente uma viagem sensorial e cultural pela cidade de Montevideu, ao longo da qual se exploram, com humor, as agruras e as expectativas de uma paixão quase adolescente.

O autor
Pedro Mairal (Buenos Aires, Argentina, 1970): Escritor e cronista, despertou a atenção do público com o seu romance Una Noche con Sabrina Love, livro vencedor do prémio Clarín de Novela em 1998, mais tarde adaptado a filme. Tem mais de uma dezena de livros publicados, desde o romance à poesia, passando ainda pelo ensaio ou pelo conto. A Uruguaia, uma tragicomédia sobre a infidelidade, arrecadou o prémio 'Tigre Juan' para melhor romance, em 2017, e chegou também ao cinema. Actualmente, Pedro Mairal é reconhecido como uma das vozes mais originais da literatura da América Latina.



Texto sinóptico
Tereixa Constenla, jornalista e actual correspondente do El País em Portugal, viajou no tempo pelo país de Abril até há cinquenta anos, com o intuito de perscrutar as figuras da nossa Revolução, como o bravo capitão Salgueiro Maia; mas também da luta contra a ditadura, como o jornalista Carlos Albino ou os militantes comunistas Domingos Abrantes e Conceição Matos.
A partir dos arquivos de Natércia Salgueiro Maia, entre outros, e de cerca de vinte entrevistas a alguns capitães de Abril, como José Manuel Costa Neves ou Vasco Lourenço, e a escritoras, como Lídia Jorge ou Paulina Chiziane, a autora logra um retrato vibrante deste acontecimento que fez estremecer o mundo em 1974.
De leitura compulsiva, também pelo estilo cinematográfico de Constenla, Abril é Um País cativa o leitor através do olhar assombrado com que retrata o Portugal asfixiado e tumultuoso da época, em espelho com a ditadura espanhola, e o momento pleno de esperança da sua libertação, não deixando de piscar o olho à nossa actualidade política e social.

A autora
Tereixa Constenla (Espanha, 1968) é, desde julho de 2021, a correspondente do diário El País em Portugal. Com um longo percurso profissional enquanto repórter de temas sociais e mais tarde jornalista cultural, os seus artigos já lhe valeram vários galardões. A par desta carreira, Constenla estreou-se como escritora em 2021 com Cuaderno de urgencias, uma obra autobiográfica sobre o amor e o luto. Abril é Um País é o seu primeiro ensaio, publicado em Espanha em galego e castelhano, por ocasião das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, e agora no nosso país, numa edição revista à luz dos acontecimentos mais recentes e acrescida de novos testemunhos.


Texto sinóptico
A arte como ação criadora é o núcleo deste ensaio, Educar Através da Arte, de Vicente Blanco e Salvador Cidrás, artistas e docentes universitários, especializados na formação de professores. Direcionado não apenas para estes profissionais, mas também para todos os interessados na educação e arte, os autores tecem nele um modelo de trabalho orientado para instigar mudanças no sistema educativo, com enfoque no ensino artístico.
A partir de experiências concretas na sala de aula, no intuito de balizar as crenças e as problemáticas metodológicas instituídas e inibidoras da criatividade e do desenvolvimento pessoal, Blanco e Cidrás defendem alternativas que valorizem a diversidade e a diferença, o espírito crítico e a autonomia dos discentes, ao mesmo tempo que demonstram que é possível transformar o mundo, servindo-se muito simplesmente de papel ou barro, desenho ou colagens, mas acima de tudo da imaginação.

