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sábado, 31 de março de 2018

Clube do Autor publica romance finalista do Man Booker Prize 2017


Fiona Mozley foi finalista do Man Booker Prize de 2017 com Elmet – Vidas Desencantadas, livro que recebeu bons elogios de várias publicações e está nomeado para o Women's Prize for Fiction/2018. A edição portuguesa, a cargo da Editora Clube do Autor, chega às livrarias no dia 4 de Abril.
Segundo a editora, esta obra «é um romance belo, selvagem e inquietante sobre as dicotomias do ser humano, os contrastes da realidade, o sentido de pertença, o amor da família e a violência que todos temos dentro de nós» e «Uma história sobre família, amor e violência; uma análise à sociedade contemporânea, ao indivíduo e à realidade, aos conceitos de classe às discrepâncias entre quem somos e quem somos capazes de ser.»

Sinopse
Nas suas páginas acompanhamos a viagem de Daniel para Norte. A vida simples que levava com a irmã Cathy e o pai desapareceu; tornou-se ameaçadora e sinistra.
Viviam os três à margem da sociedade, numa casa que o pai construíra no bosque, caçando e procurando comida. O pai dissera-lhes que a pequena casa em Elmet era deles, mas afinal isso não era verdade. E alguns homens daquela terra, gananciosos e vorazes, começaram a vigiá-los de perto.
O pai é pugilista e um homem gigante. Cathy é como o pai: feroz e com uma raiva que permanece à flor da pele. Danny é como a mãe: gentil e sensível. Os três juntos vivem felizes e tranquilos. Mas às vezes, quando o pai desaparece, volta com fúria nos olhos. Em casa encontra sempre paz, mas a violência que guarda dentro parece aumentar cada dia mais…

Elogios da imprensa internacional
«Uma estreia notável que revela a vida à margem da sociedade. Uma história evocativa e sombria que não se consegue esquecer.» Financial Times

«Um livro que é uma explosão silenciosa, requintado e inesquecível.» The Economist

«Um noir rural contemporâneo e fundador, impregnado de literatura e lendas da paisagem da região e da sua história medieval.» The Guardian
Lê outras críticas sobre Elmet - Vidas Desencantadas, aqui.
 www.clubedoautor.pt 

sexta-feira, 30 de março de 2018

Novidades Desenvolvimento Pessoal

Durante a primeira quizena de Abril, seis novos livros irão preencher as estantes das livrarias da secção de desenvolvimento pessoal, saúde e bem-estar.
O Novo Gestor-Minuto, de Ken Blanchard e Spencer Johnson
O método de gestão de maior sucesso do mundo

Reload. Menos stress. Melhor performance, de José Soares
Estratégias para minimizar o stress e o cansaço provocados por um ambiente profissional desgastante

A Equação da Felicidade, de Mo Gawdat
Resolva ser feliz


A Dieta do Cérebro, de Martha Clare Morris
Contém 80 receitas com informação detalhada sobre o metabolismo e o valor nutricional de vários alimentos

O Poder da Sensibilidade, de Kathrin Sohst
Como identificar as pessoas altamente sensíveis e o que podemos aprender com elas

A Vida em Cinco Minutos, de Julio Bevione
Doses diárias de inspiração para transformar a sua vida

quarta-feira, 28 de março de 2018

«No Fundo do Lago», de Joseph Kuefler

Editora: Bizâncio
Data de publicação: 19/03/2018
N.º de páginas: 40

A imaginação e o talento criativo do americano Joseph Kuefler reuniram-se e dessa junção nasceu em 2015 o seu livro de estreia: Beyond the Pond, agora apresentado ao público português sob o título No Fundo do Lago. Esta é a história sobre um menino aventureiro e sonhador.
Ernesto está entediado. Na casa banal onde vive nada acontece. Não tem com quem brincar, a não ser com o seu cão. Um dia, ele decide explorar as profundezas do lago em frente à sua casa. Após testar, com um pau, um anzol e uma pedra, que esse lago não tem fundo, o rapaz fica empolgado e decide mergulhar nessas águas incógnitas para conhecer o que lá em baixo se esconde. Apetrechado com o seu «material de explorador», constituído por barbatanas, binóculos, uma lanterna, uma lupa e uma máquina fotográfica, ele o seu amigo de quatro patas mergulham no lago. Após deslumbrarem-se com todo o conjunto diferenciado de organismos vivos do meio oceânico, e de emergirem no outro lado do lago, onde encontram também um novo mundo, ambos regressam, mas para Ernesto «o [seu] mundo já não era o que tinha deixado».
A narrativa de No Fundo do Lago passa a mensagem de que o sonho e a imaginação fazem parte integrante da vida, e que devemos ser corajosos, desbravar novos caminhos para avistar novos horizontes. Esta é uma história ideal para estimular a imaginação dos mais pequenos. O autor, com o auxílio de ilustrações com cores azuladas e vívidas, e fazendo uma simbiose entre as suas aguarelas e imagens digitais, apresenta uma história simples e que nos faz ter confiança em seguir os nossos objectivos.
Depois deste álbum, Joseph Kuefler escreveu e ilustrou Rulers of the Playground (2017) e The Digger and the Flower (2018).

