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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Quetzal publica «O Rei Pálido», o testamento literário do genial David Foster Wallace

Após a publicação em Novembro de 2012 de A Piada Infinita e de em Outubro de 2013 Uma Coisa supostamente Divertida Que nunca mais Vou Fazer, a Quetzal publica a 7 de Novembro O Rei Pálido. Esta obra inacabada publicada três anos após a morte de David Foster Wallace (1962 - 2008) foi uma das três finalistas do Prémio Pulitzer 2012 na categoria de Ficção.
O Rei Pálido
de David Foster Wallace

Data publicação: 7/11/2014
Páginas: 648
Editora: Quetzal
Título original: The Pale King (Little, Brown & Co, 05/04/ 2011)

O livro
O aborrecimento. Se há alguém capaz de escrever um grande romance sobre este tema é certamente David Foster Wallace: o aborrecimento e os seus efeitos sobre o espírito.
Em A Piada Infinita, explorava o entretenimento e o prazer - que obliteram a dor; aqui, em O Rei Pálido, Wallace leva até às últimas consequências a observação e o estudo da tristeza, da monotonia, do tédio. E, para isso, não poderá haver ambiente mais natural e propício do que a Autoridade Tributária, um centro regional de processamento de IRS algures no Midwest. O Rei Pálido foi publicado postumamente e editado a partir dos manuscritos encontrados - doze capítulos prontos e outros ainda em construção -, seguindo-se as anotações do autor ou apenas a lógica interna do texto.
A crítica Michiko Kakutani considera este trabalho de Wallace o mais imediato em termos emocionais, e aquele em que o autor se relaciona mais intimamente com a sua dificuldade em navegar a vida de todos os dias.

Excerto
«A felicidade - uma combinação de alegria + gratidão, a cada segundo que passa, pela dádiva de estarmos vivos, conscientes - encontra-se do outro lado de um aborrecimento absolutamente aniquilador. Prestem toda a atenção à coisa mais entediante que forem capazes de descobrir (declarações fiscais, golfe na televisão) e vão ser inundados por ondas de um aborrecimento como nunca sentiram e que vos vai praticamente matar. Mas, se conseguirem sobreviver a isso, será como passar do preto e branco para a cor. Como água depois de vários dias no deserto. Uma felicidade constante em cada átomo.»
aqui outros 3 excertos do livro.

Críticas de imprensa
«Eleva-se (…) até qualquer coisa como grandiosidade.»
The Guardian

«O Rei Pálido será contínua e minuciosamente analisado por fãs de longo curso, por causa da luz reflexiva que derrama sobre a obra de Wallace e sobre a sua vida.»
The New York Times
O autor
David Foster Wallace nasceu em 1962, Ithaca, Nova Iorque. Estudou Inglês e Filosofia, e, durante a adolescência, foi praticante federado de ténis, uma atividade que viria a ser essencial na sua obra de ficção e de não ficção. Publicou o primeiro romance, The Broom of The System, em 1987. O segundo romance só apareceu nove anos depois, na forma das mais de mil páginas da colossal, delirante e inovadora A Piada Infinita (Quetzal, 2012). No período entre a publicação dos dois romances, Wallace deu aulas de literatura no Emerson College, em Boston, escreveu contos e artigos para a imprensa. As coletâneas de ensaios e de artigos jornalísticos Uma Coisa supostamente Divertida Que nunca mais Vou Fazer (Quetzal, 2013) e Pensem na Lagosta (2005) confirmaram Wallace como um dos escritores mais originais da sua geração, capaz de transformar um texto sobre o tenista Roger Federer numa obra de arte. O sucesso e o reconhecimento da crítica e do público não aliviaram, porém, os problemas de depressão que Wallace enfrentou ao longo de toda a vida. Em 2008, com apenas 46 anos, David Foster Wallace suicidou-se. Com base no trabalho que deixou incompleto, o seu editor norte-americano decidiu publicar, em 2011, o romance póstumo The Pale King, o testamento literário de um génio da literatura universal.

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