Os autores

Vicente Blanco (Santiago de Compostela, 1974);
Salvador Cidrás (Vigo, 1968).
Licenciados pela Faculdade de Belas-Artes de Pontevedra, artistas multidisciplinares especializados em vídeo, desenho, escultura e instalação. Os seus trabalhos já estiveram expostos nos mais importantes museus de arte contemporânea de Espanha, mas também em cidades como Berlim, Amesterdão, Nova Iorque, Tóquio ou Los Angeles.
Professores na área de Expressão Plástica da Universidade de Santiago de Compostela e na Faculdade de Formação de Professores de Lugo.

sábado, 21 de dezembro de 2024

LeYa publica 3.ª edição actualizada de «Burn Out», de João Bravo


Em Janeiro, a Casa das Letras (uma chancela da LeYa) lança a 3.ª edição actualizada de Burn Out, livro onde é apresentado aos leitores um tratamento natural para o stresse, a ansiedade e a depressão.
O autor, o Dr. João Bravo, formou-se em Naturopatia e Osteopatia, com especialização na área de alimentação e suplementação por patologia. Fez diversas especializações na área da nutrição por patologia, diagnóstico diferencial por imagem digital, terapia da dor e tratamento da obesidade aplicada à medicina natural.
É autor dos livros Perca Peso Já e Ganhe Saúde (2012), Plano de 4 Semanas para Perder Peso (2013) e Dieta Bravo (2016).

Sinopse
Estamos no apogeu da medicina e da psiquiatria, mas nunca estivemos tão doentes. O esgotamento está a tornar-se uma epidemia em todo o mundo. Nunca na história de toda a humanidade foram prescritos tantos ansiolíticos, antidepressivos e medicamentos para o cansaço como na atualidade. Mesmo assim, existem cada vez mais pessoas a sofrer deste problema e a tentar encontrar uma solução para o resolver. Cansaço, irritabilidade, insónia, dores musculares, depressão, ansiedade, dores de cabeça, nervosismo, diminuição de apetite sexual, incapacidade de resolver problemas e confusão mental, são alguns dos problemas que condicionam a qualidade de vida de cerca de 90% da população. Este problema tem uma solução que não passa somente pela ingestão de fármacos como, por exemplo, antidepressivos ou ansiolíticos, mas inclui também mudanças comportamentais e alimentares, a ingestão equilibrada de alguns nutrientes, que são indispensáveis para o correto funcionamento do cérebro e de todo o nosso organismo, bem como outras questões que são abordadas.
Este livro coloca o leitor diante de um universo em que as descobertas vão muito além dos conceitos tradicionais de saúde e cura. Propõe uma abordagem holística para o leitor compreender a raiz do problema, bem como alternativas para o resolver. O stresse, o medo e ansiedade são conhecidos dentro da medicina convencional e alternativa por causarem e agravarem várias doenças no corpo físico e alterações no estado mental. Mas como e por que razão isso acontece? A resposta a esta e outras questões foi a principal motivação da elaboração deste livro, cujo principal objetivo é ajudá-lo a recuperar rapidamente o seu estado normal de energia, saúde plena e bem-estar físico e emocional. E viver neste estado de forma permanente.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Obra completa de Clarice Lispector começa a ser publicada em Portugal a partir de 2025

A 20 de Janeiro próximo, chega às livrarias quatro livros de Clarice Lispector, escritora brasileira nascida em 1920 e falecida a 1977.
Numa celebração continuada da mais icónica, disruptiva, reverenciada e ousada escritora brasileira do século XX, a editora Companhia das Letras anunciou a publicação da sua obra completa
.
Escritos ao longo de quase quatro décadas, desta autora
intemporal estão publicados no Brasil cerca de vinte livros de ficção (entre romance e conto), vários volumes de crónicas, correspondência e artigos, e cinco livros infanto-juvenis. Autora de uma obra de incomparável relevância e acolhida nas mais prestigiadas editoras de todo o mundo, Clarice Lispector é um ícone da literatura.

Relembrar que a biografia de Clarice Lispector, À Procura da Própria Coisa, da autoria de uma das maiores especialistas na sua vida e obra, encontra-se publicada desde Janeiro de 2023 pela editora Narrativa.

