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domingo, 26 de outubro de 2014

«A Inutilidade do Sofrimento», de María Jesús Álava Reyes

Data Publicação: 2006 (1.ª edição); 2011 (32.ª edição)  
N.º de Páginas: 288

Contratempos, imprevistos e dificuldade em resolver problemas que deixam-nos desgastados física e emocionalmente. Todos já passamos por esses momentos. E se fosse possível ultrapassarmos esses acontecimentos dolorosos — que são inevitáveis e que não há dinheiro que os possa “apagar” do nosso destino —, por mais “negros” e intensos que sejam, primeiro aceitando-os e depois mentalizarmos que todas as vicissitudes da nossa existência são provações que potenciam o nosso crescimento e maturidade (resiliência)? Será que podemos sentir-nos bem, embora a realidade que vivamos seja difícil? «O crucial não é o que “nos acontece”, mas o que pensamos em cada momento», é o que afirma a autora espanhola María Jesús Álava Reyes, uma das psicólogas mais lidas em Portugal, no livro A Inutilidade do Sofrimento, publicado há oito anos e que já vendeu mais de 50.000 exemplares, só em território nacional. Podemos sentir-nos bem connosco apesar das nossas circunstâncias, é um princípio-chave do livro, que recorda-nos que a vida é 10% o que nos ocorre e 90% como reagimos a esses acontecimentos.
Se o importante na vida são os pensamentos, não os acontecimentos, sofrer inutilmente é um exercício que podemos deixar de nos submeter, constantemente, pois não faz sentido passar-mos a vida a lamentarmo-nos das coisas que não podemos realmente mudar. Ao passar-mos da reacção à acção dá-se o nome de proactividade, então sejamos um pouco mais racionais e não nos deixemos que a dor possa vencer. No cap. 2 é-nos alertado sobre a importância de termos esperança, de criarmos novos objectivos constantemente e de termos uma nova missão na vida sempre em mente: «É difícil viver sem dinheiro e mais ainda sem saúde, mas impossível viver sem esperança.» (p. 103) Num dos capítulos seguintes, «Regras de Ouro», a autora enumera 14 regras que nos podem ajudar a não sofrer inutilmente como: acreditar em nós próprios, não insistir nos erros de sempre e fomentar o sentido de humor. No penúltimo capítulo são descritas técnicas como «A paragem do pensamento», que segundo Reyes podem ajudar a colmatar e substituir alguns padrões de pensamento “viciosos” e que têm por fim potenciar o cultivo de uma atitude mental em prol do nosso bem-estar.
Ao longo dos 8 capítulos que compõem a obra a autora faz uso de uma escrita acessível, explícita e objectiva, fazendo chegar com facilidade as suas mensagens de psicologia positiva aos leitores. A menção de relatos de vários casos de sucesso de pacientes que passaram pelo seu consultório clínico e que ultrapassaram os seus “sofrimentos”, são um dos pontos fortes de A Inutilidade do Sofrimento, actualmente na sua 33.ª edição. As Três Chaves da Felicidade (Setembro 2014) é o mais recente livro de María Jesús Álava Reyes, dos sete que encontram-se editados pela Esfera dos Livros.


Excertos
«Não são os acontecimentos da nossa vida que determinam o nosso presente ou o nosso futuro, são os nossos pensamentos que provocam que, nesse momento ou ao cabo dos anos, ainda nos sintamos mal.» (p. 62)

«É fácil deixarmo-nos levar pelo abatimento e pessimismo quando nos encontramos em momentos penosos e tristes; somos humanos e, como tal, sentimo-nos fracos e muitas vezes impotentes, mas uma das ideias erradas mais arraigadas e que mais enganos suscita é pensar que “os outros” são os responsáveis da nossa felicidade.» (p. 127)

«A felicidade não está na dor, mas na superação da dor, das dificuldades e dos obstáculos que nos impedem de desfrutar da autêntica essência do ser humano.» (p. 232)



11 comentários:

  1. Livro para quem quer saber como lidar com os problemas.

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  2. Livro para quem quer saber como lidar com os problemas.

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  3. Livro para quem quer saber como lidar com os problemas e com o sofrimento.

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  4. um livro que adoraria ler, particularmente considerando as boas críticas que tem recebido!

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  5. Como adorava ganhar este livro eu que perdi a minha mãe num imenso sofrimento!

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  6. Era um livro que precisava de ler neste momento.

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  7. Li há vários anos, quando a autora o apresentou em Coimbra e gostei.De vez em quando, como faço com muitos outros livros de que gosto, pego nele e leio excertos...

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  8. Eu preciso de ler este livro já.São de facto as nossas decisões que moldam o nosso futuro.O pequeno excerto da pág.127 é a mais pura das verdades.
    Sérgio

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