Na quarta semana deste mês chegará às livrarias dois livros sobre ansiedade, a já intitulada doença do século XXI.
No dia 21, a Lua de Papel publica 300 Mil Anos de Ansiedade, um livro da autoria de Gustavo Jesus, médico psiquiatra, diretor clínico do PIN – Partners in Neuroscience. O autor, presença habitual em programas de televisão, já publicou vários artigos e participou em livros técnicos, tendo-se também envolvido em muitas iniciativas de divulgação das neurociências.
A Contraponto publica a 23 de Junho Não É Loucura, É Ansiedade, da psicóloga clínica Sophie Seromenho. Um livro prático, replecto de ilustrações e esquemas, em que autora apresenta estratégias para ajudar a lidar com as emoções de modo a atingir o bem-estar emocional. Sophie Seromenho (nasceu em França, mas vive em Portugal desde 2002) recorre a uma abordagem científica com uma linguagem informal perfeitamente acessível e adaptada a todos os públicos, em especial o mais jovem, como os adolescentes, estudantes universitários e jovens em início de carreira.
Imagine-se a passear numa rua escura e isolada. De repente, ouve alguém a aproximar-se… o coração acelera, a respiração fica mais rápida, sente as mãos frias e suadas. Já está prestes a fugir, mas é apenas uma das suas vizinhas a fazer jogging. O medo que sentiu é absolutamente natural.
Durante perto de 300 mil anos, os antepassados reagiram da mesma maneira a ameaças que punham em causa a sua sobrevivência. Essa resposta aos perigos foi transmitida de geração em geração até hoje. o mesmo se passou com a ansiedade e com a depressão. Acontece que os tempos mudaram. E é notório o desajuste entre o modo como fomos programados e as exigências da vida contemporânea.
Um simples exame de Matemática ou uma fila no trânsito são percebidos como uma ameaça (predadores!) e podem desencadear respostas excessivas (como ataques de pânico).
Em 300 Mil Anos de Ansiedade, Gustavo Jesus explica-nos porque ainda hoje temos stress, ansiedade e depressão. Fala-nos dos fatores ambientais e genéticos por detrás das perturbações psicológicas, das hormonas, do funcionamento do cérebro, da farmacologia, da atividade física e da alimentação. Assim, mais facilmente percebemos quando precisamos de pedir ajuda - ou quando é preciso ajudar alguém que nos é próximo.
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