terça-feira, 27 de março de 2018

«A Mulher Inocente», de Amy Lloyd, é um dos destaques da Planeta para Abril

A Mulher Inocente, de Amy Lloyd (à venda a 17 de Abril)
Um thriller que explora as fragilidades humanas e como as influências exteriores, que podem ser enganadoras, fazem com que possamos tomar decisões precipitadas e sem nexo.

«Adorei A Mulher Inocente, bem feito e convincente. Manteve-me a adivinhar e embrenhada! 5 estrelas!» C.J. Tudor, autora de O Homem de Giz

«Escrito com coragem, o livro capta com habilidade a natureza da obsessão e as suas consequências e culmina num clímax que Patricia Highsmith teria admirado.» The Daily Mail


A Vida com um Cão é Mais Fácil, de Emilio Ortiz (à venda a 3 de Abril)
Um extraordinário relato de Emilio Ortiz, que é cego e tem muita experiência com o seu cão-guia, que vai ajudar a entender melhor o mais fiel amigo e a perceber como funciona o seu cérebro, para interpretar os seus hábitos e emoções.


Opção B, de Sheryl Sandberg e Adam Grant (à venda a 3 de Abril)
Da directora de operações do Facebook, um livro poderoso, inspirador e prático sobre como ultrapassar o sofrimento e seguir em frente, depois de enfrentar adversidades na vida.

«Recomendo a todos este livro inspirador. Nenhum de nós pode escapar à tristeza, à perda, ou às decepções da vida, pelo que a nossa melhor opção é encontrar a nossa Opção B.» Malala Yousafzai
 www.planeta.pt 

domingo, 25 de março de 2018

Novos romances acabados de publicar (ou que o serão em breve)

O Que Perdemos
de Zinzi Clemmons
Criada na Pensilvânia, Thandi vê o mundo da infância da sua mãe em Joanesburgo demasiado longínquo, mas ao mesmo tempo indelevelmente presente. Sente-se diferente onde quer que vá, no intervalo entre ser branca e negra, americana ou estrangeira. Tenta juntar todas estas peças da sua vida e, enquanto a sua mãe sucumbe ao cancro, Thandi procura por uma âncora: alguém, algo, para amar.
Numa prosa perturbadora e fugaz, acompanhamos a vida de Thandi, desde a perda da mãe à habituação de viver num mundo sem a figura que moldou a sua existência, até às suas aventuras românticas e maternidade inesperada. Através de pequenas descrições, Clemmons cria um retrato fabuloso sobre a força de escolher viver depois de enfrentarmos uma grande perda.


Longe do Paraíso
de Sacha Sperling
Num subúrbio de San Diego, debaixo do sol da Califórnia, vive Mona. Presa de uma adolescência inútil, Mona quer um destino. Seja qual for. E Kim, cujos saltos ressoam no alcatrão de Los Angeles? Passo rápido, alguém que sabe para onde vai. Por fim, Holly. O rosto finge prazer e dor, o cérebro fica adormecido, o corpo em off. Uma colisão silenciosa. O plano: fugir. De uma mãe irreconhecível, de um subúrbio lúgubre, de um corpo precioso. Fugir, arrasando todos os homens que se intrometam entre si e o sucesso fácil e secreto.
Numa escrita despojada mas sempre sedutora, Sacha Sperling, uma das vozes mais jovens e vibrantes da nova literatura francesa, traça uma narrativa perturbadora à qual é impossível resistir. A pornografia vista do outro lado da câmara e um desejo de vingança.


