David Eagleman (n. 1971) é escritor,
neurocientista e professor no departamento de Psiquiatria e Ciências
Comportamentais da Universidade de Stanford. É também CEO da Neosensory,
uma empresa especializada em hardware para neurociências. Depois de
cair de um telhado, começou a interessar-se pela perceção neuronal do
tempo, que se tornaria um dos campos centrais das suas investigações,
tal como a neuroplasticidade, sinestesia e neurologia criminal.
O Cérebro em Ação é o título do seu mais recente livro, que chega à rede de livrarias nacionais a 1 de Junho.
Vítima de uma doença neurológica raríssima, Matthew começou a ter convulsões muito frequentes. Aos seis anos, o seu estado era tão grave que os médicos propuseram uma solução radical: retirar-lhe metade do cérebro. Os pais aceitaram. E a criança, que depois da operação até a fala perdeu, é hoje um adulto saudável. Como é possível viver sem metade do cérebro? Ou aprender a "ver" com o tacto quando se fica cego? Ou tornar-se o melhor arqueiro do mundo sem ter braços? A resposta reside na extraordinária capacidade que o cérebro humano tem de se "reprogramar" constantemente, de se moldar uma e outra vez em função das condições que o rodeiam. Nos anos 80, por exemplo, os ecrãs verdes dos computadores levaram a que muitas pessoas começassem a ver o mundo em tons avermelhados. Esse tipo de resposta adaptativa é a mesma que nos permite aprender várias línguas. Ou ler este texto.
David Eagleman, professor de Neurociências na Universidade de Stanford, volta a proporcionar-nos uma visita guiada ao interior da nossa caixa craniana. Mas em vez de nos mostrar o que é o cérebro (como tinha feito em O Cérebro, À Descoberta de Quem Somos), foca-se na sua plasticidade, nos processos que levam à sua constante transformação. Com recurso a histórias, estudos e imagens, O Cérebro em Ação sintetiza com clareza tudo o que de mais importante se sabe hoje sobre a neuroplasticidade e desvenda-nos o futuro da Neurociência, as suas incríveis possibilidades tecnológicas.
Do mesmo autor: Incógnito e Cogito Ergo Sum (ambos esgotados).