Páginas

sábado, 11 de julho de 2020

Novos livros dos gurus Deepak Chopra e Don Miguel Ruiz entre as novidades da Lua de Papel

Ryan Holiday é um autor americano de 33 anos, considerado o grande divulgador contemporâneo da filosofia clássica (com destaque para o Estoicismo). Mark Manson, autor do sucesso de vendas global A Arte Subtil de Dizer que se F*da, diz que A Quietude é a Resposta «dá nova vida à sabedoria clássica e apela a uma vida tranquila num mundo barulhento e agitado.»
Mesmo durante a Segunda Guerra Mundial, Winston Churchill continuou a refugiar-se na sua casa de campo para pintar; John Kennedy, durante a crise dos mísseis em Cuba, isolava-se nos jardins da Casa Branca; a adolescente Anne Frank encontrou no seu diário a paz possível durante os seus últimos dois anos de vida. Essa procura do silêncio, da quietude, é uma necessidade tão antiga quanto o ser humano.
Qualquer pessoa confrontada com a pressão do quotidiano, seja artista, empresário ou atleta, se quiser perceber a realidade, tem de criar um espaço e um tempo próprios para se afastar da agitação. Ryan Holiday, um controverso guru do marketing, encontrou o seu refúgio na leitura dos filósofos da antiguidade clássica, sobretudo dos estoicos. Com o tempo, e ao longo da última década, tornou-se no seu maior divulgador, e o responsável por ter criado a moda do estoicismo em Silicon Valley.
Em A Quietude é a Resposta, o autor socorre-se dos estoicos (Marco Aurélio, Séneca), mas também da sabedoria oriental (Buda, Confúcio, Lao Tsu) para nos mostrar como conseguir que corpo, mente e alma estejam serenos e imunes às distrações contemporâneas. Através de histórias de figuras como Leonardo da Vinci, o autor guia-nos pelos obstáculos que o nosso próprio ego nos semeia pelo caminho. E oferece-nos o antídoto para sobrevivermos num mundo que se recusa a parar.
Em Aceitação Radical, a mestre budista americana Tara Brach (n. 1953), doutorada em Psicologia Clínica, partilha o que de mais importante aprendeu na sua caminhada. A partir de uma síntese de psicologia ocidental e sabedoria oriental, apresenta um método cujo objetivo é ajudar o leitor a aceitar-se exatamente como é.
Sentimo-nos muitas vezes aquém do que esperam de nós. Vivemos na companhia de um juiz interior implacável, picuinhas, que não nos perdoa nada: não somos bons, inteligentes, elegantes ou ricos o suficiente. Procuramos compensar essa falta numa procura incessante de mais coisas, mais dinheiro, mais qualificações, mais horas de ginásio. É um círculo vicioso, a que Tara Brach chama o transe do desmerecimento. Ou seja, vivemos na ilusão de que fazemos (quase) tudo mal.
Tara Brach sabe-o por experiência própria. Durante a universidade, o seu sentimento de desadequação era de tal modo profundo que a levou a refugiar-se num ashram (comunidade espiritual), onde passou uma década a praticar e ensinar ioga. Só anos mais tarde, depois de concluído um doutoramento em Psicologia Clínica e um curso budista, é que se sentiu em paz consigo própria.

O que acontece depois de morrermos? Esta é a premissa de A Vida Depois da Morte, um novo livro do médico indiano Deepak Chopra, actualmente com 73 anos.
Deepak Chopra baseia-se nas últimas descobertas científicas e nas grandes tradições de sabedoria para apresentar um mapa da outra vida. É uma viagem fascinante através de muitos níveis de consciência. Mas muito mais importante é a sua mensagem urgente: quem encontramos na outra vida e o que nela experienciamos reflete as nossas convicções, expectativas e nível de perceção atuais. Podemos moldar no presente o que nos acontece depois de morrermos.
Ao trazer a vida depois da morte para o momento presente, este livro abre-nos uma nova e imensa área de criatividade. Afinal, não há separação entre a vida e a morte - há apenas um projeto criativo contínuo. Chopra convida-nos a sermos co-criadores no domínio subtil e, ao compreendermos a realidade única, libertarmo-nos dos nossos medos irracionais e entrarmos no domínio sagrado do maravilhamento e do poder pessoal.
De Don Miguel Ruiz (n. 1952), um renomado professor espiritual mexicano e autor de best-sellers internacionais, chega a Portugal o livro que para Oprah Winfrey «mudou radicalmente o modo como penso e ajo em cada encontro com a vida.» A Voz do Conhecimento foi originalmente publicado em 2014.
Don Miguel Ruiz era um adolescente cheio de si quando um dia foi visitar o avô. Para o impressionar, começou a expôr-lhe todas as teorias que tinha aprendido na escola. O xamã ouviu pacientemente o neto, e no fim disse-lhe: "Sabes, a maior parte das pessoas no mundo inteiro acredita que existe um grande conflito no universo, entre o bem e o mal". Porém, advertiu-o, esse conflito só acontece na cabeça de cada um de nós, e não é sequer entre o bem e o mal. "É entre a verdade e o que não é verdade. O bem e o mal são só o resultado desse conflito."
O rapaz só perceberia as palavras do avô anos mais tarde. Era então um cirurgião respeitado quando, num violentíssimo acidente de viação quase fatal, viveu uma experiência de quase morte, que o fez questionar toda a sua visão da realidade.
Em A Voz do Conhecimento o autor recupera a história de Adão e Eva para nos explicar como e por que razão nos afastamos da verdade. Só que o fruto proibido na vida real chama-se mentira. À medida que crescemos, começamos a julgar e a condenar, afastamo-nos da nossa essência, deixamos de ser autênticos.
E é essa a poderosíssima mensagem deste livro - não podemos acreditar nas mentiras que nos contam e que contamos a nós próprios. A única via para acabar com o sofrimento é a aceitação plena de quem realmente somos. A isso chama-se Amor. E é o único caminho para encontrarmos a paz e a alegria de viver.

Sem comentários:

Enviar um comentário