Não Matem o Bebé
de Kenzaburo Oe
Aos vinte e sete anos, Passarinho ainda não perdeu a alcunha de infância e passa os dias a sonhar com uma viagem de aventuras pelo continente africano, mas depois de casado e com um trabalho estável que o sogro lhe arranjara como professor de inglês numa escola particular, parece ver as raízes cravarem-se cada vez mais fundo. É então que nasce o seu primeiro filho: com metade do cérebro fora do crânio e uma esperança de vida que pode não passar de dias. O primeiro impulso é fugir. Com uma garrafa de Johnnie Walker em punho, toca à campainha de Himiko, sua antiga colega de faculdade, e procura abrigo no passado, enquanto no hospital se define o seu futuro. Escrita em 1964, esta é provavelmente a mais pessoal das obras de Kenzaburo Oe e um dos seus mais importantes romances, anunciando já então a originalidade e a força poética que lhe mereceriam trinta anos mais tarde, em 1994, a atribuição do Prémio Nobel da Literatura.


Tudo o Que Queres Que Eu Seja
de Mindy Mejia
Hattie Hoffman passou toda a vida desempenhando diversos papéis: boa aluna, boa filha, boa namorada. Mas Hattie quer mais, algo maior, enfim, algo que se revela extremamente perigoso. Quando é encontrada brutalmente apunhalada até a morte, a tragédia desfaz a comunidade da pequena cidade.
Em breve, vem à tona que Hattie estava envolvida num relacionamento secreto, altamente comprometedor e potencialmente explosivo. A questão é: alguém sabia? Até onde poderiam ter ido para lhe pôr fim? O namorado de Hattie parece ter ficado perturbado com a sua morte, mas terá ele ficado tão apaixonado que ela se tornou uma obsessão? Ou a natureza impulsiva e temerária de Hattie simplesmente a pôs no lugar errado à hora errada, levando-a a uma morte violenta às mãos de um estranho?
Cheio de reviravoltas, seguimos a reconstrução de um ano na vida de uma jovem perigosamente cativante, no decurso do qual os segredos mais sombrios de uma pequena cidade vêm ao de cima... e ela fica cada vez mais perto da morte.


Lição de Tango
de Sveva Casati Modignani
Giovanna e Matilde são as duas protagonistas de Lição de Tango. Aparentemente não têm nada em comum, a não ser o facto de viverem no mesmo bairro de Milão e se cruzarem, por vezes, na rua. Giovanna é uma mulher fascinante, antiquária, casada e com uma filha adolescente. Matilde é mulher idosa, pobre, que vive sozinha numas águas-furtadas. Uma é infeliz e vive em permanente ansiedade, a outra é distante e orgulhosa, no entanto, um dia o destino vai aproximá-las e uma amizade improvável irá uni-las. Matilde ajudará a jovem a encontrar a serenidade e o amor, enquanto Giovana acompanhará Matilde ao longo da sua caminhada final.
Sveva Casati Modignani apresenta-nos um romance de emoções intensas, sobre a amizade e o amor, com duas personagens femininas inesquecíveis.

Lançamento para inícios de Abril: «A Última Travessia», de Lone Theils

A Última Travessia é o primeiro romance da jornalista e autora dinamarquesa Lone Theils. É o primeiro volume de uma série policial que tem como protagonista Nora Sand. A edição portuguesa está a cargo da Suma de Letras, que a 3 de Abril disponibiliza este livro nas livrarias. Salientar que este tríler foi inspirado numa história verídica.
Sinopse
O barco chegou ao destino, duas das passageiras não
Duas jovens dinamarquesas desaparecem, sem deixar rasto, a bordo de um barco com destino a Inglaterra, em 1985. Vários anos depois, a jornalista Nora Sand, que trabalha em Londres para a revista dinamarquesa Globalt, compra uma mala velha numa loja de antiguidades, numa cidade do litoral. Quando a jornalista abre a mala, encontra uma série de fotografias, e uma delas, onde aparecem duas jovens a bordo de um barco, chama-lhe a atenção. Nora lembra-se imediatamente do famoso caso das duas raparigas desaparecidas em 1985, que nunca fora encerrado. Nora Sand não pode deixar de pensar no caso e viaja até à Dinamarca para descobrir o que aconteceu às duas jovens. Rapidamente depara com a história de um assassino em série que está a cumprir pena de prisão perpétua e que parece ter a chave do caso. Mas, para Nora, qual será o preço a pagar?
Elogios da imprensa dinamarquesa:
«Um thriller extremamente bem construído e eficaz. Lone Theils está familiarizada com os métodos do género e escreve com um sentido acutilante nos pormenores e com requinte macabro.» Politiken