Há livros que desviam para sempre o curso de uma literatura inteira. Não o fazem sozinhos - ora ecoam as vanguardas da sua época, ora rasgam preceitos vigentes; em casos mais raros, antecipam um certo futuro. É assim com Perto do coração selvagem, romance de estreia de Clarice Lispector. Publicado no ano em que a escritora completou 23 anos, conta a história de Joana: desde a infância marcada pela morte do pai e pela solidão do colégio interno, até à idade adulta, com um casamento longe do sonhado, a maternidade, a paixão por um homem enigmático e, por fim, uma inevitável dispersão do eu, da identidade, do rumo da vida.
Joana é uma mulher supremamente livre, não confinável aos limites do seu tempo, indisponível para conter a sua voz, o seu pensamento ou o seu desejo vital, determinada a não dar passos que não sejam os seus rumo ao coração da existência. Enquanto acedemos à intimidade desta criação de Clarice - por entre admiráveis epifanias e monólogos interiores - chegamos mais perto da genialidade da sua criadora.
Dialogando, mesmo se inadvertidamente, com Virginia Woolf, Hermann Hesse ou James Joyce, na reflexão sobre as inquietações da modernidade, este romance subsiste como um clarão na literatura em língua portuguesa, valendo a Clarice Lispector toda a admiração dos leitores, da crítica e dos pares.

Excerto
«É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. […] Sinto quem sou e a impressão está alojada na parte alta do cérebro, nos lábios — na língua principalmente —, na superfície dos braços e também correndo dentro, bem dentro do meu corpo, mas onde, onde mesmo, eu não sei dizer.»

Revisitação de pontos centrais no universo literário de Clarice Lispector, Água viva é pura incandescência da inventividade e da linguagem. Uma enigmática voz feminina - toda audácia, delírio e sedução - conduz a narrativa. Esta mulher, cujo nome não sabemos, deseja mudar de ofício e tornar-se escritora. Ela é um eu que reivindica a ocupação de um espaço e de um tempo, que se dirige a um tu misterioso e que propõe o ousado alinhamento de humanos e bichos, natureza e linguagem, rumo ao centro da vida, que Clarice perseguiu em todas as suas obras.
Contestando limites e sem cedências à convenção, este livro inaugura um espaço partilhado entre quem escreve e quem lê: nesta mulher, na sua inquietação ou na sua letargia, nas suas fraturas ou nas suas pulsões, reconhecemos uma humanidade em estado bruto. O tom fragmentário é contrariado por uma cadência de demandas e reflexões tão profundamente individuais como peremptoriamente universais. Um livro desconcertante, que oferece uma hipótese de fusão entre escrita e leitura, forma e tema, corpo e pensamento: radicalmente inovador, ao suspender as fórmulas de representação romanesca, e irresistivelmente transgressor, na exposição das costuras da ficção e da voz lírica.
Água viva é um triunfo de Clarice Lispector, que aqui ensaia uma nova escrita de si e do mundo.

Excerto
«Na minha noite idolatro o sentido secreto do mundo. Boca e língua. E um cavalo solto de uma força livre. Guardo-lhe o casco em amoroso fetichismo. Na minha funda noite sopra um louco vento que me traz fiapos de gritos. Estou sentindo o martírio de uma inoportuna sensualidade. De madrugada acordo cheia de frutos. Quem virá colher os frutos de minha vida?»


Conhecemo-la pelas enigmáticas iniciais - o nome, nunca chegaremos a descobrir. G.H., independente e segura das suas escolhas, é uma escultora bem relacionada nos círculos do Rio de Janeiro. Numa manhã igual a outras, o seu mundo vai expandir-se depois de se pulverizar. Primeiro, a sua empregada despede-se; em seguida, G.H. decide limpar o quarto que ela habitava: um espaço vazio e imaculado. É aí que acontece um encontro epifânico com uma barata que rasteja de dentro de um armário. Perante a visão do inseto, G.H. submerge num questionamento existencial agudo, rasga fronteiras, põe em causa o seu lugar no universo e, num sentido mais extremo, a sua própria humanidade.
Tendo como núcleo uma experiência-limite e como clímax um episódio chocante, A paixão segundo G.H. é o teatro anatómico da condição humana: disseca pulsões primordiais (desejo, medo, transgressão), ao mesmo tempo que convida o leitor à travessia de um mundo oculto. Depois da descida ao inferno, e por entre as ruínas daquilo em que antes acreditava, irrompe, afinal, o gesto humano mais elementar: o combate pela vida.
Um dos mais célebres romances de Clarice Lispector, A paixão segundo G.H. é um prodígio da imaginação e do engenho literário. Uma história tão inquietante quanto luminosa.