«Um firme candidato ao melhor thriller do ano.» Krimi-cirklen

«Um thriller de estreia com uma qualidade que surpreende.» Kristeligt Dagblad

Passatempo: «No Fundo do Lago» e «O Bebé que... fez uma birra»

No Fundo do Lago, de Joseph Kuefler, e O Bebé que... fez uma birra, de Rui Zink e Manuel João Ramos, são os títulos dos livros infantis que chegaram este mês às livrarias e que poderás receber gratuitamente em tua casa, caso venças este passatempo, que decorre até o dia 30 de Março aqui.

sábado, 24 de março de 2018

O novo romance de João Tordo

Após publicar a 'trilogia dos lugares sem nome', o escritor João Tordo está de regresso à ficção. O seu 10.º romance intitula-se Ensina-me a Voar sobre os Telhados (448 pp.) e já encontra-se à venda.

Sinopse
1917. Por desonrar o nome da família, o jovem Katsuro é exilado pelo seu próprio pai, um poderoso governador, num ilhéu inóspito. Abandonado, o rapaz irá deparar-se, pela primeira vez, com o terrível segredo da família Tsukuda, enquanto luta para sobreviver à fome, à sede e à culpa.
Lisboa, cem anos depois. No Liceu Camões, um dos mais antigos da cidade, um professor de Geografia suicida-se numa sala de aula. O nosso narrador, funcionário do liceu e alcoólico em recuperação, decide inaugurar uma reunião semanal para ajudar os colegas a superar o choque. Numa noite de Inverno, um misterioso desconhecido aparece no encontro. É japonês e chama-se Tsukuda. O seu estranho comportamento desperta no narrador um fascínio doentio. Ambos são perseguidos pelo passado, ambos desejam o impossível.
Algures entre o sonho e a mais pura realidade, Ensina-me a voar sobre os telhados é um lugar onde um pai e um filho aprendem a amar-se,é um espaço onde se procura aceitar dores antigas e abraçar a fragilidade humana. Um romance que é uma elegia à beleza imperfeita da vida.

quarta-feira, 21 de março de 2018

«Talento Para Matar - O mistério de Agatha Christie», de Andrew Wilson

Editora: ASA
Data de publicação: Fevereiro de 2018
N.º de páginas: 336
Factos
Em finais do ano de 1926, a criadora de Hercule Poirot tinha já publicado sete livros. Embora o seu romance policial O Assassinato de Roger Ackroyd, publicado no início do Verão desse ano, tivesse recebido as melhores críticas da imprensa e dos leitores (actualmente é tido como um dos seus melhores trabalhos), o seu nome ainda não era bem conhecido no meio literário internacional.
Além de Agatha Christie estar a ser afectada por falta de inspiração para escrever o seu próximo livro (O Comboio Azul, que veio a ser publicado em 1928 e que a autora o consideraria o seu pior romance), a nível pessoal a sua vida não estava a correr bem: nesse malogrado ano de 1926 a sua mãe havera falecido e o seu marido, Archie, lhe dissera que queria pôr um ponto final no seu casamento de 12 anos, para ficar com a amante, Nancy Neele.
O que uma mulher ainda a processar um luto penoso, magoada e enganada, com sinais de estar a passar por um colapso nervoso, é capaz de fazer?
Agatha Christie engendrou inúmeros mistérios através dos seus livros, todos solucionados, mas há um enigma que permanece por ser desvendado ao fim de quase 100 anos, que diz respeito ao que aconteceu verdadeiramente nos 11 dias que ela desapareceu, de 3 a 14 de Dezembro de 1926. Agatha raramente falou deste episódio da sua vida e omitiu-o completamente na sua autobiografia.
Muito se especulou ao longo dos anos sobre o que, ou quem, terá sido a causa do seu misterioso desaparecimento que teve início quando o carro da romancista foi encontrado num lago, em Surrey, no sudeste de Inglaterra, no dia 4. Muitas teorias têm sido evocadas para o seu sumiço, sendo que as mais mencionadas são: ela planeava se suicidar; vingar-se do marido, saindo do mapa e fazer com que ele senti-se remorsos; e perda de memória — a versão que a família dela revelou à imprensa uns dias após ela ter sido encontrada hospedada sob falsa identidade num hotel, em Harrogate, no norte de Inglaterra.
Vários filmes e livros de não-ficção já tiveram como plot este intricado enredo real protagonizado pela Rainha do Crime; são exemplos o filme Agatha (1979), do director Michael Apted, e o livro Agatha Christie and the eleven missing days (2006), de Jared Cole. Referir que Agatha Christie se opôs à realização do filme e tentou fazê-lo parar.

O livro
O romancista e biógrafo Andrew Wilson, numa tentativa ousada e arriscada, reinventa em Talento Para Matar - O mistério de Agatha Christie, uma obra (também) não autorizada por Agatha Christie Lda, o que se terá passado nesses 11 dias que fizeram — e ainda fazem — correr muita tinta.
Embora este livro seja um romance, o autor quis tentar assegurar-se de que os factos em torno do desaparecimento são exatos e plausíveis. Para tal, baseou-se em pesquisas em jornais, registos policiais e testemunhas da época. E claro, põe em marcha a sua imaginação.
De forma resumida: este romance inicia com a visita de Christie ao seu editor. No caminho de regresso para Styles, a sua casa, ela é abordada por um médico lunático e megalomaníaco, que lhe diz: «Tenho a certeza de que a senhora possui uma mente criminosa de primeira categoria. Parece saber como funciona o cérebro de um assassino.» Logo depois chantageia-a, dizendo que tem um plano, maquiavélico, que só ela pode executar, pois confia no seu talento para matar: «A senhora, Mrs. Christie, vai cometer um assassínio. Mas antes disso vai desaparecer.»
Com voltas e reviravoltas, suspense e enigmas, pastichando com brio o estilo dos romances policiais da escritora britânica cujos livros já venderam cerca de quatro bilhões de exemplares até os dias de hoje, Andrew Wilson, que já assinou as biografias de Patricia Highsmith, Sylvia Plath e Alexander McQueen, em Talento Para Matar - O mistério de Agatha Christie (originalmente publicado em Julho de 2017), apresenta um trabalho meritoso, plausível e escrito de forma que cativará o séquito de fãs de Agatha Christie.
Referir que já foi dado à estampa no dia 13 deste mês no Reino Unido, um novo romance de Andrew Wilson, A Different Kind of Evil, que tem novamente Agatha Christie como personagem principal.

terça-feira, 20 de março de 2018

PIM Edições recupera «Os Punhais Misteriosos» de Reinaldo Ferreira

Depois de em 2017 ter publicado O Mistério da Rua Saraiva de Carvalho, o primeiro volume da Coleção Repórter X, a PIM Edições vai publicar no próximo dia 23 Os Punhais Misteriosos (448 pp.), o segundo título desta colectânea de obras de Reinaldo Ferreira (1897-1935), um marcante jornalista português da primeira metade do século xx e pioneiro em Portugal do romance policial.
Salientar que esta é uma edição cuidada, ilustrada com iconografia de época. Os Punhais Misteriosos, escrito sob o pseudónimo Edgar Duque, não era reeditado desde 1926.
http://pim-edicoes.pt/comprar-livros/punhais-misteriosos/
Texto sinóptico
Aventurosa, romântica e com um toque de exotismo e mistério, esta história é protagonizada por um jovem oficial do exército espanhol (Carlos Insúa) que se perde de amores por uma mourita encantada (Zami) no icónico Palace Hotel do Buçaco, pondo em marcha várias peripécias que transportam o leitor até Madrid, Barcelona e aos confins de Marrocos.
Escrita em Espanha, foi publicada em Portugal entre agosto e novembro de 1924, nas páginas do matutino Correio da Manhã, com o título Punhais Misteriosos e a assinatura de Edgar Duque, outro dos pseudónimos de Reinaldo Ferreira, antes de adotar o definitivo Repórter X. A trama foi adaptada ao cinema pelo próprio Reinaldo, mas o filme fracassou comercialmente e acabou por se desaparecer quase sem deixar rasto.
O folhetim ainda ressurgiu em forma de livro, em 1926, numa edição em três volumes de bolso, mas não voltou a ser publicado. Até agora. Passados mais de 90 anos, a segunda grande narrativa do pioneiro português do romance policial regressa ao convívio dos leitores nesta edição aumentada, com um texto introdutório de Joel Lima e uma panóplia de recortes de imprensa, incluindo fotografias e apontamentos sobre a rodagem da adaptação cinematográfica.
Incipit
«Perdido entre a mata de arvoredos misteriosos e seculares, e em contraste violento com a solidão do Buraco, o Palace Hotel ergue-se como uma catedral de mármore, muito branca e rendilhada... Poucos portugueses o conhecem e o frequentam; mas de todos os pontos da Terra chegam diariamente dezenas de estrangeiros, que vêm atraídos pela fama romântica do sítio e que se instalam, com confortos comodistas e luxuosos de Quinta Avenida, no meio de uma das regiões mais belas e despovoadas de Portugal.»
 www.pim-edicoes.pt  