Excerto
«Vida e morte foram minhas, e eu fui monstruosa. […] Durante as horas de perdição tive a coragem de não compor nem organizar. E sobretudo a de não prever. Até então eu não tivera a coragem de me deixar guiar pelo que não conheço e em direção ao que não conheço […]. Minhas previsões me fechavam o mundo.»

Derradeiro livro de Clarice Lispector, Um sopro de vida é uma indagação sobre o sentido da existência e o ato de escrever em liberdade. Recorrendo a um artifício encantatório, a escritora coloca em diálogo um Autor e a sua personagem, a indefinível e esquiva Ângela Pralini, que já conhecemos de outro livro. Um homem e uma mulher, ambos escritores, que se contemplam e se questionam no reflexo um do outro. Ao meditarem sobre as suas crises criativas e o papel que lhes reserva o mundo fora das páginas, acabam por instalar a dúvida no leitor. Quem é criador e quem é criatura? Qual deles está mais perto da própria Clarice? Qual dos fios escolhemos acompanhar, a ficção, a ideia fictícia ou o universo único de uma escritora única?
Clarice Lispector trabalhou neste livro durante os últimos anos de vida, desvelando o intenso diálogo que se estabelece também entre a escritora e a sua criação literária. Publicado postumamente, Um sopro de vida ilumina a pulsação de uma escrita que não tem par na língua portuguesa, e permanece como legado de um projeto literário disruptivo, intemporal e sempre admirável. 

Excerto
«Tenho medo de escrever. É tão perigoso. Quem tentou, sabe. Perigo de mexer no que está oculto — e o mundo não está à tona, está oculto em suas raízes submersas em profundidades do mar. Para escrever tenho que me colocar no vazio. Neste vazio é que xisto intuitivamente. Mas é um vazio terrivelmente perigoso: dele arranco sangue.»

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

«Os Supridores» é o título do novo livro da Europa-América


José Falero
nasceu em 1987, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. É autor de Vila Sapo, uma elogiada compilação de contos sobre o quotidiano das classes mais pobres do Sul do Brasil e do livro de crónicas Mas em que mundo tu vive?

Os Supridores é o seu primeiro romance com o qual venceu em 2021 o Prémio AGES e o Prémio da Academia Rio-Grandence de Letras. Esta obra já tem os direitos vendidos para ser adaptada para o meio audiovisual, mas ainda não tem prazo de lançamento e formato definido.
Após Eu Matei um Cão na Roménia e Mesmo Antes do Fim, este é o novo título a ser publicado pela Europa-América.

Texto sinóptico
Pedro e Marques trabalham como repositores no supermercado Fénix em Porto Alegre.
Revoltados com a falta de mobilidade social apesar do trabalho árduo, cansados de ganhar pouco e desiludidos pela falta de perspetivas de um futuro melhor, criam um plano infalível que é também a única opção para melhorar de vida: vender marijuana de qualidade.
Aproveitando as oportunidades para suprir a necessidade de mercado o plano dá certo e o negócio cresce. Mas serão capazes de vender droga e ainda assim saírem ilesos?
Narrado com mão segura, misturando a voz culta com a oralidade expressiva dos subúrbios de Porto Alegre, Os Supridores é um romance sobre a sobrevivência, a pobreza e a procura de melhores condições de vida.  Mas é também uma sátira à mobilidade social e um retrato único, cativante e muitas vezes bem-humorado de personagens que normalmente nos passam despercebidos no quotidiano das grandes cidades.
Os Supridores é muito mais que um livro. É um triunfo da novíssima literatura brasileira.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Novas publicações para os leitores românticos: «A Quinta das Árvores de Natal» e «A Livraria dos Segredos»

De Laurie Gilmore, autora dos romances O Café Pumpkin Spice e A Livraria Cinnamon Bun, a Quinta Essência - uma chancela da LeYa - publicou no final de Novembro A Quinta das Árvores de Natal, uma proposta ideal para ler nesta época natalícia.