O que vem aí em Abril pela 20|20

Os primeiros lançamentos de Abril pela Editora 20|20 já são conhecidos. Em seguindo, eis os títulos de alguns desses livros, que na primeira semana do próximo mês chegam às livrarias. Escolhi destacar um título de cada uma das cinco editoras deste grupo editorial, e transcrevo partes dos respectivos textos de apresentação.
Franklin e a Livraria Voadora, de Jen Campbell e Katie Harnett (Fábula)
Uma obra de duas autoras premiadas que celebra o amor pelos livros!
Franklin, o dragão, adora livros e gosta de os ler em voz alta para toda a gente ouvir. Se ao menos os habitantes da aldeia não tivessem tanto medo dele…
Uma história mágica sobre uma menina e um dragão que inventam um plano para partilhar o seu amor por livros e histórias!
Como Cuidar de Uma Mãe, de Jean Reagan e Lee Wildish (Booksmile)
Cuidar de uma mãe nem sempre é fácil, mas de certeza que tu vais conseguir! Segue todas as dicas que te damos neste livro e aprende a mimar a tua mãe como ela merece. Vamos a isso?
Vais descobrir:
- Como acordar uma mãe de forma tranquila e bemdisposta (sem esquecer o pequeno-almoço!);
- Como ajudar uma mãe a escolher a roupa perfeita;
- Coisas divertidas que tu e a tua mãe podem fazer lá fora (correr contra o vento ou saltitar como os cangurus são apenas algumas delas!).
Um livro encantador, carinhoso e divertido!

Sem Saída, de Taylor Adams (Topseller)
Darby Thorne é uma estudante universitária que se encontra a viajar de carro no meio das Montanhas Rochosas, desesperada para ir ter com a mãe ao hospital. Quando é atingida por um forte nevão, Darby é obrigada a permanecer numa área de repouso junto à estrada. Darby percebe que terá de pernoitar ali, juntamente com quatro estranhos (...) Sem saber em quem confiar, o que fazer?
O Gato, o Ankou e o Maori, de Michel Rio e Marie Belorgey (Elsinore)
«E, numa bela manhã, saiu da creperia para andar sozinho rumo a outros lugares, como na história. Caminhou ao acaso. Pouco importava a direção ou o destino se todos os lugares eram iguais.»
Para adultos ou crianças, uma irresistível, refinada e enganadoramente simples aventura sobre o sítio a que chamamos casa. Obra profusa e elegantemente ilustrada pela conhecida artista francesa Marie Belorgey.
Shinrin-Yoku: A Arte Japonesa da Terapia da Floresta, de Qing Li (Nascente)
Em japonês, shinrin significa «floresta» e yoku «banho», pelo que shinrin-yoku se traduz por banhar-se na atmosfera da floresta, absorvendo todos os seus sons, cores, odores e texturas.
Trata-se, simplesmente, de estar na natureza, estabelecendo uma ligação imersiva com ela através dos sentidos.
Um belíssimo guia prático, profusamente ilustrado, sobre a terapia que dá energia e reduz o stress.
 www.2020.pt 