Poderão todos os sonhos de Natal tornar-se realidade?

Kira North odeia o Natal. O que é uma pena, pois acabou de comprar uma quinta de árvores de Natal numa cidade demasiado acolhedora.
Bennett Ellis está de férias em Dream Harbor, a fazer uma pausa da sua vida. Mas, por obra do destino, Ben vê-se preso na quinta, pela neve, com a proprietária rabugenta.
Será que a magia da época vai fazer com que estas duas almas perdidas tenham um Natal que recordarão para sempre?


Pela Chá das Cinco - uma chancela da Saída de Emergência - saiu também há dias A Livraria dos Segredos. Esta obra, que que traz uma mensagem de esperança, é da autora britânica de vários romances bestsellers Jenny Colgan.


Quando a loja onde Carmen sempre trabalhou encerra definitivamente, ela sente-se perdida. E quando a sua irmã Sofia menciona uma oportunidade em Edimburgo — numa adorável livraria na parte velha da cidade —, Carmen fica relutante, uma vez que nunca aceitou de bom grado a ajuda dos outros. Mas, sem mais opções, acaba por se mudar apenas um mês antes do Natal.

O que Sofia não lhe contou é que a livraria está a dar as últimas e que se Carmen não conseguir ajudar a dar a volta à situação até ao Natal, o dono será obrigado a vendê-la. Sofia tem a certeza de que será preciso muito mais do que um milagre para salvar a loja. Mas talvez neste Natal… Carmen surpreenda toda a gente.

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

A estreia de Roberta Recchia, com um romance sobre amor, perda e resiliência


Recentemente, a Porto Editora fez chegar aos leitores a estreia literária de Roberta Recchia, autora nascida em Roma em 1972. Toda a vida que resta, com tradução portuguesa de Pia Mastrangelo e Carlos Alberto Almeida Paiva, tem os direitos vendidos para 15 países.
Com uma narrativa delicada e sensível, autora italiana explora a profundidade das emoções humanas num momento de tragédia, destacando o poder restaurador do amor e da conexão humana. Roberta Recchia, que actualmente é professora de Inglês, aborda temas difíceis como a perda de um filho e o luto.
A crítica literária já se rendeu ao seu talento - o romance, que no dia de hoje tem uma pontuação de 4.51 no Goodreads, é descrito como o fenómeno literário de 2024 em Itália -, pois consegue criar personagens complexas e situações emocionais que reverberam com a realidade de muitas famílias.

Texto sinóptico
Toda a vida que resta é um romance precioso e íntimo, que explora os mecanismos da vergonha e do luto, mas sobretudo do carinho e do cuidado, trazendo-os à tona com uma delicadeza surpreendente. No encantador cenário de Roma dos anos 50, Marisa e Stelvio apaixonam-se e constroem uma família com muito amor, a lembrar os clássicos do cinema a preto e branco. Mas o seu mundo é arrasado por uma tragédia: a sua amada filha Betta, de 16 anos, é assassinada. Todos perdem o chão. O carinho e a cumplicidade desaparecem e fica apenas a dor e a mágoa por uma filha que se perdeu para sempre. Miriam, a prima tímida e introvertida de Betta, não só presenciou a sua morte, como também ela foi, nesse dia, vítima de uma violência indescritível. Mas carregou sozinha o fardo desse terrível segredo. Quando julgava ser incapaz de continuar, encontra Leo, um jovem dos subúrbios, que traz uma nova luz à sua vida: o início de um amor que irrompe onde ninguém ousara olhar.