«Wonderstruck - O Museu das Maravilhas», de Brian Selznick

Editora: ASA
Data de publicação: 20/03/2018
N.º de páginas: 640
Foi publicado nos Estados Unidos originalmente em 2011, mas só agora chega a Portugal, antecipando a sua adaptação ao cinema. Wonderstruck - O Museu das Maravilhas marca o regresso do autor e ilustrador Brian Selznick (n. 1966) e do seu estilo narrativo inconfundível. Neste livro, que contém 234 páginas duplas de desenhos elaborados a lápis de grafite que ocupam a totalidade das páginas, é seguido a mesma estrutura e técnica ilustrativa — em que texto e imagens se complementam — que Brian usou no aclamado A Invenção de Hugo Cabret (Ed. Gailivro, 2008), obra que catapultou o seu nome a nível internacional (muito por conta do filme baseado no livro que em 2012 Martin Scorsese realizou).
Nesta nova obra, duas histórias são contadas paralelamente, em épocas diferentes, mas que se entrecruzam. Ambas as histórias têm uma criança como protagonista: Rose Kincaid e Brian Wilson, ambos surdos.
A primeira história passa-se em 1927, em New Jersey, e nela vamos acompanhando as tentativas de uma criança para estar com a mãe, que a renega para segundo plano, em prol de uma carreira de estrelato no cinema. Salientar que a narração desta trama, que transpõe para o leitor, de forma excepcional e vívida, as emoções de tristeza e desamparo da pequena Rose, não são apresentadas por meio de texto, mas exclusivamente através de ilustrações.
Em 1977, no Minnesota, Elaine, a bibliotecária da vila do Lago Gunflint, morre num acidente de carro e deixa Ben órfão. Alguns meses após essa perda imensurável para uma criança, o jovem de 12 anos vai ao quarto da mãe e encontra na cómoda um pequeno livro azul com o título Wonderstruck, publicado pelo Museu Americano de História Natural. Enquanto vai folheando esse livro sobre a história dos museus, ele encontra um marcador com um número de telefone e uma morada em Nova Iorque. Nos pertencentes da sua mãe, ele encontra também um medalhão com a foto e o nome de um homem;  Ben calcula ser o seu pai, de quem a mãe sempre lhe escondera a identidade.
«(…) não devias ser tão tartaruga… Lembra-te de pôr o pescoço de fora… Diz o que pensas, sê corajoso.»
Estas são histórias separadas por 50 anos que convergem numa só, sobre crianças que andam à procura do lugar delas no mundo e que em prol dos seus desejos, vão bater a um museu para lá encontrarem as respostas para as suas inquietações.
Em Wonderstruck - O Museu das Maravilhas, considerado um dos melhores livros de 2011 por vários jornais e revistas literárias internacionais, o norte-americano Brian Selznick, volta a surpreender os leitores, fazendo com que eles, peça por peça, possam montar o quebra-cabeças intrincado que ele inteligentemente preparou.
Se no seu livro antecessor, este artista e visionário excepcionalmente talentoso, que já afirmou buscar inspiração para as suas ilustrações em Maurice Sendak (1928-2012), nos apresenta os primórdios do cinema, neste seu novo álbum ilustrado/gráfico, onde cada pormenor técnico conta — os desenhos a lápis são de uma qualidade magistral e revelam horas e horas de trabalho —, Brian nos conduz ao mundo dos museus, com muitas referências ao cinema e aos livros.
Referir que o livro de Selznick que sucedeu-se a este intitula-se The Marvels, e foi publicado em 2015. Esperemos que as Edições ASA estejam a pensar publicá-lo brevemente.
Na próxima quinta-feira, dia 22, o filme que inspirou-se em Wonderstruck - O Museu das Maravilhas (no Goodreads, o livro tem, no dia de hoje, uma pontuação estrondosa de 4,16 (de 5), uma média de ratings atribuídas por mais de 45 mil leitores), estreia nas salas de cinema nacionais e conta com interpretações dos jovens actores Oakes Fegley (Ben) e Millicent Simmonds (Rose), e das premiadas actrizes Julianne Moore (mãe de Rose) e Michelle Williams (mãe de Ben).

domingo, 18 de março de 2018

Novas edições dos livros de Agatha Christie «A Visita Inesperada» e «Némesis»

Depois de publicar Talento Para Matar - O mistério de Agatha Christie, do escritor e biógrafo Andrew Wilson, a ASA publica já na próxima terça-feira dois novos títulos da Rainha do Crime, pertencentes à nova colecção graficamente dedicada ao público mais jovem.
A Visita Inesperada foi escrito em 1958 e é considerada uma das melhores peças de teatro da autora, e foi adaptada para romance posteriormente, pelo escritor Charles Osborne.
Némesis foi publicado em 1971 e foi o último livro escrito pela autora onde a protagonista é Miss Marple.
Miss Marple fica muito surpreendida ao receber uma carta do amigo Jason Rafiel. É que o multimilionário acabou de falecer e deixou-lhe uma inesperada herança... mas, para a receber, Miss Marple terá de solucionar um crime. O problema é que Mr. Rafiel não lhe deu qualquer pista. Quando terá acontecido? E onde? Mais importante ainda: quem é a vítima? Na verdade, a perplexa detetive tem apenas uma palavra código com que trabalhar: Némesis.

Um acidente de carro numa noite de nevoeiro leva Michael Starkwedder a procurar ajuda numa casa isolada. Não estava preparado para o que ia encontrar: um cadáver numa cadeira de rodas, e, a seu lado, uma mulher a segurar uma arma. Um cenário trágico de explicação aparentemente simples. A realidade, porém, vai revelar-se bastante complicada. Pois a vítima tinha uma longa lista de inimigos, e vários deles encontram-se no local. Quem de entre os muitos alvos da sua malvadez poderá ter cometido o crime?

Novos livros infantis e juvenis com o selo da LeYa

A LeYa, através das chancelas Dom Quixote, ASA e Texto Editores, escolheram publicar novos títulos infanto-juvenis para regozijo dos mais novos, e não só.
Assim, a 27 de Março nas livrarias chegam três livros da Disney: Frozen 12 - Em Busca do Vale dos Trolls, Uma Aventura de Olaf - História para Colorir e Olaf na Escola.
Da coleção 'Peter Rabbit', da ASA, estão à venda desde o transacto dia 13 os títulos: Peter Rabbit – A Luta pela Hora, Peter Rabbit - Baseado no Filme e Peter Rabbit - Livro de Atividades com Autocolante.
Da DK (Dorling Kindersley), líder na edição de livros de referência para todas as idades, cujo objectivo dos seus livros é informar, educar e entreter leitores de todas as idades, a Texto Editores publica Não Pode Ser Verdade! 2 e 100 Acontecimentos que Fizeram História.
Um novo volume da coleção 'Obras de António Mota', da ASA, chega às livrarias no próximo dia 27: O Rebanho Perdeu as Asas, com ilustrações de Rui Castro.

Para leitores dos 4-6 anos, e na sequência de Pai, Querido Pai!, um novo livro da escritora de Luísa Ducla Soares, que é uma homenagem a todas as mães, é publicado a 3 de Abril: Mãe, Querida Mãe, com ilustrações de Sandra Serra.

As sinopses deste títulos podem ser lidas em www.leyaonline.com

sexta-feira, 16 de março de 2018

Novidade Alfaguara: «Tudo é Possível», de Elizabeth Strout

Depois do sucesso de O Meu Nome é Lucy Barton (Alfaguara, 2016), a escritora americana Elizabeth Strout (n. 1956), uma das romancistas mais aclamadas da actualidade, regressa com um mosaico delicado da vida de todos os dias, um retrato íntimo das pessoas comuns que tentam entender-se e entender os outros, esforçando-se por ultrapassar o sempre crescente abismo entre o desejar e o ter.
Lançando um olhar sobre as ambiguidades e ambivalências da alma humana, Tudo é Possível, obra com a chancela da Editora Alfaguara, é um hino à sensibilidade e à compaixão.

Com tradução para português de Rita Canas Mendes, segundo o The New Yorker, «este livro mostra Strout naquilo que ela faz melhor do que qualquer outro autor, que é traçar retratos subtis dos azares e desilusões da vida normal e dos momentos de alegria e afecto que recebemos em troca... Mais uma vez, Strout acerca em cheio.»
Desta autora encontra-se publicado desde 2010 o livro Olive Kitteridge (Ed. Casa das Letras), título vencedor do Prémio Pulitzer. Este romance terá uma nova edição em 2019, pela mão da Alfaguara.
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quinta-feira, 15 de março de 2018

Passatempo: «Uma Verdade Simples», de Jodi Picoult

Depois de A Contadora de Histórias, Lobo Solitário, Para a Minha Irmã, Entre as Linhas, Terra de Espíritos e Saído de Um Conto de Fadas, Uma Verdade Simples é o título do novo livro que a Bertrand Editora publica da escritora norte-americana Jodi Picoult.

Este é um romance intrigante e provocador, no qual a autora nos apresenta uma história repleta de momentos de suspense.
Uma Verdade Simples já foi adaptado a um telefilme, em 2004, com Mariska Hargitay (actriz que protagoniza a série da FOX Lei & Ordem) no papel principal.

Um exemplar deste livro encontra-se em sorteio, aqui.